VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby tgarcia » 17 Aug 2006, 09:32

esse ano tá difícil encontrar candidato para o Senado mesmo...

2 certezas apenas: não voto nem no Suplicu nem no Afifi ("Fé no Brasil, Afif!" ou "dois patinhos na lagoa, vote afif 22!"
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Postby junior » 18 Aug 2006, 09:20

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

17/08/2006 - 21h15
Candidato ao governo de Pernambuco diz que tubarões serão atração turística
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, disse hoje, em entrevista à TV Globo Nordeste, que pretende transformar os tubarões em uma nova atração turística do Estado.

Ele propôs manter as ações educativas e de prevenção já em curso aos ataques e construir um oceanário com os predadores. "Vamos fazer do limão uma limonada", declarou. Desde 1992, foram registrados 50 ataques de tubarão no litoral pernambucano, com 19 mortes.

Na entrevista, Campos também fez referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu disponibilizar as contas do governo na internet além de estabelecer metas para o trabalho da polícia no combate à violência.
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Postby mends » 24 Aug 2006, 08:46

R. Azevedo

A mais antiga profissão do mundo

Há tempos não lia um relato tão asqueroso quanto o que fazem Leandro Berguoci e Débora Yuri na Folha desta quinta (clique aqui) sobre as opiniões de alguns “artistas” que estiveram, na segunda, na casa de Gilberto Gil, no encontro com o presidente Lula. Wagner Tiso, cuja profissão é ser amigo aposentado do Milton Nascimento, diz que não está preocupado com a ética. Paulo Betti, supostamente citando Sartre — imaginem! — disse que "não dá para fazer política sem meter a mão na merda”, sem sujar as mãos. É uma referência, que ele só conhece de ouvir falar, pelo visto, à peça As Mãos Sujas, de Sartre, da sua fase pré-gagá-stalinista. Na verdade, trata-se de um libelo anti-stalinista, que faz justamente uma crítica feroz à idéia de que é preciso sujar as mãos, o exato oposto do que diz este atorzinho em sua delinqüência intelectual. Alguns discordaram, disseram que não é bem assim. José de Abreu, por exemplo, disse que “é difícil não meter a mão na merda, mas que é preciso tentar ter mãos beatas”. Foi ele quem, na segunda, pediu uma salva de palmas a José Mentor, José Dirceu e José Genoino. Terá sido com as mãos beatas ou com as outras? Augusto Boal, que acaba de receber uma pensão vitalícia como homem perseguido pela ditadura (Santo Deus!), não entrou no mérito. Disse que a ética não está sendo bem usada na campanha. Oh, claro que não. E Luiz Carlos Barreto, o preferido da Petrobras, disse que mensalão não é roubo. Roubo é sanguessuga. Para estes, ele defende “fuzilamento”. Barretão não suporta ladrão pé-de-chinelo. Alguns dos nossos artistas precisam voltar a tirar aquela carteirinha que antes se exigia das atrizes, provando que não tinham doenças venéreas. Sem querer ofender as atrizes do passado nem as putas, é claro.
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Postby mends » 29 Aug 2006, 08:42

R Azevedo

A delinqüência intelectual de Chico Buarque
Chico Buarque também acha que a política brasileira deve ser tratada como a Geni de sua música. Ele está com Paulo Betti. Daí que vote, claro, em Luiz Inácio Lula da Silva. Não é de espantar. Ele faz coisa muito pior, como defender o regime homicida de Cuba, por exemplo. Faz coisa ainda pior: pretende-se o branco de olhos verdes bastante procurador dos oprimidos brasileiros. E está sempre disposto a denunciar a violência da elite branca e perniciosa, como um Cláudio Lembo de sobrancelhas aparadas, entre um café e outro, um jogo de futebol e outro, em Paris.

Não. Não é ressentimento. A maioria de nós que lê jornal ou tem acesso a meios eletrônicos de comunicação pode ir a Paris se quiser. Ainda que não tenha o mesmo talento de Chico Buarque para fazer música (ao menos para os que gostam). Trata-se de brasileiros que dominam outros códigos, que são bons em outras coisas. E a sua especialidade, qualquer que seja ela, não lhes confere licença para falar bobagem. Chico, há muito tempo, é uma espécie de porta-voz, a despeito de sua brincadeira de gato e rato com a mídia, da suposta boa consciência nacional. É o nosso esquerdista chique de plantão; é o nosso socialismo lírico — como se pudesse haver um; como se tivesse havido um algum dia.

