Política e politicagem

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby tgarcia » 04 Aug 2006, 08:26

mais curiosidades políticas:

Viúvo de 101 anos é o mais idoso candidato do país

SÃO PAULO - O candidato a deputado José de Souza Pinto (PAN-BA), de 101 anos, é o mais idoso aspirante à Câmara dos Deputados registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pinto é viúvo e militar reformado. Ele completará 102 anos em dezembro.

Em seguida, vem a candidata Deodata Pereira Borges (PSDC-BA), que completou 101 anos na terça-feira (01). O terceiro concorrente mais idoso é João Nunes de Castro (PAN-PB), de 94 anos, candidato a deputado estadual. Em seguida, vem Manoel Antônio Antunes (PRP-SP), de 92 anos, que disputa uma vaga de deputado estadual.
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Postby mends » 04 Aug 2006, 09:47

Reinaldo Azevedo

Ives Gandra diz uma tolice monumental!

Há uma coisa que o advogado Ives Gandra nunca soube: a hora de silenciar. Quando eu trabalhava em jornal, e havia um debate sobre qualquer assunto, sempre era preciso achar alguém que dissesse que algo era “inconstitucional”. E havia a blague: “Chamem o Ives”. Era batata! Pois é. Desta vez, o “Ives” surpreendeu. Em vez de dizer o ululante, que uma constituinte só para votar a reforma política é inconstitucional, ele se saiu com uma das maiores bobagens já ditas no país nos últimos anos. Vejam o que falou ao Globo: “Sou favorável à proposta, desde que tenha respaldo popular e que seja uma Constituinte exclusiva, ou seja, que qualquer cidadão possa concorrer, menos políticos. Caso contrário, não haverá reforma alguma. Se não for assim, é uma bobagem, porque hoje já há diversos projetos tratando da reforma política no Congresso Nacional e os políticos nunca tiveram interesse em fazê-la”. Qual é o princípio jurídico, doutor? O povo é favorável a linchamentos e pena de morte. Eu sou contra. E quero que o povo se dane se ele é a favor. E o senhor? Tudo o que o povo defender deve ser endossado por nós? E que história é essa de “político” não poder participar de uma constituinte — se constitucional ela fosse? O senhor, por acaso, anseia por uma sociedade sem política? O poder ficaria entregue a quem? Às corporações de ofício? Nem um petista de carteirinha diria uma asneira desse tamanho. Ives se igualou a alguns “acadêmicos” de meia-tigela que andaram falando coisas semelhantes ao longo do dia. Falando ao mesmo jornal, opuseram-se à tese o jurista Carlos Roberto Siqueira Castro, professor de direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e, para minha surpresa, confesso, o petista de carteirinha Dalmo de Abreu Dallari. Há uma monte de coisas em que concordo com Ives Gandra. Talvez sejamos próximos ideologicamente em muitos assuntos. Por isso eu o censuro com ainda mais energia. A tolice que nos é próxima merece um combate mais duro do que a que está distante de nós.
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Postby Danilo » 04 Aug 2006, 10:54

Procuradoria impugna candidaturas de Maluf e João Paulo

(...) A Procuradoria afirma que Maluf não está em dia com a Justiça Eleitoral e não apresentou documento comprovando escolaridade.

:lol:
(texto completo em http://estadao.com.br/ultimas/nacional/ ... 03/228.htm )
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Postby tgarcia » 04 Aug 2006, 13:27

prá vcs terem uma idéia, se não me engano faltou até comprovante de escolaridade...

e do João paulo Cunha não tinha comprovante de pagto de multas eleitorais....
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Postby Danilo » 04 Aug 2006, 23:43

Errr... Thiago, sei que meu post foi muito longo, mas vou dar a chance de você ler o que escrevi na linha 2. E não se engane! Hehehe...
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Postby mends » 07 Aug 2006, 08:53

Percebam o perigo de uma frase como a grifada em vermelho...

