52 Policiais Mortos num fim de semana

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby mends » 17 May 2006, 10:09

uai, na mesma tomada que colocam a tv de plasma, usando "benjamim"...
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Postby mends » 17 May 2006, 10:14

finalmente alguém na mídia concorda comigo: Fernando Rodrigues.

O besteirol sobre os bloqueadores
é infinito; quem pagará somos nós


É fascinante o febeapá em torno da nova grande polêmica nacional: é ou não necessário instalar bloqueadores de celulares nos presídios brasileiros?

<span style='color:red'>Não há nem sinal de uma discussão séria sobre outro ponto: por que os governos estaduais estão quase todos abdicando de uma política eficaz para impedir a entrada de telefones móveis nos presídios? No caso de São Paulo, é inconcebível que um Estado rico e com a força policial que tem seja incapaz de, em 24 horas, limpar as celas de telefones e armas.</span>

O caso dos bloqueadores é fascinante. De repente, as esperanças do Brasil residem todas aí. Se os presos não tiverem como falar ao celular, abracadabra, tudo estará resolvido.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, sugeriu hoje que as próprias operadoras assumissem o ônus de instalar os tais bloqueadores. Seria "um serviço público". Em que planeta vive esse ex-repórter do Fantástico? Será que Hélio Costa realmente acredita que alguma empresa privada na galáxia estaria disposta a gastar dinheiro para instalar bloqueadores em presídios? De graça? É evidente que o custo seria repassado para os consumidores.

Outro aspecto demencial e adjacente na proposta do governo é o Estado terceirizando uma responsabilidade sua. Suponha, caro internauta, que as operadoras de celulares instalem os bloqueadores. Em dado momento, a engenhoca falha ou é suplantada por uma nova tecnologia dos criminosos (cenário para lá de possível). Segue-se uma rebelião. De quem é a culpa? Das empresas de telefonia. O Estado vai dizer: não tenho nada a ver com isso.

Para entender os bloqueadores
O custo desses aparelhos não é, de fato, muito alto. Ocorre que são altamente ineficazes, a não ser que os responsáveis por sua instalação não se preocupem com os moradores da vizinhança dos presídios. Os pobres. Em geral, a redondeza de uma prisão é um local humilde, os imóveis são desvalorizados. Com os bloqueadores, esses coitados sofreriam mais um infortúnio: ficariam privados de falar em celulares.

Para quem não sabe, o custo total de instalação de bloqueadores num presídio de até dois andares, com uma área de 1 Km por 1 Km fica em torno de R$ 150 mil. Se o sistema for instalado em São Paulo, deverá emitir sinais para "sujar" as freqüências de Vivo (analógico e digital), Claro (TDMA e GSM), TIM (GSM) e Nextel.

O processo é complicado por 2 motivos: a necessidade de ajustes e a dificuldade de instalação física. O presídio precisa ser cabeado (imagine como deverá ser a blindagem desse fios para que os detentos não o depredem...). Antenas pequenas serão colocadas no perímetro da edificação. Centenas de testes terão de ser realizados para prejudicar o mínimo possível a vizinhança (mas alguns sempre acabarão ficando numa zona de sombra do sinal).

Depois de tudo isso, um problema insolúvel: se o preso subir na caixa d’água, poderá falar livremente ao celular. Claro, pois as antenas estarão voltadas para dentro do presídio para evitar o prejuízo para a vizinhança.

Outro detalhe ainda não analisado: quem vai dar manutenção nessas geringonças? Digamos que seja preciso algum reparo. O técnico chega e diz: "Vim aqui consertar o bloqueador". Se algum preso ouvir, coitado do técnico.

Por fim, o que garante que a corrupção que permite a entrada do celular não seja também usada para desligar o bloqueador em determinado momento? Nada.

