Não preciso falar o óbvio sobre limpar e aparelhar a polícia, criar investigação eficiente, arrumar o sistema penitenciário, prender os chefões e impedir que um deles vire celebridade e até ria do Estado em pleno noticiário do horário nobre.
fácil, né? demora o quê, uns cem anos? Sabe por que isso nunca vai dar certo? Porque o Brasil em geral e o Rio em particular sofre de um mal horroroso que impede ações firmes do Estado onde ele DEVE atuar e quer ações do Estado onde ele deve ficar AFASTADO. Esse mal é o onguismo. O onguismo vitimiza o pobre e morador do morro, acredita que o tráfico é uma força social, um “player” legítimo!! O governo federal petista, que é partidário do onguismo (ah, se arrependimento matasse...) pediu PERMISSÃO PARA SUBIR O MORRO!!! MINISTRO DE ESTADO TELEFONOU PRA TRAFICANTE PRA SUBIR O MORRO, OS IMBECIS DO BERZOINI E DO GIL!!!
E esse onguismo será o primeiro ao se levantar contra o que resolve a parada mesmo: “broken windows, broken business”. Tolerância zero. Lei é pra ser cumprida. Questiona-se a lei, mas que se cumpra. E isso significa sem marofa na praia – e eu sou a favor da liberalização – prender pixador, depredador, trombadinha. Depredação de espaço público NÃO È FORMA DE EXPRESSÃO, e deve ser reprimida com veemência, pra que se perceba que não há impunidade em nenhum nível. Mas com o professor Luizinho, corrupto CONFESSO, COMEMORANDO A ABSOLVIÇÃO, ISSO FICA DIFÍCIL.
E repressão ao usuário de marofa, ao xinxeiro. “follow the money”, corte a fonte de financiamento.
Acredito que não preciso lembrar do risco 'Deus não ajudar' e no final gastar-se uma grana preta pra não reaver porcaria nenhuma.
o risco nem tanto é grana, mas dar errado por usar SÓ a repressão. "O Exército não é um bisturi, é uma espada". Se dá errado, não há mais o que fazer, o risco institucional é enorme.
Afinal, o maior poder armamentício do mundo não achou armas nem de destruição em massa no Iraque nem o mr. Laden, o que esperar do exército brazuca atrás de umas poucas armas?
o maior exército do mundo é imbatível em guerra convencional. Isso, aliado às consequências da Guerra Fria - o medo da retaliação nuclear - e à interdependência econômica, nos faz ter certeza de que NUNCA MAIS TEREMOS UMA GUERRA MUNDIAL, e que exército nenhum do mundo vai atacar os EUA. Mas, se não haverá mais guerra, haverá outros conflitos de guerrilha. Um guerrilheiro tem vantagens estratégicas importantes, e "estados guerrilheiros" também: não têm muito a perder, uma vez que já estão fora da "grobalização", não se prendem a "códigos marciais" e, mais importante, como se organizam em "redes tiririca" (forma de organização identificada pelo meu velho), vc corta uma parte mas tem quilômetros de raízes interligadas, e têm acesso a tecnologia, graças à prosperidade que o sistema que querem destruir trouxe, eles só precisam acertar uma vez. Quem se defende precisa acertar sempre. Muita gente critica algumas "liberdades" tomadas pelo governo dos EUA no trato com "prisioneiros". Eu também, mas isso se explica (não se justifica) pela busca de uma certa flexibilidade estratégica.Cedo ou tarde, eles vão descobrir como lidar com essas ameaças, mas até lá estão na defensiva e vão tomar olé.
A idéia é o exército tomar o morro (parece fácil)
não deve ser nada fácil: os morros oferecem uma posição estratégica crássica: o terreno elevado. O exército tem que subir tomando tiro lá de riba. Além disso, ó Exército deve se preocupar com inocentes, o que limita suas ações, e os traficantes não.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")