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Postby Danilo » 08 Nov 2009, 21:44

Lixo tecnológico vira novo negócio

Este ano, o País deve vender 12 milhões de computadores, 47 milhões de celulares e 9 milhões de televisores, segundo estimativas da indústria. É difícil calcular o tempo de obsolescência dos equipamentos, mas a iminência de uma lei nacional que obrigue os fabricantes a dar destino à sucata já traz boas perspectivas para as empresas.

O crescente volume de lixo tecnológico, como celulares, computadores e televisores descartados pelos consumidores está movimentando um novo negócio: fábricas que desconstroem equipamentos para recolocar as matérias primas no processo industrial, a chamada manufatura reversa. O segmento começa a ser visto como promissor - vários Estados, como São Paulo, estão criando leis que obrigam os fabricantes a darem destino correto aos eletroeletrônicos ao fim de sua vida útil.

Por ser ainda incipiente, não existem estatísticas precisas sobre o quanto essa indústria movimenta. Mas ela difere dos sucateiros de fundo de quintal, que desmontam equipamentos para retirar apenas os metais preciosos, como ouro e prata, presentes nas placas de computadores. "As empresas que estão se estabelecendo nesse mercado oferecem um serviço especializado e em conformidade com leis ambientais. Não competem com os catadores das ruas", diz Diógenes Del Bel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), entidade que reúne algumas dessas companhias.

A desmontagem dos equipamentos visa aproveitar as matérias primas. Componentes como metais e plásticos são separados e vendidos à indústria, por preços que variam conforme o vai e vêm das commodities. Mas o Brasil ainda não tem parque tecnológico para recuperar baterias de celulares e placas de computadores, que são enviados para países como China, Japão, Estados Unidos e Alemanha para serem totalmente reaproveitados.

A operadora de telefonia celular Vivo começou a recolher aparelhos e baterias descartados pelos consumidores há três anos. Conta com 3,4 mil pontos de coleta, mas o volume coletado ainda é pequeno: ao longo deste ano, foram recolhidos 105 mil itens. Uma empresa nacional, a GM&C, faz o serviço de coleta e desmonte dos aparelhos, mas a recuperação completa dos materiais é feita nos EUA e México. "Ainda não encontramos uma empresa que preste esse serviço de forma certificada no Brasil", diz Karina Biderman, diretora de responsabilidade socioambiental da Vivo.

(texto completo em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2877,0.php)
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Re: Desmanufatura

Postby Danilo » 14 Dec 2009, 13:21

CCE inaugura centro de aproveitamento de lixo eletrônico

O Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP inaugurará, no próximo dia 17 de dezembro, o Centro de Descarte e Reuso de Lixo Eletrônico (Cedir). O Centro visa a executar práticas de reuso, descarte e reciclagem de bens de informática e telecomunicações que ficam obsoletos no próprio CCE e nas demais Unidades da Universidade, em todos os campi. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Massachussetts Institute of Technology.

A entrega do lixo eletrônico pelas unidades da USP será feita num processo de agendamento. No caso das unidades do interior, os campi de Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos já estão aptos a receber o chamado e-waste por intermédio dos seus Centros de Informática. Assim que o Cedir, no caso de São Paulo, ou os Centros de Informática recebem o material entregue pelas unidades, a primeira verificação feita é se eles operam ou não. No caso positivo, verifica-se a funcionalidade do equipamento, ou seja, se o resíduo eletrônico não está obsoleto. Os computadores que operarem e forem funcionais serão emprestados por um período de dois anos para projetos sociais, tempo em que o material provavelmente completará seu ciclo de vida útil.

Tudo aquilo que já não puder ser aproveitado no momento da entrega ao Cedir passará por um minucioso processo de classificação. Os equipamentos serão pesados, desmontados e os componentes serão separados de acordo com o tipo de material. Após a separação tudo será descaracterizado, ou seja, CDs e discos rígidos, por exemplo, serão destruídos para que as informações não sejam aproveitadas. Feito isso o lixo eletrônico será compactado e acondicionado e enviado para as empresas de reciclagem que transformarão esses resíduos em matéria prima para a indústria.

(fontes: http://www.usp.br/agen/?p=12574 e http://www.reitoria.usp.br/reitoria/imp ... dntc=25134)
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