52 Policiais Mortos num fim de semana

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby tgarcia » 15 May 2006, 14:52

metralharam um banco aqui na LAPA.

estão dizendo que às 16h vai ter um ataque mais pesado. Será que estou na Bósnia?

toque de recolher às 20h parece ser sério. eu tinha aula e trabalho para entregar. Como não fiz o trabalho, achoq ue vou para casa mesmo...e no horário....
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Postby mends » 15 May 2006, 14:52

Internos da Febem mantêm 10 reféns em unidades de Franco da Rocha
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da Folha Online

Internos das três unidades da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) de Franco da Rocha (Grande São Paulo) se rebelaram no início da tarde desta segunda-feira e mantêm dez funcionários reféns.

O tumulto faz parte da série de ações orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), em retaliação à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.

Segundo a Febem, nenhum interno fugiu do complexo Franco da Rocha e não há reivindicações para a liberação dos reféns. Policiais militares foram acionados para fazer a segurança no local.

Presos de 29 penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) de São Paulo permanecem rebelados nesta segunda-feira. Segundo balanço divulgado às 13h30 pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), cerca de 120 pessoas são mantidas reféns.

A série de rebeliões atingiu, desde a sexta-feira (12), cerca de 80 unidades no Estado --penitenciárias, CDPs e cadeias públicas.

Além das rebeliões, criminosos promoveram ataques contra a força de segurança e queimaram mais de 60 ônibus em São Paulo, região metropolitana, Baixada Santista e Campinas.
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Postby mends » 15 May 2006, 15:08

o DEIC não confirmou o toque de recolher...
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Postby tgarcia » 15 May 2006, 15:09

acabei de receber um comunicado aqui da Sadia: estou liberado hoje às 16:30 para ir para casa.;....
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Postby Danilo » 15 May 2006, 18:08

Pergunta: quais são as condições reais de SP? Digo porque pelo que vejo pela FdSP, escolas estão fechadas, ônibus não rodam, etc, etc... Está feio mesmo? (OK, sei que morreram 70 pessoas, e isso já é suficientemente feio, mas queria opinião de quem está por ai´ "levando a bida normalmente")


Réporter Danilo informando: o trânsito na av. Ibirapuera e nas 3 paralelas pro 'lado índios' estão completamente entopidas. Só passa moto e bike. Shoppings estão fechando. Umas lojas em Moema fechadas. Estou me sentindo no Rio. Maldito Primeiro Comando Covarde!

:vinganca:

Não dá pra 'sem querer' desligar as células de telefonia nas regiões dos presídios? Desligamento seguido por um ataque com umas bombinhas de gás também iria bem.
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Postby telles » 15 May 2006, 18:23

Sai as 16:20... cheguei as 18:00 em casa....

Não tinha um CET, muito menos uma viatura na rua....

acabei de ver o comandande da PM na TV... ele disse que a maioria dos ocorridos é panico, que transformam um tiro em rajada de metralhadora... to começando a acreditar....
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Postby tgarcia » 15 May 2006, 19:03

acabei de entrar em casa. Mais de 2h na rua.
Ouvi o comandante tb. Ele é bem razoável - e concordo com o sensacionalismo.

Falei com meu irmão que tem um amigo filho de delegado fodão aqui de SP (um dos que me ajudaram na época do sequestro). Ele disse que polícia vai pesado para a rua hoje. Deve ter muito conflito pq eles vão nos focos - e que era realmente melhor estar em casa (na verdade para não atrapalhar a polícia e não pq pode ter ataque dos bandos).

Danilo, quanto ao celulares: já estão fazendo isso e não apenas na região dos presídios *(tente usar o seu....). Achei que era excesso de tráfego, mas o meu irmão disse que eles estão alternando o desligamento de antenas mesmo...
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Postby Danilo » 16 May 2006, 00:30

Pior é a sensação de não poder fazer nada... ou quase. Pelo menos no Orkut dá pra tentar fazer barulho... Discussão interessante na comunidade Brasil.

Dizemos que o presidente, o governador, tal partido, ou o técnico do time não serve. Será? Ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa... nós, brasileiros.
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Postby mends » 16 May 2006, 10:14

A material prima não é defeituosa. O problema é o pensamento das pessoas!! Ontem, uma jornalista perguntava se não era melhor negociar com os bandidos...NÃO!!!!!!!!!!!!!!!! A negociação não é legítima. Assim como é piada discutir se a responsabilidade do celular é da operadora ou do governo...não tem nem que ter celular, pra começo de conversa!!! Não adianta querer resolver o problema errado!! Isso é enganação atrás de enganação!!!