Ele pode, evidentemente, votar em quem quiser. Só não pode fazer o que fez nesta segunda, conforme relata o Estadão: “Chico Buarque reafirmou que vai votar em Lula e defendeu o músico Wagner Tiso, que disse não se importar com a ética do PT, mas com o jogo do poder. 'Também já falei bobagem, depois me arrependo.' Para ele, a posição dos colegas não é a de descartar a ética, mas relatar como é a política no Brasil. 'Essa é a realidade política.'”

Entenderam? Primeiro ele diz que foi uma bobagem. Depois ele não apenas justifica como repete o argumento de Tiso e do próprio Paulo Betti. Não há diferença entre dizer “Essa é a realidade da política” — ou seja, a ausência de ética — e a necessidade de “enfiar a mão na merda”. Esse é o Chico Buarque de “Apesar de você/ amanhã há de ser/outro dia”. Essa deve ser a “enorme euforia” que ele vislumbrava em suas músicas quando acabasse a ditadura. Esse é o cantor do “Vai passar/pela rua um samba popular”. Esse é o “poeta” daquela cafonice chamada Cálice, em parceria, diga-se, com Gilberto Gil, em cuja casa se deu aquele jantar. É a utopia imaginada pelo crítico social que via os operários caindo do andaime “na contramão/ atrapalhando o tráfego”.

Já escrevi outras vezes. Acho que ele tem letras líricas até razoáveis, com certo domínio do verso. Suas composições políticas, como quase toda arte engajada, são um lixo. Já eram a seu tempo. Valiam pela mística da resistência. Mas agora olhem o mal de que essa gente é capaz. Claro, a classe média engajada vai embevecida a seus shows. Os jornais se rasgam em elogios e lhe concedem espaços generosíssimos, como se um intérprete singular do Brasil estivesse falando. É nada. Bom era seu pai, Sérgio Buarque de Holanda, na obra que transita entre a história, a sociologia e a antropologia. A única besteira que fez foi fundar o PT. Mas Raízes do Brasil, Visão do Paraíso e Cobra de Vidro são livros que merecem ser lidos.

Durante algum tempo, Chico foi próximo do antigo Partido Comunista Brasileiro, o “Partidão”. Era até meio careta. Representava uma certa oposição, por exemplo, ao movimento tropicalista, que se queria mais internacionalista e menos engajado naquele misto exótico de nacionalismo e esquerdismo que acometia o Brasil — era mais um dos nossos “nativismos”. De todo modo, o pecebão reunia alguns intelectuais, gente que tinha lido mais de dois livros — ainda que errados. Com o tempo, Chico, como todos nós, foi ficando velho. E ficou precocemente gagá. Se o PT já era uma espécie de delinqüência intelectual no terreno da própria esquerda — isso quando ainda se queria puro (nunca foi) —, imaginem hoje, depois de tudo.

Suas declarações, tanto a de voto como a que perdoa Wagner Tiso, são dadas no mesmo dia em que vêm a público gravações que sugerem que Delúbio Soares, que continua petista, sim, senhores, pode ter comandado um esquema de R$ 15 milhões só na Saúde.

Grande coisa! Se Chico defende Fidel Castro — e ele defende —, por que iria se incomodar com isso? Quem é capaz de condescender com a execução sumária, sem direito a julgamento, de opositores do regime cubano, por que iria se incomodar com a bagatela de R$ 15 milhões — ou de R$ 40 milhões, arrancada aos pobres dos andaimes? A ideologia não tem preço. Nem limites.

A volta de Chico Buarque converte-se, assim, num emblema. Ela fecha um ciclo. Serve de trilha sonora das utopias da esquerda brasileira. Era isso o que ela queria. “Joga pedra na Geni. Ela é feita pra apanhar. Ela é boa de cuspir. Maldita Geni!”