Em resumo, a baboseira sem fim é típica de momentos de crise. No Brasil, admitamos, a gente exagera. Que venham os bloqueadores. Eles vão nos salvar!
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Postby Wagner » 17 May 2006, 15:52

Novas exigências do PCC:


Um estádio e uma Libertadores... :fear:
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Postby Aldo » 17 May 2006, 16:49

Aê, essa noite a policia apagou mais 22 suspeitos...
E a guerra continua companheiro, mas com numeros diluidos em noites silenciosas...para que nós não percebamos que vivemos assim desde há muito...
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Postby junior » 18 May 2006, 09:58

18/05/2006 - 08h54
Burguesia terá de abrir a bolsa, diz Lembo
MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha de S.Paulo

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, afirma que o problema de violência no Estado só será resolvido quando a "minoria branca" mudar sua mentalidade. "Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa", afirmou. "A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações."

Lembo criticou o ex-governador Geraldo Alckmin, que disse que aceitaria ajuda federal contra as ações do PCC se ainda estivesse no cargo, e o ex-presidente FHC, que atacou negociação entre o Estado e a facção criminosa para o fim dos ataques. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Folha - Os jornais estão noticiando hoje [ontem] que houve uma matança em São Paulo na madrugada de terça. A polícia está sob controle ou está partindo para uma vingança?

Cláudio Lembo - A polícia está totalmente sob controle. Eu conversei muito longamente com o coronel Elizeu Eclair [comandante-geral da PM] e estou convicto de que ela está agindo dentro dos limites e com muita sobriedade. Todas as noites há confrontos nas ruas da cidade e esses conflitos foram exasperados nesses dias. Mas vingança, não. A polícia agiu para evitar o pior para a sociedade.

Folha - Foram 93 mortes. Elas estão dentro dos limites? O senhor tem segurança que todos que morreram estavam em confronto?

Lembo - E o conflito que houve da cidade com a bandidagem? Foi violento. É possível que tenha havido tragédias, mas pelo que estou informado não houve nada que fosse além dos confrontos diretos.

Folha - Só no IML (Instituto Médico Legal) estão 40 mortos e não se sabe nem o nome dessas pessoas.

Lembo - Os nomes vão ser revelados. Estamos resolvendo questões burocráticas, de identificação, mas vão ser revelados.

Folha - Jornalistas da Folha entraram no IML e viram fotos de pessoas mortas com tiros na cabeça. Que garantia a sociedade tem de que não morreram inocentes e de que o Estado, por meio da polícia, não está executando essas pessoas?

Lembo - Não está, de maneira alguma. E digo a você: fui muito aconselhado a falar tolices como "aplique-se a lei do Talião". Fui totalmente contrário. Faremos tudo dentro da legalidade e do Estado de Direito.

Folha - O senhor não se assusta com o número de mortos?

Lembo - Eu me assusto com toda a realidade social brasileira. Acho que tudo isso foi um grande alerta para o Brasil. A situação social e o câncer do crime é muito maior do que se imaginava. Este é o grande produto desses dias todos de conflito. Nós temos que começar a refletir sobre como resolver essa situação, que tem um componente social e um componente criminoso, ambos gravíssimos. O crime organizado trabalha com a droga. A droga é um produto caro, consumido por grandes segmentos da sociedade. Enquanto houver consumidor de drogas, haverá crime organizado no tráfico. É assim aqui, na Itália, nos EUA, na Espanha. O crime se alimenta do consumidor de drogas.

Folha - E da miséria...

Lembo - Talvez no Brasil tenha esse componente também. O crime organizado destruiu valores. O Brasil está desintegrado. Temos que recompor a sociedade. A questão social é muito grave.

Folha - O senhor é um homem público há tantos anos, está num partido, o PFL, que está no poder desde que, dizem, Cabral chegou ao Brasil.

Lembo - Essa piada é minha.

Folha - O que o senhor pode dizer para um jovem de 15 a 24 anos, que vive em ambientes violentos da periferia? Que ele vai ter escola? Saúde? Perspectivas de emprego? Como afastá-lo de organizações criminosas como o PCC?

