E Daí (chupado do cocada, mas um bom início de

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby mends » 13 Apr 2004, 09:38

É DURA A VIDA DE EX
FHC menciona o momento em que, como diz, não teve alternativa: “ou privatiza ou não tem investimento, porque o estado está falido”. Todos acreditaram. ou fizeram de conta

Por Phydia de Athayde

Para encontrar-se com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, é preciso atravessar o luxuoso lobby do Hotel Gran Meliá WTC, em São Paulo. No andar superior, há que caminhar por um corredor acarpetado. De um lado, espelhos, do outro, uma parede de vidro de onde escorre água de maneira uniforme, criando um efeito visual. Mais um pouco e é preciso, então, mesclar-se à massa de empresários em frente à sala Las Palmas. Ah, sim. Para ali chegar é preciso, antes de tudo, ser um dos convidados da Medial Saúde, empresa que encomendou os serviços do supracitado palestrante.

Passa das 9 horas e cerca de 150 empresários, todos convidados, tomam café da manhã espalhados em 11 mesas no interior da sala, que tem pé-direito altíssimo e piso acarpetado.


Ciclo de palestra.
Recepção do Hotel Gran Meliá WTC; sala cheia para receber e ouvir o ex-presidente


Alair Martins, presidente do Grupo Martins, quarto maior varejista do mundo. Edson Vaz Musa, presidente da Caloi. Mario Amato, ex-Fiesp e presidente do Club Athletico Paulistano. Alcides Tápias, ex-ministro do Desenvolvimento do palestrante. João Saad, presidente do Grupo Bandeirantes. Esses e mais outros presidentes e representantes de empresas do porte de Souza Cruz, Kopenhagen, Xerox, Bombril, McDonald’s, Ericsson, Vivo, Semp Toshiba, Pernambucanas, Alcoa, etc. entre os convidados.

Não é, mas em algo lembra uma confraternização de fim de ano. No palco, dois enormes banners da empresa anfitriã. No centro deles, microfone e aparador para o palestrante, que versará sobre o tema Cenário Econômico, Crescimento e Desenvolvimento.

Já no dia anterior, o assessor de imprensa avisou: “Ele não vai atender a imprensa”. Ali, metido num terno aprumado, sorri e explica: “Há uns 15 dias, em uma palestra a médicos do Albert Einstein, ele ficou traumatizado”. Traumatizado? O assessor prossegue: “É que já vieram perguntar do Waldomiro...” Sua função, aqui, é evitar que o palestrante se traumatize novamente.

Às 9h45, cessa o burburinho na sala Las Palmas. Ouve-se uma leve rajada de palmas. O palestrante adentra o gramado, perdão, o recinto. Acompanhado de quatro ou cinco pessoas, caminha até a frente do palco. Tem as costas algo curvadas e avança lentamente, a sorrir e cumprimentar os que lhe fazem reverência. Óculos finíssimos, corte de cabelo muito recente, cabelos de um cinza quase branco. Apenas o nó de sua gravata destoa um pouco do bom trabalho de apresentação: está torto para a direita.

Tendo alcançado a primeira mesa, senta-se e toma uma xícara de café. Muitos dos convidados aproveitam a oportunidade para apertar a sua mão: “Deixa eu só cumprimentar o nosso patrono”, diz mais um feliz admirador do ex-presidente.

Dez minutos depois, o mestre-de-cerimônias, ao microfone, anuncia a presença do pianista João Carlos Martins, que executará o Hino Nacional Brasileiro. João Carlos sofreu um acidente que limitou sua capacidade motora e trocou a carreira de pianista pela de regente. O pianista faz o retumbante esforço de dedilhar o hino apenas com o polegar direito, e dois dedos da mão esquerda.

Todos de pé. O hino. Aplausos. Agradecimentos e, então, o palestrante adentra o gramado, perdão, o palco. Mais aplausos. Ele sobe, mira a todos. Começa. Cordialmente, agradece a oportunidade de ali estar.


Por quase uma hora,
um speech cheio de panos quentes e referências curvas; antes de se despedir, sessão de fotos, fotos, fotos...


Faz questão de lembrar o episódio em que sua sogra estava hospitalizada, “desenganada”, e ainda assim fora tratada “como gente”. Depois do causo, a larga experiência de orador o alerta para que mude de assunto. Assim o faz. Com um sorriso maroto, desafivela o relógio e brinca com a platéia: “Como sou um falastrão, vou colocar o relógio à minha frente, para não exceder o tempo que temos”. Risinhos.

