pra compensar o Garfield.
O filme é sensacional, mas é complicado de assistir, pq tem umas caetaneadas., é um filme do "Dogma", do Lars Von Triers, aquele movimento que dizia que não pode ter luz, efeitos especiais etc, mas já não é tão "dogmático".
Primeiro q não parece cinema, mas teleteatro: não há cenários, é tudo rodado num grande "aberto", com móveis e camas, mas com as delimitações das casas, por exemplo, marcadas a tinta no chão. Inclusive, há um cachorro marcado a tinta no chão de quem só se escuta o latido.
Em plena Grande Depressão, uma mulher (Nicole Kidman) aparece na cidadezinha titulo fugindo não se sabe de quê. Ela é "aceita" na cidade, obrigada a trabalhar pra todos, e a cidade vai se "revelando", cobrando a aceitação com estupro, perversões - um molequinho que implora pra Kidman dar uns tapas na bunda dele - um pseudo-filósofo vagabundo que diz estar do lado da mulher, mas só na retórica, pq ação que é bom, necas de pitibiribas. Parece ser uma crítica aos EUA de modo geral, sua hipocrisia - "eu te bato, mas é pro teu bem" - mas chega o final - aguente os nove capítulos, que o final é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O
e vc vê que a crítica é outra, a discussão é sobre a responsabilidade individual das pessoas pela situação em que se encontram.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")