Se você considerar que Orson Welles fez esse filme com 24 anos, sim, é o melhor filme de todos os tempos. Baseado na vida de Willliam Randolph Hearst, conta a história dum magnata das comunicações que, no fim, só queria "ser amado". A premissa é babaca, e ouve-se muita discussão sobre como Hearst tentou boicotar e sumir com o filme, e ele acabou tornando-se uma crítica a uma espécie de capitalismo e a um jeito de fazer negócios - que depois redundou, inclusive, num documentário chamado CIDADÃO MARINHO sobre "nosso companheiro, jornalista Roberto Marinho", expondo os podres dele, e que também foi proibido no Brasil e tal.
Mas acredito que Hearst tenha ficado puto por ter sido retratado como um esquizofrênico em busca de aceitação, e não pelos seus métodos de negócio, não muito diferentes de um JP Morgan, por exemplo. O filme é uma aula sobre psicologia freudiana - complexo de Édipo, expansão da fase anal retentiva (nem me peça pra explicar, vai ler), uma puta montagem, o Welles era um puta ator. "Rosebud".
Mas assim, cinema, cinema, eu prefiro os CHEFÕES.