Luiz Dulci na Folha: respostas erradas para perguntas não menos erradas

Luiz Dulci sempre foi uma espécie de “intelectual” do regime. É aquele que consegue pensar com alguma sutileza e um dos poucos da cúpula que não seriam fulminados por um livro, assim como a kryptonita acaba com o Super-Homem. Numa entrevista em que pode deitar e rolar, tudo fica bom. Ele está na Folha desta segunda. O título da entrevista parece apelar a um tom crítico: “Governo trocou emenda e cargo por apoio, diz Dulci”. É mesmo? Bem, assim é nas democracias do mundo inteiro. O pecado do PT não está aí. A propósito, quem levanta a bola para ser cortada é a própria Folha quando pergunta: “O governo Lula, tal como o governo FHC, defendeu a reforma política, mas acabou adotando a negociação no Congresso com base na distribuição de cargos e liberação de emendas do Orçamento?” Pronto. Neste exato ponto, aquilo que, no título, parecia assumir um viés crítico vira a água benta da absolviçãoo. O jornal também acha, a exemplo de Dulci, que é tudo culpa de FHC. Está decretado o empate. Mas o pior está por vir: se o PT, coitadinho, foi obrigado a fazer aquelas coisas horríveis por causa “do sistema”, então, o que fazer? Ora, uma mudança geral. Dulci, do núcleo do governo mais corrupto da história do Brasil, ensina: “Eu pessoalmente não acredito que haja solução paliativa, tópica, precisa ser de uma reforma política global, que instaure no Brasil um novo modelo político. Todos os governos da redemocratização tiveram muitas dificuldades de assegurar a necessária governabilidade política.” Ao longo da entrevista, disse que Lula adotou uma política monetária realmente parecida com a de FHC, mas não a fiscal, diz ele. A de FHC teria sido “neoliberal”, a de Lula, não. Lula foi fiscalmente mais duro do que o antecessor. Dulci não explica, e não lhe foi perguntado, como é que o outro podia, então, ser um neoliberal se era mais frouxo em questão fiscal do que o petista. Aí Dulci fala da expansão do crédito como exemplo de “política desenvolvimentista”, mas também não se quis saber quanto do irregular crescimento brasileiro se deve ao mercado interno. Eles estão de volta. Mais um pouco, ainda darão lição de Educação Moral e Cívica. E os alunos estão longe de inquirir os mestres com a dureza de uma classe intelectualmente aplicada.

Reinaldo Azevedo
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Postby Rafael » 09 Aug 2006, 19:09

não percebi... apenas o cara querendo dar desculpas dos atos deles... e dando brecha pra continuarem fazendo...
dá pra explicar?
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Postby mends » 10 Aug 2006, 08:30

se TODOS os governos da redemocratização tiveram muita dificuldade em garantir a governabilidade, e implicitamente o que tem em comum é lidar com a democracia, qual o problema? A democracia...
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Postby mends » 10 Aug 2006, 16:27

Reinaldo Azevedo

Este governo não "arria as calças". Sei bem. Prefere fazer o feito de calça e tudo...

Finalmente temos um governo que não arria as calças. Prefere borrá-las. Olhem aqui. Existe uma coisa chamada “decoro”. Existe o decoro com as palavras. Existe o decoro com o comportamento. Existe o decoro com a biografia. O sr. Júlio Sérgio Gomes de Almeida, secretário de Política Econômica, falou e se comportou muito mal ao dizer que, “neste ano, não tem desoneração tributária (...) nem que o governo arriasse as calças”. Tudo bem. Estamos no governo de Luiz Ignorácio Lula da Silva. Mas os serviçais não precisam necessariamente aderir ao padrão metafórico do chefe. Foi, de resto, de uma deselegância e de uma soberba formidáveis com o ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, que havia acenado com essa possibilidade. Gomes de Almeida, que tem sobrenome de sardinha graúda, era um dos nomões do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e fez boa parte de sua carreira, vejam só, cobrando desoneração tributária. Por reunir sardinhas graúdas, o Iedi sempre se orgulhou de ser a fatia independente do empresariado, por oposição aos tubarões da indústria, supostamente dispostos a apoiar a política macroeconômica do governo — de qualquer governo. Está pronto para assinar a ficha do PT e dizer: “Quando a gente não é governo, faz e fala muitas bravatas”.
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Postby mends » 11 Aug 2006, 09:53

melhores momentos da entrevista de nosso Estimado Líder, Luís Lula-Molusco da Silva Sauro:

-"nunca na História deste país se prendeu tanta gente"
-"O meu governo é o que mais combate a ética..."
-"Não dá pra patrulhar os 17 milhões de quilômetros de fronteira do Brasil..." (que, como sabemos, foi estendida até Plutão. Eta, Impávido Colosso!!!).
-"...emprego aumenta, riqueza aumenta, só o que cai no Brasil é o salário..."
vale a pena ler os textos abaixo, do Azevedo

A entrevista de Lula: análise

Abaixo, há um clipping do que achei de mais relevante ou diferenciado nos jornais e depois seguem muitos textos sobre a entrevista concedida ontem por Lula no Jornal Nacional. Leitores têm me perguntado duas coisas: 1) o desempenho foi mesmo ruim? 2) ele pode interferir na preferência do eleitorado? Embora próximas, são questões muito distintas.

