Nesta terça vou ter que falar num seminário a partir duns textos sobre Indústria no Brasil. Pra começar seguem uns trechos de um dos textos, do jornalista Ethel Leon...
'No plano econômico, a recessão e a [2ª grande] guerra repercutiram de modo antes positivo que negativo sobre o ritmo de atividades, tendo em vista a diretriz anti-recessiva da política econômica do primeiro governo de Vargas e sobretudo o impacto da situação de conflito international. A guerra não só ajudou a preservar o mercado interno para a indústira nacional como abriu espaços no mercado exterior para artigos de consumo fabricados no Brasil. O ritmo de atividade da indústria brasileira na conjuntura da guerra foi intenso, a capacidade ociosa desapareceu e a lucratividade foi considerável.'
'A grande quanitidade de pequenas e médias indústrias ao lado de alguns grupos econômicos poderosos, pareciam conformar a base material perfeita para o desenvolvimento do desenho industrial.'
Mas...
'A industrialização adquire, desde o início, o caráter de um processo sócio-econômico culturalmente vinculado à assimilação de técnicas, instiuições e valores sociais importados da Europa, ou, em menor escala, dos Estados Unidos... A reprodução de padrões, a assimilação de técnicas criadas em outros universos sócio-culturais isentou os brasileiros de investir na invenção.'
'O design, propondo-se a trazer a qualidade na série, não visa apenas atualizar os processos artísticos adequando-se aos grandes meios de produção, mas a reformar as próprias condições da produção industrial, que em regime capitalista parece inspirar-se em interesses puramente quantitativos.'