Escatologias
Consta que, na reunião que Lula manteve com os “inteleliquituais” em São Paulo, alguém sugeriu que, caso ele seja reeleito, a festa de posse se dê num laboratório de análises clínicas e que a antiga estrela vermelha seja substituída por uma daquelas latinhas com uma amostra de “ética” para ser submetida a rigoroso exame. Detectou-se um novo tipo de vida que só prolifera em certo ambiente ético: o petralhis lumbricoides betti. Marilena Chaui prometeu estabelecer a genealogia da moral deste novo ser. E Ariano Suassuna vai lhe dedicar um auto, com música de Wagner Tiso e direção de Zé Celso.
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Postby mends » 29 Aug 2006, 09:10

a mando do póóóóóóóóprio Jorge Moita:

Líder do MST é solto e culpa EUA por prisão
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Nilson Naves concedeu ontem liminar a favor da libertação do coordenador nacional do MST, Jaime Amorim, preso no último dia 21 acusado de depredar o Consulado dos EUA em Recife, em 2005. Amorim acusou a Embaixada dos EUA de planejar sua prisão.
Ainda no Fórum, o líder sem-terra declarou que o movimento assumirá a missão de reivindicar melhores condições nas unidades penais brasileiras.
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Postby mends » 29 Aug 2006, 18:43

Mais Azevedo sobre Chico*

Chico, obra, patrulha e Grass

O sistema hoje tá como o diabo gosta. Difícil de trabalhar. Vamos lá. Não confundi as posições ideológicas de Chico Buarque com sua obra. É claro que é possível ser um idiota em política e um gênio em literatura, música ou pintura — em literatura, creio, o risco de contaminação é maior, mas vá lá. Disse que o considero um letrista razoável nas composições líricas. Há um quê de kitsch nas letras, quando tentam ser, digamos, inteligentes demais. Jamais conseguiu um “Três apitos”, de Noel Rosa. “Você no inverno/ sem meias vai pro trabalho/ não faz fé do agasalho/ nem no frio você crê”. É a elaboração que não mostra os andaimes do edifício (Bilac). Mas aqui estamos no universo do gosto. Soneto tem uma bela letra.

Não gosto é de sua arte engajada — sua ou da de qualquer outro e em qualquer arte. Acho um desperdício, uma perda de tempo. E, agora sim, entramos então no núcleo da minha crítica, que não era à sua obra. Boa parte da reputação deste senhor se deve à sua militância pretensamente humanista, contra os algozes do povo e a favor da liberdade. Aí se construiu um mito. Nos tempos da Guerra Fria, um compositor de MPB, vá lá, até poderia alegar ignorância do que estava em curso — intelectuais não podiam; mas Chico nunca foi um deles. Sempre foi um boleiro que sabia fazer música.

Mas os tempos são outros. Ele sabe muito bem o nome do que pratica. Quando nos oferece suas afinidades eletivas com Cuba e tripudia sobre cadáveres sem sepultura, sobre pessoas presas e torturadas por delito de opinião. Quando declara seu voto em Lula e justifica as bobagens de Wagner Tiso, está nos dizendo que o Apdeuta nos propõe um valor maior do que a decência e a moralidade na vida pública. São os velhos amanhãs sorridentes da esquerda justificando crimes. Isso tudo torna a letra de “Soneto” pior? Mancha a sua qualidade? É claro que não. Mas expõe o mau-caratismo político de quem cantava “Cálice” como um ato de resistência — em tempo: gravou com Milton, mas a parceria é com o ministro que exalta a tribo do fumacê na versão para a música de Bob Marley.

Sim, é mais do que um direito, é um dever perguntar se era este o futuro que ele vislumbrava quando cantava “Apesar de você/ amanhã há de ser/ outro dia”? Por que não pode ser cobrado? Quem, como ele, artista popular, se ofereceu para manipular utopias e esperanças tem, sim, de ser cobrado. Ele se quis porta-voz de uma espécie de movimento e se ofereceu para carregar bandeira.