Brasil, agora, só na Copa. Na primeira oportunidade real, avião.
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Postby junior » 16 May 2006, 10:24

Caraca, não acreditei que a coisa estava tão assim... Obrigado pelas informações ai´... Pelo que vi na Flha hoje, negociaram com os manos, é verdade?? :unsure:
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Postby mends » 16 May 2006, 10:45

negociaram... :ranting:

agora, é ladeira abaixo
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Postby mends » 16 May 2006, 10:51

sempre tem um imbecil, como esse aí colado..e ainda se chama libertário...nem sabe o que é. É um vagabundo, isso sim.

Não vou morrer na minha quitinete
MÁRIO BORTOLOTTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A ordem agora é morrer nas próprias casas. Uma das frases que mais me marcaram nas últimas semanas foi justamente a frase dita por Sara Joanna Gould, uma americaninha de 21 anos que tá fazendo intercâmbio no Brasil. Ela falou pra Revista da Folha: "O que me surpreende não é a pobreza, comum na América Latina, mas sim a riqueza, o número de milionários em um país como o Brasil".
Sacaram? Vocês que agora estão escondidos em suas casas, com medo de saírem às ruas pra tomar uma inocente cerveja ou pra ir a um cinema depois de um dia cansativo de trampo e pavor? Vocês sacaram que isso que vocês estão passando nesse momento é rotina nas favelas cariocas? O toque de recolher, o abaixar as portas, o rezar baixinho pra que ninguém ouça. Às vezes tão baixinho que nem Deus ouve.
E a gente faz de conta que tá acontecendo longe daqui, num país distante de alguma fábula de terror. E agora você tá vendo os busões incendiados, as estações de metrô metralhadas, e você tá dentro do trem fantasma.
E você pergunta pra mim o que eu penso disso? Eu não sou político, não faço parte de nenhuma igreja, não sou banqueiro nem empresário. Não lucro com nenhuma espécie de proibição. Mas tem gente lucrando, não tem? O pouco dinheiro que ganho trabalhando é pra pagar as contas e comprar livros. E você vem perguntar pra mim o que eu acho disso? Você acha que isso aí é só uma guerra de polícia e bandido?
Faz a autópsia da situação, brother. Com atitudes meia-boca não vai acontecer nada de fato. Não vou gastar meus 1.600 toques com palavrório empolado. Libera tudo, meu irmão, divide o bolo, libera as drogas, a pirataria e a putaria, deixa todo mundo trabalhar livremente e ser o dono de suas próprias vidas.
Oportunidade pra todo mundo melhorar de vida. Iguala as condições pra batata não assar. Mas é claro que isso não vai acontecer, não é? Então não perguntem pra mim o que acho disso. Nunca perguntem para alguém libertário como eu o que acho de algo assim. Você tá com a bunda no inferno e quer manter a dita refrigerada?
Eu tô em casa, mas prefiro optar por não morrer aqui. Ainda posso fazer isso. Vou sair pra tomar uma cerveja. Se eu ainda tivesse um pai, arrastava ele comigo. Meu nome é Mário Bortolotto e não existe nada de que eu goste mais do que um pingado e um pão com manteiga depois de uma noite de sinuca.



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Mário Bortolotto é dramaturgo, diretor de teatro e ator
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Postby mends » 16 May 2006, 10:54

fora os esquerdistas malucos, sempre prontos a "entender" e a justificar a bandidagem

A guerrilha carcerária
FREI BETTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

