A LIBERDADE DE CADA UM

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby mends » 11 Jun 2004, 12:11

R$ 1,1 milhão
é o valor total das indenizações que a Souza Cruz foi
condenada a pagar a ex-fumantes na semana passada.
A dona das marcas Free e Hollywood afirma que vai
recorrer da decisão. A Justiça registra 370 ações de consumidores contra os fabricantes desde 1995

Eu acho um tremendo absurdo exigir esse tipo de indenização. Ninguém é obrigado a começar a fumar, e todos saberm o mal que faz. As pessoas têm que se responsabilizar mais por aquilo que querem fazer da sua vida.... :ranting:
"I used to be on an endless run.
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Postby Aldo » 05 Aug 2004, 15:47

Se alguém assistiu ao Casseta e Planeta nessa última terça deve ter visto uma pequena tirada do Sindicato dos Bandidos da Nação: Que na figura do meliante Bussunda veio a rede nacional se posicionar contra a atuação de bandidos fardados, e dizendo que bandido que é bandido tem que ser sindicalizado e pedir para que nós, cidadãos comuns não aceitemos ser roubados, sequestrados e assassinados por alquem que esteja vestindo farda...Foi muito engraçado, triste, mas engraçado.
Como se faz para dizer que não aceito ser roubado, sequestrado ou morto por um policial? Eu me recuso a morrer?
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Postby mends » 05 Aug 2004, 15:49

pede, encarecidamente, pr'ele tirar a farda... :huh:
Não é só retrato do país: pra mim, ainda é resquício da "tigrada" dos porões da ditadura.
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Postby Danilo » 05 Aug 2004, 15:55

Podemos fazer um adesivo: "Roubo, sequestro e assasinato? Só com bandido ;) "
E quando você for abordado por um policial-bandido (ou seria um bandido-policial?) você aponta pro adesivo, saca seu "mentos fresh", põe um na boca, e dá um sorrisinho.
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Postby mends » 05 Aug 2004, 15:57

gostei da idéia do adesivo, mas só imagino a cena do fresh menthos feita por vc.
"I used to be on an endless run.
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Postby Aldo » 06 Aug 2004, 10:13

Putz, como o próprio Danilo diz: IRRRRRRRRRRGGGGGGGGGG
Demorou pra fazer o adesivo, tambem gostei da ideia
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Postby mends » 20 Sep 2004, 12:47

ELIO GASPARI

Com vocês, o Big Companheiro
Quem desconfia dos pendores bolcheviques do comissariado petista tem motivos para se preocupar quando passa os olhos em 31 dos requerimentos encaminhados pelo deputado José Mentor (PT-SP) à CPI do Banestado. Na qualidade de relator da Comissão, ele requisitou informações suficientes para criar o maior arquivo já organizado com a vida das empresas e dos empresários brasileiros. O falecido Serviço Nacional de Informações nunca teve coisa parecida. Mentor teve alvos específicos: quebrou o sigilo fiscal de 95 diretores e conselheiros de todos os grandes bancos nacionais. Avançou sobre a vida fiscal, bancária e telefônica de uns mil magnatas, cerca de 150 deles aninhados no mercado financeiro. (Na maioria dos casos o sigilo quebrado foi o fiscal. A quebra de sigilo telefônico não é grampo. É a lista das ligações feitas e recebidas para celulares ou aparelhos fixos em chamadas interurbanas.) Três exemplos do arrastão de dados promovido pelo relator petista da CPI:
1) Mentor pediu à Receita Federal todos os dados "sobre as pessoas jurídicas estrangeiras que tenham participação em empresas brasileiras". (Requerimento nº 527/04.)
2) O deputado pediu a quebra do sigilo de todas as operações de câmbio registradas no Banco Central entre 1996 e 2002. (nº 506.) Pode-se estimar que nesse período tenham sido registradas 50 milhões de transações. Mentor tentara atribuir aos seus assessores o poder de navegar no sistema de informações do Banco Central (nº 457). Num pedido curioso, Mentor solicitara os contratos de câmbio das empresas dos jogadores de futebol que vivem no exterior, "dentre elas a empresa Empório Ronaldo do Brasil" (nº 422). Será que alguém acredita que o escândalo da transferência ilegal de dinheiro para o exterior é coisa do Ronaldinho?
3) Mentor pediu à Secretaria do Tesouro Nacional que lhe mande a relação de todos (repetindo, todos) os detentores de títulos públicos federais, bem como as condições em que esses papéis foram negociados (nº 557 e nº 558). Isso e mais todas as transações dos bancos Bamerindus e HSBC com órgãos públicos (nº 533), bem como o acesso a todos os processos (inclusive cíveis) do período 1996-2002 que tramitam em segredo de justiça nos 12 maiores Estados e em Brasília (nº 943 e nº 991). Os pedidos do deputado à Receita Federal chegaram a ocupar o serviço de cem auditores num só dia.
A CPI tem consigo um banco de dados de 425 mil operações de transferência de dinheiro de cerca de 50 mil pessoas. Entre 300 e 500 movimentaram mais de US$ 1 milhão. Na maioria dos casos, com estrito respeito às leis e aos costumes. Esse banco de dados, convertido em CDs, está mais vazado que o chão de estrelas de Orestes Barbosa. É figurinha fácil em quase todas as grandes redações do país e alguns de seus itens já se transformaram em argumentos convincentes em disputas por representações empresariais.
Deve-se ao senador Antero Paes de Barros, que preside a comissão, o veto à proposta de que fosse mandada uma carta a todos os cidadãos que fizeram transferências de dinheiro para o exterior entre 1996 e 2002.
O PT partidarizou a CPI do Banestado. Até aí, nada demais. O problema criado pelos pedidos de Mentor está em outra dimensão. Admitindo-se que todas as solicitações sejam respondidas, estará criado -em meio magnético- um arquivo onde juntam-se bancos de dados que não se comunicam. É o caso das numerologias da Receita, do Tesouro e do Banco Central. Atende ao interesse da Viúva a criação de uma base de dados unificada, mas quando a CPI se acabar, seus documentos confidenciais serão lacrados. Virarão CDs sem utilidade pública, a menos que adquiram utilidade privada, empresarial, social ou política.
O que faltou ao companheiro Robespierre foi um banco de dados desse tamanho.

