A PÍLULA VERMELHA

Resenhas de filmes e livros que você viu e/ou leu.
Não sabe escrever uma resenha?
Então comente... ;)

Postby Danilo » 21 May 2004, 18:43

mends wrote: Mas o conhecimento liberta.
...
"Mais Platão e menos Prozac!".
...
...
...
O conhecimento liberta, mas a ideologia cega.

Domença, vai concorrer pra deputado, pastor de igreja, profeta ou revolucionário-revelador-da-matrix?
:lol:
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Postby telles » 21 May 2004, 18:44

Então, mas aí você já viajou na batatinha.... A sua pergunta foi se eu me incomodava em experimentar algo PRÉ DETERMINADO. Tanto a Poli quanto a GV são pré determinadas, por tiozinhos questionadores ou não. E não me incomoda esse fato. Até ajuda, pois posso evoluir a partir desta pre determinação.

Concordo com você sobre a "homestidade" da instituição... Ela determina basicamente que caminho eu sigo na minha evolução a partir da pré determinação imposta por elas....
Telles

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Postby Danilo » 21 May 2004, 18:46

<span style='color:gray'>Reposta default #2 (antes que alguém use minhas palavras):</span>

Caminho pré-determinado mais chaaaato...

:danilo:
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Postby mends » 21 May 2004, 19:22

Mas então (é lógico) eu não fui claro! A questão não é DESCONSTRUIR, reinventar a roda a toda hora e não "aceitar" nada que já não tenha sido pensado. O(s) problema(s) são:

1 - Ter acesso à base epistemológica de desenvolvimento: isso quer dizer, aprender matemática ANTES de Eletromag...e não tentar aprender Eletromag SEM aprender matemática; Na GV, vc aprende Taylor, por exemplo, antes de ver todo o desenvolvimento sociológico que leva a Taylor....não é a NEGAÇÃO pura e simples que leva à liberdade, é a SUBMISSÃO pura e simples que não a possibilita!!! São coisas COMPLETAMENTE DIFERENTES!!!! :cool:
2 - Vou tentar uma abordagem mais tecnocrática, pq teu vïés tá sendo tecnicista, na minha opinião: o que diferencia o homem de uma máquina? a consciência, correto? De onde surge a consciência? Eu acredito que seja de nossa capacidade semântica, de atribuir diferentes significados a diferentes coisas e situações. Uma máquina, sempre, sempre, vai ser um ente desprovido de semântica. Uma máquina trabalha com SINTAXES, linhas de programa. As possbilidades sintáticas são finitas por definição. As possibilidades semânticas não. Uma máquina nunca iria olhar pro fogo e ver Deus. Então esqueça as ciências naturais. Elas são sintáticas: há "leis", mesmo que essas leis sejam ampliadas ou aparentamente "mudadas". Então tá fora de questão questionar ou não Maxwell, mas mesmo que nao estivesse, o meu ponto é que teoricamente tenho as ferramentas pro desafio, a matemática e a física que teoricamente me permitem aprender mais matemática e mais física e tentar confrontar os mestres.
3 - Mas, e enm relação à vida? O que quero dizer é que nossa vida está se tornando SINTÁTICA: depois de comprar um celular que cantas, tenho que ter um que bate palmas e manda se fuder...e o ser humano não é um ser sintático, é um animal semântico; aí vc vive a angústia do significado: viver pra q? quem sou eu, pra onde vou? pq faço Poli? Ah, pra ficar rico e consumir: consumo e consumo, coisas sem significado, minha angústia aumenta, mas tuuudo bem, tenho pornografia à vontade, tenho sexo à vontade, bebida, drogas - não ilegais, tenho Valium, Viagra, que me possibilita ter mais sexo...isso é a PORRA DA PROGRAMAÇÃO PRÉ-DETERMINADA!!!! E vc não pensa em quanto vc se insere nisso, ou pensa? Dificilmente. Eu me incluo nisso, porra! Então vc (vc genérico, não vc Telles) faz Poli pra trabalhar numa puuuuta empresa, ter um puuuuta carro, só que vc NÃO TOMA CONSCIÊNCIA DA SUA LIBERDADE, UMA VEZ QUE VC SE SUBMETE PRA TER TUDO ISSO, PQ VC TEM Q CONSUMIR, CONSUMIR, CONSUMIR....é a coisa da Caverna: se vc tá nesse ciclo de se matar de trabalhar, consumir, e se submeter, vc não tem consciência de que há outras possibilidades onde quem escolhe o q vc compra, o carro q vc dirige, as escolas dos seus filhos, é vc, não a "tendência", a moda, a propaganda. Pq, a cada nível de inserção nesse ciclo, mais "escape" vc tem q ter: experimentos com ratos foram feitos, em que dava-se aos ratos duas opções: pressionava-se uma alavanca para obter comida, e outra para obter estímulos elétricos no cérebro que emulavam prazer sexual. Os ratos morreram de fome. No que isso é diferente de quem gasta o salário em bingos, rouba para se drogar, pq "a vida é uma merda, a pressão é foda? ". Lazer é necessário, mas veja que, quanto mais as "pseudo-necessidades"consumistas aumentam, mais viciados e alienados existem na sociedade. Não acho q seja coincidência.
Eu quero ficar rico, mas pra ser livre. Como diz o Danilo, pra mandar grandão se fuder. Isso eu aprendi com o meu chefe: foda-se a McKinsey!! E daí que eu sou sócio da McKinsey? Eu quero mandar na minha vida! Se eu tenho como me manter, posso mandar neguinho se fuder quando eu quiser. Pra isso tenho q trabalhar pra caralho? Tenho, mas tenho q ter consciência d q controlo minha vida, tenho q negar certos desejos, tenho q aprender cada vez mais, pq não posso depender dum Lair Ribeiro me dizer como devo viver. Se eu não sei o básico, do básico, se eu não sei lidar com a complexidade, eu surto em dois segundos. Quem diz isso não sou eu, é o Freud. `Não posso identificar minha vida com uma empresa, e se for mandado embora, meu mundo desabar. Nossas escolas não ensinam isso. A Poli ensina, mas como a Poli ensina tecnologia, sem dimensão humana nenhuma, não há perigo! O viés técnico permite que se passe por "sem ideologia", que não existe. To escrevendo um ensaio com calma, espero q mais claro q esses posts....
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Postby Aldo » 22 May 2004, 06:07