Lembo - Acho que você tem duas situações muito graves: a desintegração familiar que existe no Brasil, e a perda... Eu sou laico, é bom que fique claro para não dizerem que sou da Opus Dei. Mas falta qualquer regramento religioso. O Brasil está desintegrado e perdeu seus valores cívicos. É ridículo falar isso mas o Brasil só acredita na camisa da seleção, que é símbolo de vitória. É um país que só conheceu derrotas. Derrotas sociais...Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.

Folha - Que ficou assustada nos últimos dia.

Lembo - E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar.

Folha - Tomar conhaque de R$ 900 [preço de uma única dose do conhaque Henessy no restaurante Fasano].

Lembo - Nossa burguesia devia é ficar quietinha e pensar muito no que ela fez para este país.

Folha - O senhor acha que essas pessoas são responsáveis e não percebem?

Lembo - O Brasil é o país do duplo pensar. Conhecemos a inquisição de 1500 até 1821. Então você tinha um comportamento na rua e um comportamento interior, na sua casa. Isso é o que está na sociedade hoje. Essas pessoas estão falando apenas para o público externo. É um país que é dúbio.

Folha - Onde o senhor responsabiliza essas pessoas?

Lembo - Onde? Na formação histórica do Brasil. A casa grande e a senzala. A casa grande tinha tudo e a senzala não tinha nada. Então é um drama. É um país que quando os escravos foram libertados, quem recebeu indenização foi o senhor, e não os libertos, como aconteceu nos EUA. Então é um país cínico. É disso que nós temos que ter consciência. O cinismo nacional mata o Brasil. Este país tem que deixar de ser cínico. Vou falar a verdade, doa a quem doer, destrua a quem destruir, porque eu acho que só a verdade vai construir este país.

Folha - Mas qual é, objetivamente, a responsabilidade delas nos fatos que ocorreram na cidade?

Lembo - O que eu vi [nas entrevistas para a Folha] foram dondocas de São Paulo dizendo coisinhas lindas. Não podiam dizer tanta tolice. Todos são bonzinhos publicamente. E depois exploram a sociedade, seus serviçais, exploram todos os serviços públicos. Querem estar sempre nos palácios dos governos porque querem ter benesses do governo. Isso não vai ter aqui nesses oito meses [prazo que resta para Lembo deixar o governo]. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações.

Folha - O senhor diria que elas pensam que aquele rapaz de 15 a 24 anos, que vive perto da selvageria...

Lembo - ...pode ser o Bom Selvagem do Rosseau? Não pode.

Folha - O endurecimento na legislação pode resolver o problema?

Lembo - Transitoriamente pode resolver. Mas se nós não mudarmos a mentalidade brasileira, o cerne da minoria branca brasileira, não vamos a lugar algum.

Folha - O senhor diz que muita gente falou besteira sobre os episódios. Dos EUA, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a possibilidade de o governo ter feito acordo com os criminosos para cessar a violência.

Lembo - Eu acho que o presidente Fernando Henrique poderia ter ficado silencioso. Ele deveria me conhecer e conhecer o governo de SP. Eu não posso admitir nem a hipótese de se pensar isso. Para opinar sobre um tema tão amargo, tão grave, ele teria que refletir, pensar. E se informar. Quanto ao presidente [FHC], pode ser que eventualmente ele tenha precedente sobre acordos. Eu não tenho.

Folha - Vimos o senhor dando muitas entrevistas na TV. Mas SP teve um outro governador [Alckmin], tem um candidato ao governo e ex-prefeito [Serra]. O senhor ficou sozinho?

Lembo - No poder, um homem é absolutamente solitário. Houve momentos em que praticamente fiquei sozinho. Mas devo agradecer a Polícia Militar e a Polícia Civil também, que estiveram firmes ao meu lado.