Sei que a dimensão é maior, e a escala de crimes, incomparável. Mas não me peçam agora para separar a obra de Günter Grass de sua confissão de que foi não um simpatizante forçado do nazismo, mas seu militante entusiasmado — de fato, um assassino. Pior: fez a confissão agora em busca de caraminguás. Estava por baixo. Se Grass tivesse feito digressões apenas sobre as estrelas; se fosse, sei lá, um Borges, para quem só o universo da literatura fazia sentido, e livros só tratavam de outros livros, talvez sua obra pudesse sair imaculada. Mas não: ele se queria porta-voz de um novo humanismo, de contestação aos valores dominantes. Era, em suma, um alternativo. O que Borges nunca foi — e nem por isso sua obra perdoa a simpatia pela ditadura militar.

Sim, a obra lírica de Chico, que classifico de razoável — e esta classificação nada tem a ver com suas opções políticas — sai incólume de suas escolhas. Mas sua produção política sobrepõe agora o lixo moral presente ao lixo estético passado. Quanto ao "romancista", vocês me poupem de ter de comentar aquele vexame. Prefiro os olhos de Bruna Lombardi.
*
PS: O número de petralhis lumbricoides betti é inédito. Estão em fúria. Quando eu não tiver o que fazer, vou falar mal do Chico Buarque. Assim dou uma folga a Marilena Chaui.

(*) este colador gosta de Chico Buarque. Incrível!
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Postby mends » 30 Aug 2006, 10:47

No programa, ‘novo modelo’ para ‘democratizar’ mídia
Texto afirma que num novo mandato Lula “incentivará a criação de sistema democrático de comunicação”


O programa do governo Lula para um segundo mandato incluiu a meta de criar políticas para “democratizar” os meios de comunicação. Afirma explicitamente que será construído “um novo modelo institucional para as comunicações, com caráter democratizante”.

Segundo fontes do PT consultadas pelo Estado, para evitar desgaste com os meios de comunicação a um mês das eleições, o partido tinha a intenção de omitir do programa de governo a parte em que alguns grupos de trabalho haviam proposto a possibilidade de enquadrar as empresas do setor, para “democratizá-las”. A idéia era atribuída a um dos 32 grupos internos montados para fazer o programa, mas com tendência a ser descartada na redação final.

O texto anunciado e distribuído ontem pelo próprio presidente diz que o governo, em um segundo mandato, vai “incentivar a criação de sistema democrático de comunicação, favorecendo a democratização da produção, da circulação e do acesso aos conteúdos pela população”. Diz, também, que o governo deve “fortalecer a radiodifusão pública e comunitária, a inclusão digital, as produções regional e independente e a competição no setor”.

Apesar de o documento tratar o assunto de maneira superficial, do ponto de vista técnico, mas com jeito politicamente incisivo, os textos originais dos grupos de estudos são mais explícitos sobre as intenções do governo e chegam a afirmar que é preciso alterar a legislação para assegurar mais equilíbrio na cobertura dos meios eletrônicos, incentivos econômicos à criação de jornais e revistas independentes e conselhos populares com poder para decidir sobre atuais e futuras concessões.

Setores do PT trabalham nesse tipo de política porque o partido já discutiu mais de uma vez a necessidade de construir uma cadeia de jornais regionais que apóie as “idéias populares” do governo. Há dois anos, a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação Institucional chegaram a tratar de apoio publicitário a jornais de periferia afinados com o Planalto.

O documento original do PT, que ajudou a incluir no programa a idéia da “democratização” da mídia, fala claramente em criar um “sistema democrático de rádio e TV”.
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Postby mends » 01 Sep 2006, 17:19