O desempenho de Lula, segundo uma avaliação que fosse puramente técnica, foi catastrófico. Ele não conseguiu dar uma miserável resposta satisfatória ou minimamente articulada. Tentou algumas de suas saídas costumeiras, mas foi devida e prontamente contraditado pelos dois jornalistas: não com opiniões, mas com fatos. É essa a percepção do grande eleitorado? Bem, isso é realmente outra coisa. Volto depois a esse ponto.

Vou seguir mais um pouco na trilha em que estava. Eis a razão por que Lula não concede entrevistas coletivas, a menos que se cerque das devidas proteções — aquelas criadas por André Singer (não pode gravar, não pode contraditar, essas coisas). Proteção contra quem ou o quê? Contra Lula, ora essa. Sua incapacidade de pensar logicamente e de articular raciocínios complexos se evidencia de uma maneira chocante. Seu principal segredo sempre esteve em criar uma falsa intimidade com os interlocutores. Tentou o truque com William Bonner e Fátima Bernardes. Bateu numa parede de gelo. Eles já tinham sido chamados de “meu amor” e “minha querida” o bastante por Heloísa Helena.

A entrevista deve gerar subprodutos. Paulo Okamotto afirmou no Senado, sob juramento, que Lula nem sabia da dívida que ele supostamente pagou. Lula o desmentiu. Numa carta a José Dirceu, o presidente aceita seu pedido de demissão: ao Jornal Nacional, sustentou que foi ele a demiti-lo. Insistiu, de forma constrangedora, que ignorava o esquema. E que garantia existe de que não terá de dizer isso de novo?, quis saber Fátima. E Lula engrolou um palavrório sem sentido. Nada funcionou.

Mas e o grande público? Segundo o Ibope divulgado ontem, 73% dos que ganham até um salário mínimo, e 69% dos que têm até a quarta série aprovam o governo, contra, respectivamente, 22% e 25% que o desaprovam. A força do eleitorado lulista está entre os mais pobres e mais desinformados (para ver mais dados, clique aqui). Trata-se de pessoas que ouviram ontem William Bonner falar em procurador geral da República e não têm a mais remota noção de quem seja. Não saberiam distingui-lo de um torresmo à milanesa de Adoniram Barbosa. Lembro a música porque um trecho da letra é significativo:

Vamos armoçá
Sentados na carçada
Conversar sobre isso e aquilo
Coisas que nóis
Num entende nada

Há aí o retrato de uma boa parte do eleitorado de Lula (e é claro que escrevo isso como um lamento, não com desdém)? Sim, mas é também o retrato do próprio Lula. Ontem, mais de uma vez, ele me lembrou um desses motoristas de táxi sempre muito propositivos, verdadeiros generalistas. Sabem quase nada sobre quase tudo. Deu-se no país o casamento maldito entre as baixas expectativas — e também baixas exigências — de um povo muito pobre e seu suposto representante, que diz atuar no limite das suas forças, mas sempre enfrentando inimigos terríveis.

Lula se danou? Se houvesse, vamos dizer, o júri técnico, não duvidem. Mas os juízes são outros. Sabem por que ele insiste naquela besteira de comparar o governo com a família? Porque pesquisas qualitativas apontam ser uma linguagem que “o povo” entende e aprova. Fátima deu-lhe um chega pra lá. Foi eficaz? Tendo a achar que não. Mais umas duas entrevistas neste pique, e ele começaria a ter problemas? Ai, sim, Porque se iniciaria um fenômeno de opinião pública. A avaliação negativa saltaria o muro das classes médias informadas e começaria a ganhar o povo na forma de um burburinho.

Lula sabe disso. Seus estrategistas sabem disso. Por isso eu duvido que ele compareça a debates do primeiro turno. Duvido que ele tenha a coragem de enfrentar Heloísa Helena, que descaracterizaria, provavelmente até com injustiças e bobagens teóricas, algumas conquistas do seu governo e tem à mão muito mais generosidades a oferecer — já que não terá mesmo de cumpri-las.