** so sendo chato num ponto: cd eh meio optico
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Postby mends » 01 Oct 2004, 10:44

PRISOES PANOPTICAS

Prisoes panopticas sao prisoes onde vc se comporta pq nao sabe quando estara sendo observado e punido ("Vigiar e Punir" - Michel Foucalt); empresas adoram prisoes panopticas. E as empresas, cada vez mais, estao mais neuroticas e sao mais totalitarias em relaccao ao tempo das pessoas. Ou o que eh ter uma cademia numa empresa senao controlar o tempo das pessoas? Daqui a pouco o happy hour vai ser na empresa, institucionalizado, ou teremos aquela maquina de alimentar do Chaplin de tempos modernos. Soh que eh tiro no pe: convivencia FORA da empresa garante mente aberta e diversidade de ideias. Homeogeinizaccao eh morte. E dai eu leio a seguinte perola, na ISTOEDINHEIRO:

Vigilância total
A empresa americana Métier lançou um software capaz de monitorar as atividades de empregados com base no tempo que eles gastam em cada programa de computador. O software se sincroniza com outros usados no PC, como o correio eletrônico, navegador de internet e elaboração de textos e planilhas e relatórios, para medir o tempo gasto em cada sessão. Segundo o fabricante, para cada hora declarada, os funcionários “esquecem” 20 minutos em média que perdem com outras atividades.


ABSURDO!!!! :chair: :chair: :chair: :chair: :chair: :chair:
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Postby mends » 16 Nov 2004, 08:38

ELIO GASPARI

A república dos doutores

Verdadeiro doutor
No interesse dos costumes nacionais, aqui vai a proposta do cidadão Paulo Atsushi Sakanka (Campinas, SP) para o caso do do Meritíssimo que foi buscar nos tribunais o seu direito de ser chamado de doutor pelo porteiro de seu edifício:
"Concordo com o juiz Antônio Marreiros da Silva Melo Neto, que defende a tese de que há certos cidadãos que não devem ser tratados como pessoas "comuns". Deve ser o caso do porteiro do prédio em que ele mora. Afinal, quem pega quatro ônibus diariamente para ir trabalhar faz o milagre de sustentar a família com um salário indecente".
Marreiros passa a chamar todos os porteiros de doutor e o jogo empata. Se quiser ser promovido, pode reivindicar o tratamento que Raymundo Faoro* sugeriu a uma secretária. Inquieta com a quantidade de pessoas que o chamava de "você", perguntou-lhe como preferia ser tratado. "Chame-me de Vossa Majestade", respondeu Faoro.


*Raymundo Faoro é um dos principais historiadores e sociólogos brasileiros. Intelectual da pesada.
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