De quatro anos na prisão, a ditadura obrigou-me a viver dois entre prisioneiros comuns. Trinta e cinco anos depois, o sistema prisional só não continua o mesmo porque piorou. A questão não merece prioridade do governo, e o extorsivo pagamento dos juros da dívida pública mingua os recursos de que dispõe a União. Investe-se apenas na construção de novos presídios. A guerrilha carcerária, desencadeada no fim de semana de 13 e 14 de maio, expõe a precariedade do sistema prisional brasileiro.
Se grades e muros seguram fisicamente os presos, os avanços eletrônicos e a negligência das autoridades permitem que, de dentro para fora, comandem ações criminosas. Celulares ingressam no bojo da corrupção favorecida por baixos salários pagos a policiais e carcereiros desqualificados. Outros fazem vista grossa sob ameaças a seus familiares, alvos de comparsas dos detentos. As facções criminosas, outrora restritas ao interior das prisões, hoje possuem ramificações na rua e são comandadas para o que antes parecia inverossímil: o crime organizado ataca a polícia!
São Paulo viveu o seu fim de semana de Iraque, com a polícia acuada por táticas de guerrilha: ataques de surpresa, escaramuças etc. E as reações das autoridades não fogem dos velhos jargões: imitar os EUA na construção de presídios (supostamente) indevassáveis; legalizar a pena de morte; aumentar o efetivo policial militar. Nada que enfoque as causas da criminalidade e a ineficiência de nosso sistema prisional.
Entre Rio e São Paulo há cerca de 2 milhões, 3 milhões de jovens, entre 14 e 24 anos, que não terminaram o ensino fundamental. Nesse contingente encontram-se 80% dos assassinos e dos assassinados. Em suma, não se reduzirá a criminalidade sem educação de qualidade, com a criança na escola oito horas por dia, e combate ao desemprego. A violência não decorre da miséria, e sim da falta de educação. E de uma cultura belicista, como a dos EUA, o país mais violento do mundo, apesar de mais rico. Seus cárceres guardam mais de 2 milhões de pessoas.
Nosso regime penitenciário não difere muito do adotado no tempo da escravatura. Amontoam-se presos em masmorras exíguas; misturam-se autores de delitos distintos; condenam-se todos à mais explosiva ociosidade. Não há cursos profissionalizantes, nem redução da pena de acordo com a progressão escolar. Nem há atividades culturais, como teatro, pintura e música, ou equipamentos e espaços adequados à prática de esportes.
Queijo suíço, nossas prisões estão repletas de buracos por onde entram dinheiro e armas, celulares e drogas. O detento é guardado, não reeducado; punido, não recuperado. E o alto preço da penitência -donde penitenciária- jamais é a absolvição, e sim a exclusão social. O preso cumpre a pena sem que o sistema o prepare à reinserção social, e sem que a sociedade se disponha a acolhê-lo. Daí o alto índice de reincidência.
A causa maior da criminalidade é a desigualdade social, que vem sendo reduzida no Brasil desde 2001. A violência intrínseca às estruturas sociais, como a fundiária, substancialmente arcaica, provoca nos excluídos a reação de revolta. Busca-se a ferro e fogo o "lugar ao sol" tão enfatizado, indiscriminadamente, pela propaganda televisiva. Ela socializa o direito de todos à felicidade abastada, atrelada aos bens de consumo. Não há por que esperar de um jovem empobrecido atitude abnegada frente à sua carência e sofrimento.
A droga é o recurso mais à mão para evadir-se dessa realidade, seja pelo "encantamento" que proporciona, seja pelo dinheiro fácil que atrai. E por que obedecer às leis se políticos corruptos e criminosos de colarinho branco permanecem em liberdade? Se a morte é certa e a vida carece de sentido, por que temer a lei do talião? O grave é quando a sociedade e a polícia decidem adotá-la, como se a eliminação de bandidos significasse a erradicação do crime.
É preciso desalgemar os recursos públicos aprisionados pelo excessivo ajuste fiscal e multiplicar o investimento em educação e na reforma prisional. Caso contrário, em breve a própria polícia estará impregnada deste pavor que acomete a população de nossas grandes cidades: o medo de sair às ruas.
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Postby junior » 16 May 2006, 11:05

Libera tudo, meu irmão, divide o bolo, libera as drogas, a pirataria e a putaria, deixa todo mundo trabalhar livremente e ser o dono de suas próprias vidas.
Sim, seguramente isso resolveria TODOS os problemas... Como diz um amigo meu, tinha que ser mano "fefeletchi" ...
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Postby tgarcia » 16 May 2006, 11:39

mends wrote: A causa maior da criminalidade é a desigualdade social, que vem sendo reduzida no Brasil desde 2001. A violência intrínseca às estruturas sociais, como a fundiária, substancialmente arcaica, provoca nos excluídos a reação de revolta. Busca-se a ferro e fogo o "lugar ao sol" tão enfatizado, indiscriminadamente, pela propaganda televisiva. Ela socializa o direito de todos à felicidade abastada, atrelada aos bens de consumo. Não há por que esperar de um jovem empobrecido atitude abnegada frente à sua carência e sofrimento.

PTista filho da p*ta.

desde 2001 vem sendo reduzida a desigualdade blá blá blá...

e esse argumento da condição social já deu oq tinha que dar. Dar espaço num jornal para um cara escrever estar m*rdas é f*da.

Ele nunca deve ter tido violência na família dele.

Não duvido que o Frei Beto seja o candidato do PCC ao congresso daqui a pouco...
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