Leitor quer um “sim” ou “não”, um “bola” ou “bule” para a pergunta: a entrevista pode alterar as pesquisas? Então lá vai: se morrer nos jornais de amanhã, não. Seu efeito será irrelevante. Se as oposições e aqueles dispostos a ver Lula derrotado passarem adiante a mensagem, aí, sim. PSDB e PFL puderam ter uma idéia muito clara das fragilidades de Lula e das questões para as quais ele não tem resposta. A mais importante delas, mesmo numa excelente entrevista, a meu ver, não foi feita: as relações entre a Gamecorpo, de Lulinha, filho de Lulão, e a Telemar. Pelo que se viu ontem, é certo que o presidente não ganhou votos. Mas também ainda não perdeu. Os descalabros da entrevista têm de saltar esse fosso, vá lá, entre ricos e pobres — os termos são impróprios mas servem para pensar.

Em setembro, já anunciou Wlliam Bonner, há uma nova rodada de entrevistas, aí com temas da administração, incluindo a área social. Lula tentará nadar de braçada. Com dados corretos na mão, dá para fazer picadinho do seu discurso — tarefa para os coleguinhas: estudar os números do Caged e entender aquilo. Vamos ver. Cumpre agora a PSDB e PFL a tentativa de transformar em fato político-eleitoral a entrevista desastrosa. Por geração espontânea, nada acontece. E a observação final: quem entende um pouco de reações, olhares e esgares de desagrado pôde contatar: Lula detesta ser contraditado. Provou-se mais uma vez que ele só não estudou porque está absolutamente convencido de que sabe tudo.

PS: Leitores observam que Lula não errou quando falou da extensão das fronteiras. Teria querido dizer 17 milhões de metros e não 17 milhões de quilômetros. Revi o vídeo e a transcrição que a Globo fez. Continuo a achar que ele não sabia mesmo se era uma coisa ou outra e optou pelo absurdo. Vejam lá. Mas isso é o de menos. Houvesse o efetivo combate ao narcotráfico nas fronteiras, já estaria de bom tamanho.

Quem mente: Lula, Okamotto ou ambos?

Só uma coisinha. O doador universal Paulo Okamotto falou, sob juramento, no Senado que Lula nem sabia da dívida que tinha com o partido. E que ele, Okamotto, alma generosa, efetuou o pagamento sem que o chefe soubesse. Lula o desmentiu na entrevista ao Jornal Nacional: “O que eu disse é o seguinte: quer pagar você paga porque eu não vou pagar porque não devo ao PT.” Um dos dois está mentindo. E se forem os dois?

Lula na GloboNews ou esqueçam o que eu disse

Também o Jornal das 10, da GloboNews, entrevistou Lula, desta feita com tempo de 15 minutos. Compunham a bancada os jornalistas André Trigueiro, Carlos Monforte e Mônica Waldvogel. Não houve qualquer forma de facilitação, mas eles cometeram o erro de ser um pouco menos exatos nas perguntas. E aí Lula desanda a falar, se descontrai, tenta alguma intimidade. Até chegou a sorrir. A coleção de asneiras foi mais modesta, mas estava lá.
- a ética no seu governo “é total e absoluta”;
- algumas pessoas no PT erraram, mas não o PT;
- quando o PT errou, ele se sentiu como Pelé quando soube que seu filho estava envolvido com drogas;
- “quando você é oposição, pode tudo; quando é governo, tem de usar medida provisória”;
- negou que a conjuntura externa seja responsável pelo desempenho razoável da economia;
- disse que sua política econômica é absolutamente diferente da de FHC;
E voltou a fazer confusão com o número de empregos criados, afirmando que são 103 mil por mês no seu governo contra 8 mil no de FHC. Conversa. Ele usa números do Caged, que não servem como indicador de emprego e desemprgo. Ademais, houve uma mudança de metodologia que infla os índices atuais. Hora de o jornalismo se inteirar sobre essa questão para contraditá-lo e impedi-lo de “faltar com a verdade”.
O seu patético momento veio quando Mônica fez uma pergunta na qual ele até poderia pegar carona. Lembrou que ele houvera afirmado haver 300 picaretas no Congresso. Com o escândalo que está aí, diria o mesmo? E aí veio um Lula em estado puro, curtido em 25 anos nos barris de carvalho do PT: “Você não pode querer que um presidente fale a mesma coisa que ele falou há 13 anos em Ron-dô-nia. Eu estava em Ron-dô-nia”. A ênfase parecia implicar que o que se fala em Rondônia não conta. É fato que o Estado vive um mau momento. Mas ainda é Brasil — e como! Com efeito, 13 anos é muito tempo para cobrar uma palavra de Lula. Pensando bem, eu não lhe concedo um miserável minuto de coerência.