Folha - O ex-governador Alckmin telefonou para o senhor em solidariedade?

Lembo - Dois telefonemas.

Folha - O senhor achou pouco?

Lembo - Eu acho normal. Os pulsos [telefônicos] são tão caros...

Folha - E o candidato José Serra?

Lembo - Não telefonou. Eu recebi telefonema da governadora Rosinha [do Rio de Janeiro] e de Aécio Neves [governador de MG], que estava em Washington, ele foi muito elegante. Um ofício do governador Mendonça, de Pernambuco. Recebi muitos apoios, do Poder Judiciário, e a Assembléia Legislativa, deputados de todas as bancadas, nenhum partido faltou.

Folha - As autoridades paulistanas garantiram, nos últimos anos, que o PCC estava desmantelado, que era um dentinho aqui ou ali. Elas enganaram os paulistanos?

Lembo - Não saberia responder. Eu não engano. Eu acho que nós ganhamos uma situação mas é um grande risco. Temos que ficar muito atentos.

Folha - Essas autoridades garantiram que o PCC tinha acabado. Ou elas enganaram...

Lembo - Ou o dentinho era maior do que elas diziam.

Folha - Ou foram incompetentes. O senhor vê terceira alternativa?

Lembo - Pode ser que tenham sido exageradas no momento de transferir segurança. Quiseram ser tranquilizadoras.

Folha - Então elas iludiram as pessoas?

Lembo - É possível.

Folha - O senhor pode dizer que o PCC pode acabar até o fim de seu governo?

Lembo - Só se eu fosse um louco. E ainda não estou com sinal de demência. Acho que o crime organizado é perigosíssimo. Ele se recompõe porque ele tem possibilidades enormes na sociedade.

Folha - O ex-presidente Fernando Henrique não telefonou?

Lembo - Não, não. Ele estava em Nova York. O presidente Lula telefonou, foi muito elegante comigo. Conversei muito com o presidente, ele me deu muito apoio. E o Márcio [Thomaz Bastos] veio, conversamos firmemente, com lealdade. E ele chegou à conclusão que não era necessário nem Exército nem a guarda nacional. Tivemos uma conversa responsável, e o equilíbrio voltou. Mostrei que a Polícia Civil e a Polícia Militar tinham condições de fazer retornar a SP a ordem e a disciplina social.

Folha - O Datafolha mostrou que 73% acham que o senhor deveria ter aceitado ajuda federal. O governador Alckmin disse que não rejeitaria a ajuda.

Lembo - Ele decidiria, se fosse governador, como achava melhor. Eu decidi da forma que achei melhor. Quanto às outras pessoas, faltou clareza de informação da minha parte. E aí me penitencio. Não é que não aceitei ajuda do governo. Ao contrário. Desde sempre houve vínculo forte entre o sistema de informação da polícia federal e a polícia de SP. A superintendência da PF em SP foi extremamente leal, solícita e dinâmica.

Eu tinha uma Polícia Militar muito aparelhada. Eu não poderia tirar esse respeito e esse moral que a tropa tinha que ter naquele momento tão difícil aceitando tanques de guerra do Exército. E aí uma sociedade que gosta de paternalismo, como a brasileira, queria Exército, tropas americanas, tropas alemãs, tropas de todo o mundo aqui. Não é assim.

Temos que ser fortes, saber decidir em momentos difíceis e dar valor ao que é nosso. Foi o que fiz. Em 48 horas liquidou-se o problema. O Exército é para matar o adversário. Eu queria recolher os adversários possíveis. Nós estávamos num conflito social.
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Postby mends » 18 May 2006, 11:45

Marcola nega acordo com governo e faz ameaças em entrevista à TV
da Redação

A TV Bandeirantes levou ao ar, na madrugada desta quinta-feira, uma entrevista com um homem identificado como Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital).