R Azevedo

Acabou o fenômeno Loló

Acabei não comentando ontem. Quase tive pena de Heloísa Helena na entrevista concedida ao Jornal da Globo. Se, no Jornal Nacional, ela se saiu bem, o resultado ontem lhe foi catastrófico. Ela teve, enfim, a chance de expor todas as sandices defendidas pelo PSOL. Dentre outras coisas, se eleita, promete fazer um plebiscito para que a população decida se algumas empresas já privatizadas devem ou não ser reestatizadas. Isso, claro, depois de uma auditoria. Tentou recorrer à velha tática discursiva malufista de não responder o que lhe era perguntado, aproveitando para fazer proselitismo. William Waack e Criatiane Pelajo não caíram no truque. “Vai cortar ponto de servidor que fizer greve em serviço essencial?”. Ah, com ela não haverá greves porque a justiça estará no poder. Entendo. Esqueçam. E daí para baixo. Os tucanos e pefelistas podem desistir de apostar no seu avanço para provocar um segundo turno. Sabem o pior de tudo? Ela deve acreditar nas maluquices que diz. Ou teria, no caso do aborto, dado uma resposta de esquerda — logo, cínica. Mas não. Rejeitou o aborto, ao contrário da pregação das feministas e dos esquerdistas. Esses dois particulares — a opinião em si e o destemor com a patrulha — contaram a seu favor no meu tribunal. Logo, a esquerda não deve ter gostado. Pior para Loló. Eu jamais votaria nela. No fim da entrevista, tentou explicar o seu socialismo cristão: é um mundo em que judeus e palestinos convivam pacificamente em vez de jogar pedras uns nos outros. Marxismo cristão com judeus e palestinos já começa por ser uma idéia fora do lugar, hehe. Loló nem deve ser de esquerda. Ou estaria gozando os benefícios do petismo. Ela só é um pouco confusa, coitada. A onda acabou. É disso que tem para menos.
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Postby mends » 05 Sep 2006, 09:18

BOA!!!! :cool:

Azevedo

Chomsky, o velhinho picareta

Chomsky: lá das bandas do capitalismo libertário, ele prega socialismo para a bugrada do Terceiro Mundo

Jamais tenham dúvida: onde houver um equívoco no mundo, em qualquer lugar do mundo, lá estará o intelectual e lingüista norte-americano Noam Chomsky para dar o seu apoio. O que nós temos em comum? A crítica a Lula, por razões, claro, opostas. É por isso que ele, agora, assina um manifesto em defesa da candidatura de... Heloisa Helena no Brasil. Ate aí, cada um faça o que achar melhor. O que me incomoda é que Chomsky e outros o façam porque, segundo dizem, Lula abandonou os ideais socialistas e se converteu à social-democracia! Vejam vocês: se os bacanas tivessem acusado Lula de ter aderido, vá lá, à direita, ainda eu tenderia, mesmo discordando, a compreender seus motivos. Mas não. Chomsky não gosta da social-democracia. Ele espera, certamente, um outro modelo para América Latina. Acha que a bugrada daqui merece é socialismo.

Chomsky é o retrato do vagabundismo intelectual do Primeiro Mundo, que espera sempre que gorilas terceiro-mundistas realizem cá suas utopias finalistas. Ora, queridos: Pol Pot, que matou três milhões no Camboja, foi formado por intelectuais da esquerda francesa. Vejam lá a maravilha que ele realizou. Régis Debray, antes de dizer cobras e lagartos de Che Guevara, foi seu companheiro de guerrilha e o verdadeiro teórico do “foquismo”.

Quem garante a delinqüência intelectual de Chomsky? O MIT (Massachusetts Institute of Technology ), onde é professor. Uma instituição como essa não poderia existir num país socialista, mas apenas onde vigorasse, como é o caso, uma cultura democrática — e, pois, assentada na economia de mercado. Ou Chomsky estaria prestando seus serviços a um partido. Ele usa, pois, das licenças que o sistema lhe faculta para combater seus princípios e pregar a sua superação — desde que em terras estranhas. Ele sabe que os EUA jamais serão um país socialista. Nesse sentido, pode se dar por satisfeito e fazer uma crítica confortável.

Chomsky, que é judeu, é também o mais ácido crítico da política dos EUA para o Oriente Médio e da política israelense. Ambas estão acima de qualquer debate? É claro que não. A rigor, nada que diga respeito às relações sociais e às escolhas políticas está. E Chomsky não se limita a apontar erros ou ações contraproducentes. Ele acha que os dois governos agem sempre movidos por dolo. Repete, inclusive, argumentos do integrismo islâmico com o álibi de quem se sabe judeu e, portanto, supostamente acima da suspeita de que queira destruir Israel. Mas, na prática, é o que ele quer. Por quê? Ai eu já acho que o problema é psicanalítico.

