Sensacional.... cada dia pérolas novas. Este discurso foi repleto de baboseira, incoerências e terror. É isso aí, lula lá mais 4....
22 de outubro de 2006 - 14:55
Lula diz que rico não precisa do Estado brasileiro
"Quem precisa (do Estado) é o pobre", completou o presidente
Ana Paula Ragazzi
SÃO PAULO - O presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva voltou a adotar um discurso maniqueísta para frisar as eventuais diferenças entre ele e seu opositor, Geraldo Alckmin. Durante comício na Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, Lula disse que Alckmin representa a elite e que irá privatizar estatais.
Lula afirmou, também, que, se reeleito, tratará com atenção especial os pobres. "A gente precisa cuidar dos mais fracos porque o rico não precisa do Estado brasileiro.
Quem precisa é o pobre. O pobre precisa de universidade. O rico pode pagar e, se quiser, até em Paris", comparou.
Lula admitiu novamente que ficou "chateado" por conta do segundo turno, mas agora diz "achar bom que isso tenha acontecido porque o povo brasileiro tem a oportunidade de sentir a diferença e escolher entre dois projetos". De acordo com ele, um dos projetos defende os interesses da pequena elite brasileira e o outro é o dele, que quer governar para o Brasil inteiro, mas com atenção especial ao povo pobre. "
Os meus adversários afirmam que eu quero dividir o Brasil entre ricos e pobres. Eu não dividi nada. Eu nasci pobre. Foram eles que dividiram. Se fosse por mim, todos seriam riscos."
O presidente reforçou sua origem pernambucana e disse que deve tudo o que tem à cidade de São Paulo. "Aqui encontrei minha profissão, minha galega e criei meus filhos. Tenho consciência da situação do País e da quantidade de nordestinos que moram em São Paulo e o que a cidade representa para a economia nacional. Mas farei um governo para 170 milhões e não apenas para 30 ou 40 milhões."
Durante o comício, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebello (PC do B-SP), também em palanque, reforçou a idéia dos pobres versus a elite:
Alckmin parece "um personagem de propaganda do Itaú Personnalité e seu programa lembra um torneio de tênis de Costa do Sauípe (resort de luxo na Bahia)". Lula complementou: "Esse é um país de todos e não de jogadores de tênis apenas."
A ex-prefeita de São Paulo,
Marta Suplicy, presente no comício, puxou o assunto privatização com ajuda do senador Aloísio Mercadante. Segundo ambos, Alckmin venderá estatais como a Petrobras e o Banco do Brasil.
Lula, que havia anunciado que falaria pouco - para não ficar rouco para o debate de segunda-feira - aproveitou a deixa e ressaltou que a historia do partido de Alckmin, o PSDB, é de privatização. "Ele diz que não vai privatizar, mas depois vai. Várias pessoas do partido dele já cansaram de assinar documentos dizendo que não iam fazer alguma coisa e depois fizeram", disse, referindo-se ao governador eleito de São Paulo, José Serra, também do PSDB. "
Eu repito: não vamos privatizar. Se vai privatizar por que ter um presidente?
O que ele vai administrar?"
Lula fez referência ao Programa Universidade para Todos (ProUni), citou a queda de preços dos alimentos e de produtos básicos de construção civil e o projeto Luz para Todos, alvo de críticas porque, supostamente, teria privilegiado municípios petistas. "Quero ser o presidente do Brasil que apagou o último candeeiro."
Lula chegou à Cidade Tiradentes por volta das 11h30 acompanhado de Marta Suplicy. Ele não falou com a imprensa, caminhou por um trajeto de cerca de cem metros na avenida dos Metalúrgicos e seguiu direto para o palanque.
Além de Marta, Mercadante e Aldo Rebello, participaram do evento, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorin, o ex-secretário de Governo de Marta Suplicy (PT), Rui Falcão, a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a primeira-dama, Marisa, e a ex-secretária de Esportes da gestão Marta Suplicy, Nádia Campeão, e o prefeito de Recife, João Paulo. O evento também teve a presença do deputado estadual e cantor, Franklin Aguiar, e o cantor Netinho de Paula, que falou, mas não cantou.