Quando o negócio é espancar tucano

O divertido neste mundo é como a percepção das pessoas varia, né? No dia da entrevista de Alckmin, o Blog de Fernando Rodrigues foi impiedoso: “JN espanca tucano”. Cada um com seu estilo. Considerando que Geraldo Alckmin não é, a esta altura, um “tucano qualquer”, talvez fosse o caso de lhe citar o nome. A menos que o fundamental no enunciado fosse espancar tucano... E olhem que o ex-governador, mesmo contra a parede, conseguiu emplacar algumas boas respostas — e, claro, se deu mal em outras. Lula, nesta quinta, além de espancar a geografia, a língua e se trair em atos falhos, não conseguiu encaixar uma única boa resposta. Mas o Blog do Fernando Rodrigues, aquele que publicou as “fotos-denúncia” de Serra entregando ambulâncias (vamos espancar tucanos...), foi quase carinhoso com o petista: “Lula toma um calor do JN”. Muito mimoso. Mais um pouco, vira poesia. Fernando também não gostou do desempenho de Bonner e Fátima. Vejam só! Eu gostei demais (ver notas abaixo). Ele faz um pouco de crítica de mídia, eu também. Ele pergunta: “Por que não fazem perguntas diretas, com sujeito, verbo e predicado?” Porque uma pergunta com “sujeito, verbo e predicado” teria verbo demais e gramática de menos, uma vez que o predicado, necessariamente, inclui o verbo. Quem ensina corre sempre o risco de aprender. É o sal da vida.

Atenção: Lula chama Dirceu e Palocci de "envolvidos". E os entrega: "Eu os afastei"

Atenção para esta seqüência:
Lula – Eu afastei todos [os suspeitos] os que estavam dentro do governo federal, todos, sem distinção [Lula está irritado]
Bonner – O sr. afastou o ex-ministro da Casa Civil?
Lula – Foi afastado. Eu o afastei. Afastei o Zé Dirceu, afastei o Palocci, afastei outros funcionários que estavam envolvidos e vou continuar afastando.

A seqüência não poderia ser mais explícita em revelar várias coisas. Em primeiro lugar, se pressionado, Lula entrega os amigos sem piscar. Vejam aí: Palocci nem tinha sido objeto de pergunta dos entrevistadores. Mas Lula o meteu na fogueira. E, no contexto, fica explícito: classifica seus dois ex-ministros de “envolvidos”. Envolvidos em quê? Só pode ser no escândalo, certo? Ainda bem que a "iniciativa privada" acredita em Dirceu e que Abílio Diniz confia em Palocci.
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Postby mends » 11 Aug 2006, 19:08

Reinaldo Azevedo

Dirceu está bravo com William Bonner, Fátima Bernardes e com a TV Globo. Está provado: fez-se, de fato, jornalismo

José Dirceu — que nunca deixou o PT, que nunca deixou de mandar no PT, que nunca deixou de interferir no governo — não gostou do desempenho de Lula na entrevista. Também nesse caso, como sempre, a culpa não é “deles”. É dos outros. Ele está bravo com William Bonner, com Fátima Bernardes e com a Rede Globo. Nem tudo o que Dirceu censura é bom, mas digamos que é um sinal e tanto. Dirceu é fã de Fidel Castro e da “América Latina rebelde e profunda”. Essa expressão e deliciosamente cafona e reveladora de certas concepções políticas que são cadáveres adiados que procriam.

O homem nos diz por que as câmeras revelaram um Lula com olhar inicialmente cordial e, segundos depois, a cara fechada, a irritação incontida. Tudo estava na palavrinha “candidato”. Dirceu — e, portanto, Lula e o PT — considerou “desrespeito”. Errado. Como apontei logo de cara neste blog, foi o primeiro acerto da noite. Não era o presidente que estava sendo entrevistado ou prestando conta de seus atos. Até porque, como presidente, o Babalorixá não concede entrevistas a não ser cercado das salvaguardas inventadas por André Singer. Ou, então, faz chicanas com radialistas tão ou mais ignorantes do que ele próprio.

Causídico, Dirceu observa que a Constituição faculta a Lula, como presidente, ser também candidato. Então ele é as duas coisas, ora essa. E ontem era dia de entrevistar o candidato. Mas é óbvio: o homem percebeu aquilo como ofensa, como se lhe tivessem roubado alguma coisa. Há muito tempo desconfio de que Lula se considera portador de uma espécie de “direito divino” que o faz ser quem é. Imaginem alguém tratando Luiz 14 como um simples ser humano. De fato, era inaceitável.