Chomsky é um picareta internacional em si mesmo. É inadmissível que, gozando de todas as facilidades que o capitalismo lhe proporciona, pontifique sobre a aplicação de um modelo socialista para os países da periferia. E, de resto, o PT não é social-democrata coisa nenhuma. Continua a ser um partido de esquerda, só que mais esperto do que Chomsky. Que nem isso entendeu direito.
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Postby mends » 05 Sep 2006, 14:54

justificativa vagabunda de um "intelectuar" vagabundo...

A ética da hipocrisia
PAULO BETTI


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Nos últimos dias, venho sendo submetido a um linchamento moral que deveria preocupar os democratas de nosso país
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"Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo." (Fernando Pessoa, "Poema em Linha Reta")

NOS ÚLTIMOS dias, venho sendo submetido por setores da mídia e dos meios político, intelectual e artístico a um linchamento moral que deveria preocupar os democratas sinceros de nosso país. Ele oculta, sob a forma de protestos indignados contra minha suposta pregação do "fim da ética", uma corrente de intolerância e de farisaísmo político que se esforça para desqualificar todos aqueles que se identificam com o projeto político representado pelo presidente Lula.
Nesse episódio, tive pouquíssimas chances de defesa, de demonstrar o sentido completo da minha frase, extraída por repórteres ávidos e ansiosos à saída de um encontro entre artistas e o presidente: "Não se faz política sem sujar as mãos". "Sem pôr a mão na merda", de fato acrescentei, desnecessariamente, para delícia dos que buscavam munição para a renhida disputa eleitoral deste momento.
Embora a Folha tenha publicado minha carta aclarando o sentido das declarações, elas continuam sendo usadas como "prova" do colapso da ética entre nós.
Por outra frase, também dita sob o calor das cobranças, um dos maiores e mais respeitáveis músicos brasileiros, o maestro Wagner Tiso, vem sofrendo igual massacre.
Os jornais e os jornalistas, os artistas, os intelectuais e os políticos que protagonizam esses ataques sabem de quem estão falando. Conhecem nossas trajetórias. Lembram-se de mim associado à trajetória do PT, mas também à memorável batalha de Betinho "Pela Ética na Política". Sabem que constatar as transgressões como inevitáveis não é o mesmo que defendê-las. É lamentável que o sistema político exija um pragmatismo que suja as mãos, mas é só pelo reconhecimento da existência dessas mazelas que poderemos superá-las.
Todos sabem que falei coisas óbvias, que dispensariam explicações em outro contexto e momento. Temos um sistema de financiamento privado de campanhas que a todos contamina. Com esse sistema, acaba a fronteira entre o público e o privado. Quem tiver mais acesso aos endinheirados arrecada mais, obrigando-se, nos cargos públicos, a responder com reciprocidade.
Enquanto fez campanhas vendendo bonés e estrelinhas, o PT não teve chances de chegar ao poder. Em 2002, diante do favoritismo de Lula, os cofres se abriram. E o partido se envolveu com forças das quais deveria ter guardado distância. Errou por fazer o que todos sempre fizeram.
Nem por isso devem ser linchados os que, mesmo condenando esse erro, defendem a reeleição de Lula pela qualidade do governo que vem fazendo, voltado para os mais pobres, dando-lhes mais poder de compra e alguma chance de ascensão social. Por estar vivenciando a melhora de suas vidas, e não por amoralismo, é que a maioria dos eleitores o apóiam, segundo as pesquisas. Nosso sistema político permite a eleição direta do presidente da República, mas não lhe garante a governabilidade. A profusão de partidos dispersa o voto para a Câmara. Lula teve 52% dos votos em 2002, mas o PT ficou com 17% das cadeiras.
Em busca da maioria, todos os presidentes têm sido obrigados a buscar acordos e alianças. Acabam dependendo do apoio das forças do atraso político, que, em troca, pedem cargos, verbas e mesmo recursos financeiros com a desculpa de que têm dívidas de campanha.
O PT caiu nesse antigo alçapão. Nem por isso se deve negar o direito da maioria dos eleitores de reeleger o presidente. Nem por isso é democrático e "ético" o massacre daqueles que, como eu, declaram o voto acreditando na liberdade e na democracia que construímos em jornadas de lutas -das quais também participei. Mais que hipocrisia, há na exploração de minha frase um misto de autoritarismo com oportunismo político.
É autoritária porque reproduz o germe de todos os sistemas totalitários: desqualificar os que não se alinham com o pensamento dominante. Para calar, o primeiro passo é desmoralizar. Assim fazem as ditaduras.
É oportunista porque explora minha condição de artista, e as identidades que isso acarreta, para auferir dividendos eleitorais. Há coisa mais suja que isso? Estamos chegando a um grau preocupante de intolerância. Depois das eleições, em nome da democracia, precisamos baixar as armas e recuperar a cordialidade, traço de nossa cultura.