Cara que fala ao pescador,

Antes de mais nada olha a hora em que postei isso.

É! Saiu bem budista o meu texto...aliás é uma das religiões que mais me agrada, mas ainda perde para o Jainismo em alguns aspectos:

-O Jainismo busca pelo individualismo máximo ( nirvana ) e não a plena harmonia com o universo;
-Para o Jainismo nada é sacrado, para o budismo tudo é. Situações de máxima Teo-entropia (cunhei agora) , mas o Jainismo é de menor, digamos, "energia" Ao passo que a existencia de um deus dá uma Teo-entropia tendendo a zero ( pois só ele é sagrado )

A existencia de deus ainda não está provada, logo ele não existe, ou pelo menos não somos conscios fisicamente de sua existencia. SEMPRE PARTO DAÍ...Matriz de Descartes me libertaria num caso desses


Seja como for, eu não tive a pretensão de filosofar ao seu nível, quis ser mais simples e não me fiz entender, pelo menos o ponto a que quis dar ênfase: Só quis dizer que , partindo da premissa que este que experimentamos é o único "cenário metafísico" ( nào gostei da expressão , mas num tem tu, vai tu memo ) Quando morrermos, estaremos livres de escolher, a pergunta é seria essa a nossa maior liberdade ou nossa maior prisao? Talvez possamos comparar isso com aquelas curvas que em zero mais estejam em mais infinito e em zero menos em menos infinito...Onde ela está quando é zero zero? Não se define, simplesmente...A liberdade depende do jeito que vc vê o mundo, a física relativista é mais livre que a newtoniana? I mean Saber que há uma velocidade máxima( um limite ) te liberta, ou te deixa mais preso? Pois vc pode se deixar pensar "E se eu passar da Velo da Luz? E se eu descer abaixo do Zero Kelvin?"

Mas no fundo o que defendo é que "liberdade é nada mais que mera ilusão..."

Desculpe-me pelo excesso de engenheirês
Abraço
O pescador do Tejo
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Postby Danilo » 21 Jun 2004, 23:43

Teoria da Conspiração/Matrix/Murphy

O Domença tava lendo o livro com várias hipóteses sobre a Matrix. E tinha o questionamento de que se estamos ou não na Matrix. Se ela vai existir um dia e tal...
Mas tive uma idéia muito mais triste, baseado na "sem-gracice" do dia-a-dia. E que é bem mais simples do que a Matrix. E se naquele dia que eu fechei o caminhão de hidrogênio líquido (indo pra festa da GV em 2000, eu acho) eu provoquei um acidente terrível?
Então eu estaria de coma até hoje, sonhando que estou ainda vivendo minha vidinha mais ou menos? :o
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Postby mends » 22 Jun 2004, 09:17

não, pq isso implicaria que todos nós somos frutos dos seus sonhos e que vc sonha ate as coisas masi detahadas sobre a vida de cada um dde nós ;)
Mas, sobre viver na Matrix, o ultimo artigo do livro diz que, necessariamente, uma das três hipóteses é verdadeira,pelo menos:

1 - é muito provável que a espécie humana não seja extinta antes de atingir um estágio pós humano;
2 - ´extremamente improvável que uma sociedade pós humana processe um numero sognificativo de simulacoes de sua história evolutiva;
3 - com quase toda certeza, vivemos numa simulacao de computador.

A base do argumento é que precisamos considerar a hipotese de que as civilizações humanas tenham chance de se tornar pos humanas, e que elas se interessem por simulacoes de computaor. Sendo as duas razoáveis, a terceira hipótese é consequência natural das outras duas. Caso se rejeite o argumento de que vivemos numa simulacao de imediato, devemos rejeitar os dois predecessores.
Se aceitamos que vivemos em uma simulacao, pq na podemos provar que noa vivmos - nao gosto desse tipo de argumento, mas vá lá, não há pq pensar que somos a unica instancia, e ai a realidade seria como no filme 13o. andar.

Alguém já assistiu?
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Postby Danilo » 22 Jun 2004, 11:20

Comatrix

Ok. Então o acidente terrível com o caminhão de hidrogênio líquido é a minha visão da história.
Na sua visão da história, você deve ter sido fechado por um caminhão de hidrogênio líquido que foi por sua vez, fechado por outro zé mané.
:wacko:
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Postby mends » 22 Jun 2004, 12:07

na minha visão da história, eu sei dirigir e jamais fechei um caminhão de qualquer coisa, ainda mais de hidrogênio líquido :lol:
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Postby Danilo » 22 Jun 2004, 12:45

Por isso mesmo, como eu disse no post acima, você foi fechado pelo caminhão que foi fechado por outro motorista de algum carro grande.
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Postby mends » 22 Jun 2004, 13:19

;) intindi...
então eu fui fechado pelo caminhão que você fechou?
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