Dirceu solta os cachorros também contra a Rede Globo com uma frase enigmática: “Parece que a Rede Globo esta querendo provar que é independente, de quem? “ O que ele quer dizer com isso? Que a rede, por qualquer razão que só ele saberia, não é independente? Na seqüência de sua análise, o homem se dedica à própria defesa, atacando a tese de Bonner de que um procurador geral da República costuma oferecer denúncia depois de convencido de que houve mesmo irregularidade. Considerou a questão impertinente. Lembro que Bonner deu a Lula a chance de desclassificar a denúncia — e poderia tê-lo feito. Mas não o fez. Ao contrário, reiterou que demitiu os “envolvidos”. Foi Lula quem chamou Dirceu de “envolvido”.

Eu apontei a dureza de Bonner e de Fátima Bernardes com o candidato tucano. Observei que ambos foram “jantados” — foi a expressão que usei — pela esquerdopatia de Heloísa Helena. E reconheci ontem que foram tão duros com Lula quanto foram com Alckmin. Sabem a diferença, dentre milhões de outras, entre este blog e o seu avesso (o de Dirceu)? É que, no dia em que o JN deglutiu o tucano, o post de Dirceu se chamava “Alckmin foi nocauteado e ficou sem resposta no JN”. Não houve um só comentário sobre a qualidade das perguntas. Os petistas estão bravos porque Lula, o “candidato”, não foi tratado como Lula, “o presidente”.

Deveriam se dar por satisfeitos. Chega a ser injusto que Alckmin — sobre quem se pode ter muitas críticas, mas não qualquer suspeita que diga respeito à ética e à moralidade pessoal — seja tratado como Lula. No governo de São Paulo, nunca houve uma autoridade para apontar a existência de 40 quadrilheiros. O máximo de crítica que se tem contra o ex-governador é que ele é católico demais, um tanto carola. Dirceu, faça o seguinte: junte-se a seu chefe e vão os dois para uma igreja. Mesmo que os eleitores os reconduzam ao poder, isso não quer dizer absolvição segundo certo tribunal. O povo já elegeu antes gente com uma biografia ainda mais carregada.
Vai que o Tribunal de Execução do "companheiro" Fidel não seja a instância máxima da justiça, meu caro. Não custa fazer um hedge com o divino... Embora, sinceramente, eu não vislumbre grandes esperanças... Lmbre-se do Canto 21 do Inferno, na Divina Comédia.
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Postby mends » 14 Aug 2006, 09:09

Ah, o duplipensar..."quanto mais corrupção aparece, mais se sabe que o governo é eficiente no combate à corrupção". Orwell deveria ser leitura obrigatória na oitava série.

R Azevedo

Lula: varrendo a sujeira na terra do cuecão

Lula voltou a falar em sujeira embaixo do tapete. No seu governo, sustenta, ela é varrida. É, sim. E vai parar como enfeite no centro da sala. Num comício em Fortaleza, ontem à noite, disse que ainda vai aparecer mais corrupção, já que ele a combate. Notável. Quanto mais corruptos surgirem, é porque mais eficiente Lula estará sendo. Entenderam a lógica? O homem falava isso na terra de José Airton Cirilo, o petista que, segundo os Vedoin, era um dos comandantes do esquema dos sanguessugas — e é bom lembrar que eles deram pistas certas para chegar a todos os envolvidos. Ele é candidato a deputado federal pelo PT e membro da direção do partido. Se Cirilo não fosse o bastante, também pertence àquelas plagas José Nobre Guimarães, irmão de José Genoino, deputado estadual, aquele cujo assessor foi flagrado com US$ 100 mil na cueca. E Lula soltou uma das suas: “Minha mãe era pobre, mas era limpa”. A descendência continue limpa, não é? Pobre é que não será...
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Postby mends » 01 Sep 2006, 17:25