O homem identificado como Marcola, que está na cadeia em Presidente Bernardes e teoricamente incomunicável, falou pelo celular com o jornalista Roberto Cabrini.

Ele negou ter feito acordo com o governo estadual para cessar os ataques a alvos policiais e civis no Estado.

"Se a gente fosse ouvido e atendido dentro da constituição e dentro da lei nada disso teria acontecido", disse Marcola.

Ele negou que a organização tenha mandado assassinar policiais, atitude que atribuiu a "oportunistas". Mas insinuou que o PCC ainda não mostrou todo o seu poderio.

"A gente está preparado para muito mais, tem condições para muito mais", disse. "O líder do PCC criticou ainda a atuação da polícia, que classificou de "brutal".

"A gente está procurando um meio de estar resolvendo a situação..., mas eles (polícia) não estão querendo, estão agindo de forma brutal, estão assassinando também", afirmou.

Segundo Marcola, quem tem a sofrer com isso é a população.

"Estão declarando uma guerra, esquecendo que estão deixando a sociedade à mercê (dessa guerra). Porque dentro de uma guerra onde as duas partes estão com poderio de fogo, acho que quem tem a perder são apenas as pessoas que não tem nada a ver com ambas as partes." Na entrevista, Marcola negou ainda ter feito um acordo com o governo do Estado para cessar as rebeliões e os ataques.
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Postby telles » 18 May 2006, 11:57

Bandido dando entrevista em presidio de segurança máxima

Se essa país fosse sério, o Diretor do Presidio era expulso na mesma hora e botava o exército pra cuidar deles....
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Postby junior » 18 May 2006, 12:42

P***a, deplorável... :( :( :fear:
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Postby telles » 18 May 2006, 14:27

Video exclusivo das negociações

[dohtml]
<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rW9iz6RjOEI"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/rW9iz6RjOEI" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="350"></embed></object>
[/dohtml]
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Postby tgarcia » 18 May 2006, 15:44

Em ano eleitoral, até demoraram para puxar para o lado político...
PT vai entrar com ação contra governo estadual por ataques do PCC


Partido também pretende investigar se houve acordo entre o governo e a facção criminosa
Carolina Ruhman
Veja também
¤ Lula culpa tucanos por ataques do PCC no Estado de São Paulo
¤ Crise na segurança abre guerra no Senado

SÃO PAULO - A bancada petista na Assembléia Legislativa de São Paulo informou que vai preparar uma ação de responsabilidade criminal contra as autoridades estaduais pelas mortes decorrentes dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado.

Segundo informou o site do partido, o PT também pretende investigar se houve acordo entre o governo e o PCC, e convocar os secretários de Segurança e Administração Penitenciária estaduais, Saulo de Castro Abreu Filho e Nagashi Furukawa, para depor na Casa.

O líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Enio Tatto, afirmou que o partido vai lutar pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a crise na segurança pública no Estado. Ele reconheceu, no entanto, que a tentativa pode não funcionar.
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Postby telles » 18 May 2006, 16:09

Recebi um mail com fotos de 2 PMs executados..... Pelas costas... coisa de covarde mesmo!!!!
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Postby mends » 18 May 2006, 18:39

Em ano eleitoral, até demoraram para puxar para o lado político...


demoraram nada...a oferta das "forças de segurança nacional" foi um ato político
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Postby tgarcia » 19 May 2006, 08:10

mends wrote: "forças de segurança nacional"

Essa força nacional é a maior palhaçada que eu já ouvi: um mix dos melhores "homens" de cada Estado.

Imaginem mandar para SP parte da polícia militar de Roraima, Acre ...
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Postby tgarcia » 19 May 2006, 08:10

mends wrote: "forças de segurança nacional"

Essa força nacional é a maior palhaçada que eu já ouvi: um mix dos melhores "homens" de cada Estado.

