by mends » 08 Jan 2007, 18:30
É engraçado como até hoje falam do ‘Nam, uma guerra que os caras ganharam, e só não acabaram com ela porque não puderam/conseguiram empregar a Guerra que deveriam (o que deu oriogem à Doutrina Powell,que novamente não é aplicada no Iraque: entrar, arrasar, sair).
Mas falar em “relação” com o movimento estudantil é demais. O movimento não teve influência na maneira com que os EUA orientaram a Guerra, apenas foi uma reação “jovem” ao que viam como “errado”. É a mesma coisa que perguntar qual a relação entre o Alexandre Mendonça e a eleição do Lula: fui contra. E daí? Puta pergunta imbecil.
E, de mais a mais, o que “afundou” (entre aspas porque, novamente, eles ganharam a Guerra, no sentido de que o Vietcongue não conseguiu seu objetivo e os EUA conseguiram o dele) o Vietnã foi a economia (it is the Economy, stupid!).
O emprego de tropas e recursos foi limitado pelo padrão-ouro. Explico-me. Como o câmbio dólar-ouro era fixo, não era possível “emitir” dólar sem causar inflação, logo não era possível aumentar o déficit até um certo limite. A restrição de tropas tornou uma Guerra que deveria ser um passeio em algo um pouco mais complicado, o que “alimentou” o “pacifismo” da opinião pública. O padrão-ouro está relacionado com a Guerra. O movimento estudantil, não.
Pílula-hippies.
Dos hippies nem falo nada: maconheiros imundos que gostam de oboé e cítara? Sai pra lá!!
O “amor livre” sempre foi possível contanto que houvesse camisinha (é só ler Nelson Rodrigues pra ver que a fornicação comia solta desde que o mundo é mundo – aliás, do contrário, não estaríamos aqui lendo e escrevendo bobagens). A pílula tornou possível o maior legado da geração “hippie”: a paternidade irresponsável (em quase todo mundo, o salto de violência e criminalidade se dá na década de 80, a inversão de mulheres chefiando casas sozinhas também), uma vez que eram muito ineficientes.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")