R Azevedo

Lula, o uísque e uma milonga

Viram? Está provado. Uísque faz tão mal ao bom senso quanto café com leite de manhã (ver abaixo). As declarações atribuídas a Lula pelos repórteres Eduardo Scolese, da Folha, e Leonencio Nossa, do Estadão, no livro Viagens com o Presidente estão provocando um certo rebu internacional. A obra tem o sugestivo subtítulo de “Dois Repórteres no Encalço de Lula do Planalto ao Exterior”. O caso é o seguinte: Lula cultiva dois péssimos hábitos. Detesta dar entrevistas — coletivas, então, nem pensar — e é boquirroto quando está num grupo menor. Sem jamais perder a pinta de autoridade, de chefe — já era assim antes de ser presidente —, gosta de falar o que lhe dá na telha. Mais ainda quando movido a água que passarinho não bebe (ou, sabe-se agora, café com leite...). Em circunstâncias assim, desceu a língua em Néstor Kirchner, presidente da Argentina, no ex-presidente uruguaio Jorge Battle e no Chile — nesse caso, no país inteiro, definido todo ele como “uma merda, uma piada”. Pois é. A notícia estourou nos jornais argentinos Clarín e Ámbito Financeiro. O El Mercúrio, do Chile, também se interessou pelo caso. Mario Vilalba, embaixador brasileiro em Santiago, negou tudo. Ai, ai... Deixe-me ver o que dizer. Acho que Lula estava apenas “democratizando” a sua massa encefálica (ler abaixo). Que coisa! Um presidente da República não pode, agora, dar declarações inoportunas em público, na presença de estranhos, depois de três uísques!? Aonde é que vamos parar com uma imprensa dessa? Eu até acho que Kirchner possa merecer umas pancadas do Brasil de vez em quando. Não tenho por ele mais simpatias do que tenho pelo Apedeuta. Mas que os diplomatas se encarreguem de trocar palavrões naquela linguagem universal da hipocrisia. O que é que sobra de todo esse episódio? O Lula que se vê é uma personagem, uma construção primeiro ideológica e depois publicitária. Não há um só assessor seu que não tenha levado carraspanas as mais grosseiras, muitas vezes em público. Mas o mito o protege. No livro, aparece um pouco como é. Com ou sem uísque.
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Postby mends » 06 Sep 2006, 09:13

Azevedo

Não houvesse razões muito objetivas para Lula estar na frente, algum estranhamento faria sentido. Mas há. A mais importante delas, sem dúvida, é a economia. Não vamos querer agora que o povo vote com a lente de aumento da macroeconomia e pense: “Huuummm, os investimentos estão muito baixos; como a massa salarial teve um crescimento inexpressivo nestes quase quatro anos, com uma média de crescimento muito baixa, virão dificuldades por aí”. Ainda não inventaram esse povo, não é?
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Postby mends » 12 Sep 2006, 12:15

estou estudando um candidato a deputado federal. não falo nome e número porque preciso conhecer mais. mas concordo com a maioria das propostas (abaixo), menos o voto aberto. e tenho algumas visões menos simplistas, mas estou assumindo que, por se tratar de material de campanha, o cara tb não seja tão simplista.

Fortalecimento da segurança pública e aplicação de
penas que desencorajem os bandidos

Um dos maiores problemas de nosso país é a segurança pública. Estamos diante de um perigoso modismo que trata bandido como vitima social e não como criminosos de verdade. Chega de passar a mão na cabeça deles.

Sou favorável à diminuição da maioridade penal e trabalho forçado de preso na cadeia.

Afinal, se é para comer e morar às nossas custas, e ainda depois colocar fogo em colchão e quebrar tudo que encontra pela frente, que pelo menos eles trabalhem e paguem por isso!

• Como Deputado Federal, irei lutar com todas as minhas forças para aprovar medidas que aumentem a segurança dos brasileiros. Não ficarei omisso diante do caos que está se instalando em nossa sociedade. A ineficiência do Estado para garantir segurança ao povo faz com que os criminosos se deleitem e abusem da violência. Apresentarei projetos para reverter este quadro. Não podemos permitir que permaneçam impunes bandidos de alta periculosidade, como seqüestradores, assassinos e estupradores. Mas não adianta apenas punir, temos também que prevenir. Por isso, levarei ao Congresso Nacional projetos para fortalecer a estrutura e a remuneração das Polícias Civil, Militar e Federal, assim como para realizar treinamentos avançados de combate ao crime junto a estes policiais.


Drástica redução da carga tributária

As empresas brasileiras gastam aproximadamente R$ 20 bilhões para cumprir a burocracia exigida pelas autoridades tributárias no pagamento de 61 impostos, taxas e contribuições nos níveis federal, estadual e municipal.

Vigoram hoje no país cerca de 3.000 normas tributárias, que são atualizadas a um ritmo de 300 modificações anuais - incluindo mais de 50 mil novos artigos e 30 mil parágrafos. Tudo isso precisa ser decifrado quase que diariamente pelas empresas.

Enquanto o Brasil tem 61 impostos, taxas e contribuições e uma carga tributária em torno de 36% do PIB, a China, por exemplo, tem 25 impostos e uma carga de 16,7% - e que está em queda desde 1995. No México, o peso dos impostos não chega a 20%.

