Os autores (Allan e Barbara Pease) explicam que a maioria dos homens e mulheres vivem em constante duelo com seus parceiros por causa de comportamentos diferentes que seriam resultado da evolução da espécie.
O homem, responsável pela caça nos tempos antigos, desenvolveu o cérebro para a travessia de longas distâncias, e táticas para localizar e atingir o alvo. Não tinha de se ligar nas emoções alheias. A mulher, ao contrário, precisava da aptidão para percorrer pequenas distâncias, visão periférica mais ampla para monitorar o ambiente em volta, habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e boa capacidade de comunicação. Como resultado dessas necessidades diferentes, os cérebros masculinos e femininos desenvolveram áreas específicas para comandar cada tarefa.
Outra diferença biológica seria o 'corpo caloso', ligação entre o lado direito e o lado esquerdo do cérebro. Um neurologista da Universidade da Califórnia confirmou que o cérebro feminino tem o corpo caloso mais denso e com mais 30 por cento de conexões que o masculino. Provou também que homens e mulheres usam áreas diferentes do cérebro para executar a mesma tarefa. A pesquisa revelou ainda que é o estrogênio, hormônio feminino, que estimula as células nervosas a fazer novas conexões dentro do cérebro e entre os dois hemisférios. Estudos demonstram que, quanto mais conexões, maior a fluência na conversação.
O livro diz que a testosterona é responsável por impulsionar o homem a perseguir, abater a presa e afastar os predadores. É também esse hormônio que faz a barba crescer, causa a calvície, engrossa a voz e melhora a habilidade espacial. Pessoas tratadas com testosterona têm menos dificuldade em entender mapas e guias de ruas. Já o estrogênio inibiria a habilidade espacial. E, aparentemente, mulheres muito femininas não se saem bem estacionando junto ao meio-fio nem procurando ler mapas.
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