Não é esta uma platéia difícil, longe disso. Ainda assim, vendo de perto, o ex-presidente está com o buço suado. Nervosismo? Provavelmente calor, ou excesso de holofotes.
Pontual, o serviço começa. De 10 da manhã até quase 11, o palestrante... palestra. Começa falando do Brasil nos anos 50 e 60. De como o País exportava produtos agrícolas para importar manufaturados. De como JK atuou nos primórdios do que “hoje se chama globalização”. O tempo passa.

Fernando Henrique lembra do momento em que, como diz, não teve alternativa: “Ou privatiza ou não tem investimento, porque o Estado está falido”. Na defensiva, prossegue: “Se eu gosto ou não, é outra questão”. (Em tempo: entre os 150 presentes, todos acreditaram. Ou fizeram de conta.)

Em seu speech, o ex-presidente elogia a expansão do sistema universitário no País: “Por mais que se critique, avançou”. Cita como exemplos de excelência nacional “a Embraer, a Petrobrás, o desenvolvimento de urânio...” Opa, urânio? Mas, a seguir, os tucanos, perdão, os panos quentes: “...que não vou comentar aqui”.

Prossegue. Nem uma vez sequer o nome do atual presidente é citado. Mas não faltam referências ao seu governo: “Poucas vezes tivemos, no mundo, condições tão favoráveis como as de 2003 e 2004”, para prosseguir, retesando as sobrancelhas: “Às vezes, me dá uma certa agonia...” Mas, logo, os panos: “Hoje em dia, a capacidade de ação dos governos é muito mais limitada do que no passado”.

O palestrante ainda encontra maneira de mencionar, e repetir, a expressão “pensamento mágico”, que seria o pendor da sociedade brasileira por uma espécie de crença em milagres na solução de seus problemas. Eventualmente, 52 milhões de brasileiros mudam de idéia. Podem até mudar em seguida, e em seguida, mas mudam. Deve ser o tal pendor.
Pontual, o serviço termina. Ou quase. Finda a palestra, vêm as fotos, os tapinhas nas costas. Nos 15 minutos seguintes, o palestrante posa.

Posa.

Posa.

Foto com a família anfitriã, foto com a família anfitriã e crianças, foto com um, foto com outro, foto com outros. O sorriso não vai embora, mas, lá pelo décimo clique, pede clemência aos fotógrafos: “Última”. Ainda não. “Pronto.” Ainda não. “Tchau.” Ainda não. No corredor, acarpetado e com parede de vidro, duas jornalistas querem saber se ele é candidato em 2006. Posa. “Estou disposto a continuar como ex-presidente.”

só lembrando: FhC é o aumentativo de PhD. :rolleyes:
"I used to be on an endless run.
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Postby mends » 13 Apr 2004, 18:10

VEM AÍ A CONFERÊNCIA MUNDIAL (e Intergalática) DAS EMPRESAS JUNIORES!!!

Transcrevo e-mail abaixo recebido por mim


Atenção:

1.1 bilhão de pessoas no mundo com menos de U$1,00 por dia...

40% dos desempregados no mundo são Jovens...

500.000 jovens se formam todo ano e não acham empregos...



E você nessa rotina de checar emails?



Conheça a Economia Jovem e ajude a mudar o Brasil!



Lançamento simultâneo em todo Brasil: Quinta-feira, 15/04, 10h



Acesse http://www.comej.com.br e faça parte dessa jornada!



Seus amigos ainda estão nessa rotina? Replique essa mensagem!



Selling Line do Evento:

"PARA QUEM PROCURA AS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS MUNDIAIS, NÓS MARCAMOS O ENCONTRO".

quem quiser se divertir mais, vá no site...

mas, perguntar não ofende: eles acharam o Bin Laden, não vão deixar o Bush roubar a eleição, soltaram o Lula (porque o verdadeiro foi sequestrado, não é possível), algo do gênero?
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Postby Aldo » 14 Apr 2004, 12:36

Não queria te decepcionar, Mends.
Mas o Lula tá na mesma praia deserta que o Elvis
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Postby mends » 19 Apr 2004, 09:58

Se meu DKW falasse
Ele se apresenta como economista, adora ser reconhecido como "inventor" e vive em um sobrado que mais parece cenário de filme juvenil de suspense da sessão da tarde: na sala escura cheia de válvulas, aparelhos muito velhos de som, computadores obsoletos, abajures sem lâmpadas, fios de todos os tamanhos e dois gatos vira-latas, Artur Graf, 48, diz que se considera um injustiçado por jamais ter conseguido patentear uma invenção.