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PAULO BETTI , 53, é ator-diretor e produtor. Participou, entre outros, dos filmes "Lamarca" (1994) e "Guerra de Canudos" (1997). Foi professor de teatro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
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Postby mends » 06 Sep 2006, 09:36

Se o PT só se comportou assim porque, de outro modo, não seria possível implementar suas mudanças, é de se esperar que tal impossibilidade, então, a outros também estava dada. Logo, de onde vêm a diferença que tornaria o PT especial?

maldita lógica...
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Postby mends » 11 Sep 2006, 14:24

Azevedo

Foi bom pra você, querida?

Sob o pretexto de criticar tanto tucanos como petistas — afinal, “somos isentos” —, o articulista Clóvis Rossi, da Folha, escreve neste domingo que Lula diz, “com razão, que a oposição quer mudar o povo para ganhar a eleição”. Segundo ele, “o problema é [o povo] ser eternamente objeto, e não agente de sua própria história”. Fazia alguns séculos que eu não via em letra impressa o mais surrado dos mantras esquerdistas da história da humanidade. Todas as revoluções comunistas do mundo foram feitas sob a premissa de que o povo seria “agente de sua própria história” — a variante francesa é “sujeito de sua própria história”. Aliás, procurem ler o manifesto de fundação do PT, que é de fevereiro de 1980 (verifiquem aí; se a data estiver errada, me corrijam, que eu altero). A expressão está lá. E a sharia criada então era que “o poder dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”. No fim das contas, Rossi estaria pronto para assinar o manifesto do Chomsky. Todo mal do PT estaria em não ter sido petista o bastante. Mas mais intrigado fiquei com outro trecho, quando ele escreve: “Vamos ser honestos ao menos uma vez na vida, vai (...)” Como assim? Vamos quem, cara pálida? Honestos só uma vez na vida? Uma vezinha só? A primeira vez? Foi bom pra você, querida?
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Postby Danilo » 11 Sep 2006, 16:56

Pra irritar o Domença...

A solidão dos jornais

Registraram-se reações algo iradas na mídia, sobretudo impressa, de que a reunião do presidente Lula com artistas, na casa do ministro Gilberto Gil no Rio de Janeiro, não dera os resultados esperados, ou desejados. Frases descontextualizadas pontuaram os comentários em tomo de indignação ou decepção, como a de que quem faz política acaba tendo que sujar as mãos, que pode ter vários significados, dependendo do contexto em que foi dita (...)

Inicialmente, quando o espetáculo midiático das CPIs estava no auge, quase todos eles consideravam entusiasticamente que a desagregação política da base de sustentação do governo Lula ia começar pelos setores e regiões “mais bem informados” e depois, como vaga irreversível, chegaria fatalmente aos bolsões, regiões, classes “menos informadas”, ou seja, a plebe.(...)

As campanhas conservadoras dos ou nos grandes jornais, ou mesmo as campanhas moralistas na TV não conseguem mais pautar a discussão em lugar nenhum, nem embaixo, nem no meio, nem em cima da pirâmide social, sempre espertamente confundida com uma pirâmide do bom saber e da boa informação, a não ser naqueles meio-ambientes que se sintam diretamente prejudicados pelas políticas sociais empunhadas pelo atual governo. Por quê? Porque basta ter-se acompanhado algumas discussões em todos esses ambientes para se perceber que o envolvimento de petistas e governistas com atividades que hoje estão sob investigação e julgamento da justiça e inclusive de órgãos do próprio governo provocou consternação sim, e até um período de luto. Mas isto não pautou a disputa eleitoral, que se deu até o momento mais em cima de projetos e prospecções para o futuro do que outra coisa.