• Na Câmara dos Deputados, apresentarei e apoiarei propostas para diminuir a inflacionada taxação tributária de nosso país, que impede o progresso da economia. Além disso, tenho projetos para eliminar a burocracia estatal, responsável pela morosidade do desenvolvimento empresarial.


Fim do sigilo fiscal para todos
os que ocupam cargos eletivos

Aqueles que quiserem ocupar cargos eletivos, em todas as esferas, deverão abrir mão, antecipadamente, de seu sigilo fiscal.

Somente assim poderemos saber qual a evolução patrimonial dos nossos políticos e cobrar deles a explicação de certas fortunas repentinas que surgem no meio político.


Voto aberto no Congresso Nacional, em todas as matérias

Quem vota consciente e de maneira leal, não tem o que temer. Por isso, não há razão para o eleitor não saber como votou seu representante no Congresso Nacional.

Voto aberto em todas as matérias, sem exceção, é uma das formas de acabar com a compra de votos no Parlamento.


Combate ao MST e apoio ao Agronegócio

Precisamos interromper imediatamente o repasse de verbas de qualquer natureza ao MST e afins e alocar esses recursos no apoio ao agronegócio. Os criminosos movimentos campesinos que contam com o apoio da esquerda latino-americana não podem ser o destino das verbas públicas que deveriam estar financiando o controle sanitário, o seguro rural e as demais necessidades do agronegócio.

Trabalhar pela revisão dos critérios absurdos de produtividade que só facilitam a reforma agrária, e pela revogação da reserva legal irrealista e arbitrária.


Fim das demarcações de terras indígenas

O Brasil tem apenas alguns milhares de índios que concentram mais de 13 % do território nacional através de “reservas”, algumas delas em fronteira, o que coloca em risco a integridade e a segurança nacional.

Precisamos interromper essa festa ideológica e demagógica.


Suspensão de todos os benefícios aos anistiados políticos

Através da suspensão e revisão das benesses concedidas aos anistiados poderemos saber como nosso dinheiro está sendo sangrado por este vergonhoso mecanismo de assalto aos cofres públicos.

Quem ganhou? Quanto levou? Quem concedeu? Por quê?


Equacionamento da Previdência Social

Você sabia que o déficit da previdência é, dentre outros, a principal causa das altas taxas de juros? Precisamos enfrentar com coragem este problema e eliminar de vez os benefícios descabidos e demagógicos que se pagam no Brasil a certos grupos, enquanto a maioria dos aposentados e pensionistas ganham misérias. É preciso desvincular o salário mínimo dos benefícios previdenciários e implementar o sistema atuarial, caso contrário, vamos quebrar!


Diminuição da máquina estatal

Hoje, o Brasil é escravo do governo, que gasta muito e gasta mal. O atual presidente criou 12 ministérios, inchou a máquina estatal com amigos dos partidos derrotados nas urnas e aparelhou o serviço público com companheiros cuja única qualificação era o uso do distintivo partidário. Um bando de incompetentes.

• Durante meu mandato, apoiarei todos os projetos que visarem a diminuição da máquina estatal. Da mesma forma, serei enfaticamente contra toda tentativa de se fazer o contrário.
O Governo não é um cabide de empregos. Muito pelo contrário, o Governo deve trabalhar. Trabalhar para os cidadãos.

• Falta-nos também fortalecer as agências reguladoras, com quadros profissionais, bem preparados e remunerados, exercendo um papel forte e eficiente.


Fim da demagogia e da ideologia
em matéria de política externa

A política externa adotada pelo atual Governo é um desastre. Fazemos alianças com qualquer populista, como Fidel Castro, Chavez, Evo Morales, acobertando grupos terroristas internacionais como as FARCs. Enquanto isso, maltratamos os parceiros comerciais que trazem mais benefícios econômicos para o Brasil, como os EUA e a Europa. Uma política simplesmente suicida e retrógrada.

• A conivência do atual Governo com a medida adotada pela Bolívia de nacionalizar o gás natural, roubando-nos as instalações da Petrobrás que lá se encontram, mostra como o Brasil está cuidando de sua política externa. Ou melhor, não está cuidando. Situações como estas são muito mal vistas por parceiros como EUA e Europa, que são os grandes propulsores de nossa balança de exportação. Apresentarei projetos com o objetivo de fortalecer as relações com esses países, em detrimento de países como Bolívia, Cuba e Venezuela, comandados por governos populistas.
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