Uma das idéias que mais consumiram seus neurônios, a "vela rastreante ozonizada de ignição contínua", o levou a transformar um automóvel DKW 1966 em laboratório. "Com essa vela, você obtém não apenas uma faísca na ignição, mas um arco elétrico contínuo, que faz reduzir em 40% o consumo de combustível", afirma ele, com um boné iluminado por duas microlâmpadas adaptadas com baterias velhas de celular.

Solteiro, morando sozinho, Graf diz que comprou o DKW-laboratório em 1997, por US$ 250, e gastou R$ 1.500 para deixá-lo OK -nos padrões dele. Retirou parte do motor original e encostou na parede, passou o radiador para a mala do carro e adaptou "alguma coisa" de um motor Volkswagen AP (que equipa a linha Gol). Há seis anos sem rodar com o carro, Graf acredita que, mesmo "sem recheio", ele pode valer R$ 10 mil: "Quem sabe aparece um colecionador interessado".

Ao lado do DKW, enquanto tenta convencer que com a "vela rastreante ozonizada" é possível usar diferentes tipos de combustível -gasolina, álcool, diesel, querosene-, ele afirma que sua invenção "sofre o boicote das cinco gigantes" (multinacionais fabricantes de velas).

"A falta de um laboratório decente me obriga a ser um MacGyver (aquele do seriado americano) 24 horas por dia. O governo, em vez de ajudar, me faz sentir sucateado, humilhado", queixa-se.

Para dar uma idéia de seu engenho, Graf pega um tênis de cano alto muito empoeirado, pendurado entre fios e válvulas, e diz. "Veja: toda vez que você tira um tênis do pé sente o quê? Bafo. Imagina a quantidade de bactérias. Criei essa sola-fole justamente para manter o interior arejado. Enquanto você anda (ele mostra o movimento com as mãos), automaticamente vai ventilando dentro", ele diz. "Isso é um produto que no mercado americano vale US$ 1 bilhão por ano."

Num delírio de inventividade, Graf afirma que suas idéias tirariam o Brasil do vermelho. "Se o presidente Lula der um minuto de atenção para patentes, vai gerar mais de 500 mil empregos." E finaliza: "Vamos na fé que a crise acaba".

"A falta de um laboratório decente me obriga a ser um MacGyver 24 horas por dia. O governo, em vez de ajudar, me faz sentir sucateado."
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Postby mends » 19 Apr 2004, 19:16

como chamar o Gilberto Gil de maconheiro, na caruda...

Cláudio Humberto...

Maior barato
Ex-vizinhos do ministro da Cultura de FhC, Francisco Weffort, em Brasília, aprenderam a apreciar o aroma de seu cachimbo, mas ainda não se habituam aos odores exalados pelos atuais inquilinos do apartamento.
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Postby mends » 22 Apr 2004, 16:59

GIBA UM

Quem diria
A nova namoradinha da Argentina é um travesti chamado Florência de la Ve: ela brilha na novela Los Roldán , interpretando Laisa Roldán , que enlouquece um conservador que não tem idéia do que a moça tem sob a saia curta. A novela é exibida no horário nobre pelo canal Telefé e é líder de audiência. Na vida real, Florência vive com um dentista, separado e pai de dois filhos. E não se submeteu a nenhuma operação: continua homem mesmo. Para um país de machos que idolatravam Suzana Gimenez e Mirta Legrand, é uma virada e tanto (força de expressão, claro).
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Postby mends » 06 May 2004, 20:19

GIBA UM

Vidente nacional
O professor de inglês e vidente mineiro, Jucelino Nóbrega da Luz, que protocolou ação judicial internacional para receber os US$ 25 milhões de recompensa do governo americano por ter dado pistas para que Saddam Hussein fosse capturado, está ganhando a mídia internacional: nos últimos dias, do The New York Times americano ao Le Figaro francês estamparam matérias a respeito. Esta semana, um equipe da CNN internacional rumou para Pouso Alegre, em Minas Gerais, onde ele mora. Pouso Alegre tem a fama de possuir fluídos energéticos: era a terra natal de Thomas Green Morton, criador do movimento Ra, que também ficou famoso na esteira de Uri Geller.

Novos sonhos
O vidente mineiro enviou cartas protocoladas, em 2001, a George Bush e ao diretor do Pentágono, Donald Rumsfeld, detalhando onde Saddam seria encontrado: Ad Daer, próximo de Trikrit e descreveu o local, bem como "o buraco de 1,8 metro por 65 centímetros, com lixo em volta para disfarçar e um tapete de borracha protegendo". Agora, Jucelino Nóbrega da Luz teria enviado informações à Secretaria de Segurança Pública, de São Paulo, revelando que, em novo sonho, recebeu a mensagem de que Gil Creco Rugai, apontado como assassino de seu pai e sua madrasta, em São Paulo, teria agido como seu irmão Léo Rugai, de 19 anos.