Mesmo com acusações de inconsistências e as polêmicas críticas levantadas pela esquerda, a base de sustentação política do governo não encolheu, nem se ampliou a base de sustentação política de quem defenda o ideário neoliberal que fracassou ou com ele seja confundido apesar de declarações em contrário.(...)

(Flávio Aguiar, em http://www.pt.org.br/site/artigos/artig ... p?cod=1162)
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Postby mends » 11 Sep 2006, 17:01

nada aí me irritou. eles não vão dizer que são ladrões. aora, veja essa:

Reinaldo Azevedo

E se não tiver havido cartilha nenhuma, hein?

Tou começando a achar que aquele passarinho da madrugada não erra uma. Esse negócio da cartilha está ficando insuportável, fedorento mesmo. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que nem está entre os meus prediletos, como vocês sabem, pode lá fazer escolhas políticas que não me agradam, mas não é louco. Leiam a fala dele sobre essa coisa das cartilhas: “Ou os envolvidos vão para a cadeia, ou se instalará no Brasil um quadro de desordem total. Quando a gente pensa que acabou, esse governo volta a surpreender. Agora foram R$ 11 milhões que sumiram em uma publicação fajuta. É absolutamente horripilante". Epa!!! Os R$ 11 milhões corresponderiam aos 2 milhões de exemplares entregues irregularmente ao PT ou esses R$ 11 milhões SUMIRAM? Se SUMIRAM NUMA PUBLICAÇÃO FAJUTA, então talvez nem tenha havido publicação... É isso o que Tasso quer insinuar? Afinal, houve ou não publicação? Se houve, o PT e o governo cometeram crime eleitoral — e isso eles já admitem. MAS ESTOU ESTRANHANDO O FATO DE QUE PEDEM TEMPO ATÉ PARA PROVAR A SACANAGEM QUE ELES PRÓPRIOS DIZEM QUE COMETERAM. Em casos assim, advogados amigos meus dizem que os autores estão tentando fabricar provas ex post. Alô, pauteiros. Tio Rei acha que esta história rende mais do que minhocas. Quem der a enxadada certa vai encontrar uma criação de minhocuçu, daqueles gordos, robustos, lustrosos, viçosos mesmo...
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Postby Danilo » 11 Sep 2006, 17:13

Em casos assim, advogados amigos meus dizem que os autores estão tentando fabricar provas ex post.

O que são provas ex post? Já aproveitando pra perguntar o que são provas ex ante também.

Mais pro Domença. Resolvi entrar na comunidade Acredito na Reeleição do Lula, pra ver o que dizem por lá. E resolvi postar o seguinte:

Me parece que nossos políticos eram ruins e continuam ruins (não importando se pertencem a partidos que se dizem de esquerda, centro ou direita). O presidente sabendo ou não do envolvimento do seu partido em esquemas de corrupção merece confiança?

E responderam:

O povo está bem sábio das coisas, entende que isto que apareceu de corrupçao foi uma forssação de barra, que sempre esteve aí, que é um mínimo diante da grande coisa que realmente interessa, de uma certa forma representa um pouco a coisa DOS FINS JUSTIFICANDO OS MEIOS, já que estes fins e meios lá estavam como o unico caminho a se fazer o mais possivel por uma população a muito tao desassistida.
Agora, o ódio desproporcional que os apoiadores do Alckmim expressam nao tem nada a ver com justiça etc, porque alem de fazerem sempre isto eles ainda operavam um roubo muitoooooooo maior sem ter perspectiva para os menos favorecidos ... Se o Lula tem o complexo Bolsa Familia, eles no maximo tiveram o Vale-Gás, isto sim uma esmola ... o ódio deles tem duas razoes basicas, uma preconceito por achar que sõ pode ser autoridade quem nasceu colarinho branco, e a segunda porque eles a cada dia estao ficando mais sem poder e os hiperpodres deles vao dia a dia mais aparecendo. só pra tu ter ideia, o BANESTADO nao foi a maior falcatrua, mesmo assim dentro dele tem um processinho do Bornhausen, só neste processinho ele responde pela lavagem de 5 BILHÕES DE DÓLARES, isto mesmo ... e o BANESTADO envolve mais de 10. 000 pessoas ... nao aceites respostas simplistas, é tudo um jogo muito pesado
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