Por sinal "Miss Arroyo" é fogo...
Quinta atriz pornô infectada com HIV aumenta pânico na Califórnia
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da France Presse, em Los Angeles
Uma quinta atriz pornô americana foi diagnosticada com o vírus HIV, elevando a tensão dentro desta bilionária indústria na Califórnia, cuja produção se encontra paralisada há um mês.
A atriz, uma jovem com longa experiência na indústria, foi uma das que fizeram uma cena com o astro pornô Darren James, considerado o "foco transmissor" do vírus, informou a Fundação Médica da Indústria de Entretenimento para Adultos (AIM, sigla em inglês).
Apesar de a AIM ter se negado a revelar o nome das últimas pessoas que deram positivo nos exames de HIV, o site AVN news, um portal de notícias da indústria pornô, divulgou seus nomes:
"Miss Arroyo" e "Jessica Dee", ambas de 25 anos. As duas contracenaram com James, informou o representante de ambas, Dick Nasty, ao AVN news.
A AIM informou também que um transexual chamado "Jennifer" foi outro a dar positivo no teste, em um caso que parece não ter vínculo com as atrizes contaminadas por James.
Os exames feitos em dois atores que contracenaram com "Jennifer" deram negativo. A dupla manteve relações sexuais com o ator em questão no dia 27 de fevereiro. A partir de então, ele não trabalhou mais na indústria e a AIM considera o caso isolado agora.
O alarme teve início em meados de abril, quando se descobriu que o astro pornô Darren James era portador do HIV. Em meio a uma onda de pânico, vários estúdios decidiram interromper seus trabalhos por 60 dias, com o objetivo de realizar sucessivos exames de sangue nos mais de 45 atores que trabalharam com James.
Em poucas horas, a AIM revelou que o teste da atriz Lara Roxx --que fez um filme com James-- deu positivo. De acordo com um anúncio de 30 de abril, outra profissional também foi contaminada.
James teria contraído o vírus enquanto rodava um filme no Brasil, atuando sem camisinha.
Restrições
Em um movimento que pode afetar a milionária indústria, as autoridades sanitárias da Califórnia anunciaram que estudam uma medida que imporia aos atores o uso de preservativos, proteção bucal durante a filmagem de cenas eróticas e a realização de exames de HIV a cada duas semanas.
"O uso obrigatório da camisinha mataria a indústria pornô", opinou Kat Sunlove, diretora da Coalizão para a Livre Expressão (FSC), associação que defende os protagonistas da indústria, cujos lucros oscilam entre US$ 4 bilhões e US$ 13 bilhões anuais nos Estados Unidos.
Em uma entrevista ao portal
http://www.mrwebreview.com, Christian Mann, 43, diretor da Video Team, disse que ele, durante alguns anos, impôs o uso do preservativo na gravação de vídeos, mas que depois desistiu, já que a medida quase o levou à falência.
"Tomei a medida que me pareceu correta e quase perco minha clientela", comentou Mann.
Para Gunther Freehill, do Programa de Aids do Departamento de Saúde Pública de Los Angeles, o cinema pornô da Califórnia --com mais de 4.000 produções por ano e que emprega cerca de 6.000 pessoas-- deve ser criativo e encontrar uma fórmula para "disfarçar" o uso dos preservativos.
"Da mesma maneira que nos filmes de ação não se vêem todos os cabos que ficam pendurados para filmar as cenas, a indústria pornô deverá utilizar sua criatividade para gerar a mesma fascinação, mas com o uso do preservativo", opinou Freehill.
"Ninguém está pensando em fechar a indústria", frisou