Agora, fala pra mim: em vez de cobrar o Bush, pq o cara não acerta umas três MegaSenas seguidas?

:briga:
:mends:
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Postby mends » 08 May 2004, 11:17

DASLU TECNOLOGIA

A grife de produtos de alto luxo Daslu, que encanta os endinheirados de São Paulo, está investindo em uma nova área de consumo. Seu próximo alvo são homens interessados em gastar alguns milhares de reais com equipamentos de apurada sofisticação tecnológica. A idéia é trazer, com exclusividade, para o País as novidades que fazem sucesso entre os milionários dos Estados Unidos e Europa. “O princípio será o mesmo que usamos na hora de escolher as marcas de roupas que vendemos: a seleção de produtos que não podem ser comprados em qualquer loja no Brasil”, diz a consultora da Daslu e encarregada de definir essa nova seção, Debora Liotti. Os clientes da Daslu deverão conhecer as novidades antes do final do ano, no novo endereço da loja em São Paulo.

ISTOÉDINHEIRO
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Postby mends » 08 May 2004, 11:18

TEXTAHOLIC


A troca de mensagens de texto (SMS) por celular pode viciar, segundo um estudo divulgado por psicólogos britânicos. A ati-
vidade de escrever as mensagens na tela
do telefone estimula a produção do neurotransmissor dopamina, responsável
pela sensação de prazer no corpo humano. Produtos fabricados a partir de chocolate e álcool possuem a mesma característica.


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Postby mends » 08 May 2004, 11:23

como diria Marx: a verdade é socialmente construída... :lol:

FÉRIAS ESTENDIDAS

Existe a máxima de que o Brasil só funciona após o Carnaval. Maior empresário de Camburiú (SC), o senador Leonel Pavan está prestes a colocar em votação um projeto que muda o calendário escolar no País. O início das aulas seria só depois do Carnaval, independente-
mente da data. O mês de fevereiro, portanto, seria todo dedicado ao turismo. Para compensar, sete sábados seriam decretados letivos.
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Postby mends » 08 May 2004, 11:30

MAIS TEMPERO NA ELMA CHIPS
Empresa investe R$ 20 milhões no lançamento de um único
salgadinho para tentar sair do marasmo que já dura quatro anos





Patrícia Cançado

O suíço Olivier Weber não faz o estilo gourmet, mas jura que se vira bem com as panelas. Pois vai ter de provar. Weber é o novo presidente da Elma Chips e foi convocado pela matriz para dar mais tempero à subsidiária brasileira. A empresa passou os últimos quatro anos dando resultados abaixo do esperado devido ao aumento da concorrência com fabricantes regionais de salgadinhos e à queda do poder aquisitivo do brasileiro, que foi obrigado a cortar os supérfluos da lista de compras. A missão do executivo não é nada fácil. Ele terá de entregar, até 2008, um balanço no azul e com receita de R$ 1 bilhão, o dobro da atual. A largada está sendo dada agora, com um lançamento de R$ 20 milhões, o maior da história da Elma Chips no País. Trata-se da linha Sensações, uma batata feita para agradar o paladar dos adultos, mais fina e menos condimentada.

A companhia não se envolvia tanto com um produto desde o aparecimento do Ruffles, em 1986. No primeiro dia de venda para varejistas, antes das seis da manhã, 200 executivos saíram do escritório central, em São Paulo, se juntaram a um batalhão de vendedores e acompanharam todo o processo até o anoitecer. “A companhia parou durante um dia para esse lançamento”, conta Weber. Pudera. O executivo espera concluir, só com as vendas dessa batata, pelo menos um quarto da sua tarefa – a previsão é que a nova linha traga um aumento de 25% no faturamento ainda este ano. “Vamos fazer poucos e bons lançamentos. A empresa precisava de uma sacudida como essa”, diz Weber.

A Elma Chips armou uma operação de guerra para a estréia de Sensações. A data oficial de lançamento é sexta-feira 14. Antes da estréia, encomendou uma longa pesquisa com o público alvo, iniciada antes mesmo de Weber assumir a presidência. Foram 4 mil entrevistas em 10 capitais. O objetivo era conhecer o gosto de uma turma até então desprezada pela multinacional. A empresa chegou a desistir do lançamento no meio do caminho, temendo o fracasso do projeto. Mas descobriu que os adultos com mais de 25 anos consomem três vezes menos salgadinhos que as crianças e os adolescentes. “Ali ficou claro que existia mercado para o produto”, explica Daniel Assef, gerente de marketing da empresa. “O consumo de salgadinhos ainda é baixo no Brasil, de apenas 1 quilo per capita. O do México é três vezes maior.”

