Filmaço sobre um jovem judeu que se torna nazista, em função de achar o judaísmo uma filosofia fraca e não entender que fé trata não de lógica, mas de sentimento - com uma cena de discussão sobre a proibição de misturar carne com leite ser extensiva ou não à carne de frango, ou sobre se o sacrifíco de Isaac por Abraao, como exigência de Deus, era uma prova da fé de Abraao ou do Poder de Deus. É um filme muito bom, que motra também que sempre existe um proto-qualquer coisa na gente. Foulcault disse que todo ocidental é um proto-cristão, no sentido que não dá pra fugir de dois mil anos impunemente, sua cabeça é moldada no cristianismo mesmo se você for ateu - rejeita-se a metafísica, não a filosofia da parada. Este é o questionamento do filme: até que ponto se rejeita a filosofia e, uma vez que é impossível, até que ponto não precisamos de metafísica em nossas vidas.
Vale a pena.