Imaginem mandar para SP parte da polícia militar de Roraima, Acre ...
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Postby mends » 19 May 2006, 09:50

"A elite virou a explicação para tudo no Brasil, do bicho-de-pé à dor no fígado", afirma cientista político vinculado ao PSDB

Intelectual diz que agora tudo é culpa da elite
DA REDAÇÃO

O cientista político Bolivar Lamounier, 63, criticou as declarações do governador Cláudio Lembo à Folha. Intelectual filiado ao PSDB e bastante próximo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lamounier disse que estranhou as declarações do pefelista e considerou sua argumentação inteiramente equivocada.
"Eu acho que no Brasil tá se alastrando esse negócio de [culpar a] "elite". É tão tensa a situação do país. Nos deixa tão perplexos imaginar que há 25 anos, 30 anos atrás não havia essa criminalidade, e de repente ela está aí nessa escala. As pessoas ficam perplexas e ficam procurando explicações açodadas, precipitadas, e acabam inventando explicações que são completamente erradas. A elite virou a explicação para tudo no Brasil, do bicho-de-pé à dor no fígado. Tudo é culpa da elite."
De acordo com o cientista político, o governador recorreu a um esquema explicativo muito simplista: "Ele acabou dizendo que os ricos são culpados do mal, portanto, os pobres são isentos do mal. Não é isso que estamos discutindo, o que estamos discutindo é o crime: os criminosos organizados são empreendedores do crime, empresários do crime". Na avaliação do cientista político, "enfiar o assunto branco-preto no meio foi mais infeliz ainda".
Lamounier disse que é difícil compreender as razões que levaram o governador a criticar a elite: "Acho difícil compreender por que ele falou isso porque não me parece que seja a visão de mundo que ele transmite. Eu fiquei muito surpreso. Ele é um homem de muita capacidade intelectual. Eu achei que isso [a entrevista] foi um grande equívoco".
O cientista político, que no ano passado lançou "Da Independência a Lula - Dois Séculos de Política Brasileira", pela editora Augurium, atribuiu as declarações à pressão e ao isolamento do governador durante a crise provocada pela ofensiva do PCC (Primeiro Comando da Capital): "Conheço muito bem o governador há muitos anos e não me lembro dele dizer nada nessa linha. Acho que foi a pressão que ele viveu, alguma introspecção que ele passou após o caos que ele viveu, desatou a refletir sobre o assunto e infelizmente refletiu de maneira infeliz".

Críticas ao PSDB
Esse isolamento de Lembo também seria a razão para suas críticas aos políticos do PSDB -Fernando Henrique Cardoso, José Serra e até Geraldo Alckmin: "Sou levado a crer que, em meio a tensão que ele passou, ele não tenha recebido suficiente atenção. Talvez ele tivesse se sentido muito sozinho, muito sem apoio. Mas acho impossível ser diferente, porque foi uma emergência. Ele falou de uma maneira muito fora de foco, muito fora do que se espera dele normalmente. Ele foi extremamente infeliz nas declarações. Elas não refletem bem o que ele normalmente diz e pensa. Foi um grande equívoco dizer isso".
Apesar disso, Lamounier não acredita que a entrevista possa ter um impacto eleitoral, mesmo considerando as dificuldades enfrentadas pelo presidenciável Geraldo Alckmin: "O ex-governador Geraldo Alckmin já se licenciou há dois meses. Ninguém pode prever se uma coisa [a ofensiva do PCC] vai acontecer ou não. Aconteceu com o substituto do governador. Quem tentou utilizar isso politicamente foi o [Ricardo] Berzoini, o Tarso Genro. O governador, eu acho que ele foi só infeliz. Devido à tensão que estava vivendo, talvez muito introspectivo, acabou suscitando hipóteses que não são usuais dele e que são erradas. Ele acabou esposando aquela teoria do bom selvagem de [ Jean-Jacques] Rousseau, que ele explicitamente descarta na própria entrevista. Foi extremamente incoerente". (MAURICIO PULS)
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