A Elma Chips já tinha um produto parecido (Lay’s Mediterrânea)
na Europa, Chile e Argentina, mas nunca o trouxe para o Brasil. Comeu poeira. Em 2003, o Grupo Pão de Açúcar lançou uma batata
de marca própria para adultos. A Bauducco, dona da Fritex, fez
o mesmo neste ano, com a linha Bistrô. Weber reconhece: a Elma Chips, nesses últimos cinco anos, pecou pela lentidão. Só agora,
por exemplo, a empresa comprou palmtops (computadores de mão) para facilitar o trabalho de seus vendedores. A tecnologia já é usada nas multinacionais de alimentos há pelo menos três anos. “Vamos mudar a estrutura da empresa aos poucos. Estamos simplificando as tarefas”, conta Weber. O objetivo, a partir de agora, é tornar a estrutura administrativa menos vertical – o excesso de hierarquias tornava qualquer processo longo e complexo. O próprio Weber
chegou ao Brasil para substituir dois presidentes – ele assumiu
toda a área de alimentos da PepsiCo, dona das marcas Elma Chips, Coqueiro, Toddy e Quaker. Seguindo a regra dos chefs, quanto
menos gente na cozinha, melhor.

1
QUILO
é o consumo anual per capita de salgadinhos no Brasil
No México, esse número
é três vezes maior. Nos Estados Unidos, cada habitante come 8 quilos
R$
525
MILHÕES
é o faturamento da subsidiária brasileira da Elma Chips
A empresa tem 5 mil funcionários e 3 fábricas. Seus produtos chegam a 250 mil pontos de venda 300
QUILOS
de batatas prontas para o consumo são vendidos em uma semana
São 15 produtores que cultivam 2,5 mil hectares e colhem 70 toneladas de batata in natura por ano
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Postby mends » 15 May 2004, 13:34

Saiu na IstoéDinheiro

VIRGENS RUMO AO REINO UNIDO


Um grupo de jovens americanos partiu em direção ao Reino Unido com uma missão, digamos, espinhosa: convencer os adolescentes britânicos de que o único
sexo seguro é a abstinência sexual. O
grupo, batizado de “A coisa do anel de prata” é formado por evangélicos virgens. Quem aderir ao voto de castidade terá
de usar um anel de prata, vendido por módicos US$ 18 pelos americanos.


A pergunta que faço é: como permanecer virgem se vendem o anel? :huh:
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Postby mends » 31 May 2004, 09:43

A exclusão bibliográfica
JOÃO UBALDO RIBEIRO

Às vezes, até admito que por excesso de escrúpulos,
tenho vontade de escrever aqui sobre a importância do
livro e não escrevo, porque não quero expor-me à
suspeita de que advogo em causa própria. Afinal, sou
escritor e, portanto, interessado em que a difusão do
hábito de ler seja vigorosamente impulsionada. E o
receio piora porque é surpreendente o número de
pessoas que acha que escrever livros bem vendidos, o
que por acaso acontece comigo volta e meia, é fonte
certa de riqueza. Mesmo em conversas com gente
informada, descubro que pensam que o que pagam pelos
livros vai quase inteiramente para o bolso do
felizardo autor e tomam um susto quando lhes conto
como se passam as coisas. E, isto, embora não tenha
muita importância para o que pretendo dizer, me motiva
a uma explicaçãozinha preliminar.

Escrever com relativo sucesso de vendas não significa
que o autor ganhe muito dinheiro. O que relato a
seguir é genérico e esquemático, mas aplicável à maior
parte dos casos. O autor costuma ganhar, quando ganha,
de 5 a 12 por cento do preço de capa do livro. Ambos
os extremos são excepcionais e creio que o uso geral é
10 por cento. Mais ou menos 40 por cento são do
livreiro, 50 são do editor. As editoras corretas nesse
campo, raras não há muito tempo, mas hoje bem mais
encontradiças, costumam fazer uma prestação de contas
ao autor de 6 em 6 meses. Imaginem um livro que venda
10 mil exemplares, o que é considerado magnífico, num
país onde as tiragens costumam limitar-se a 2 ou 3 mil
exemplares, a 20 reais cada. Ficam 2 reais por livro,
pagos decorridos os 6 meses, o que dá um total bruto
de 20 mil reais. Subtraiam-se a mordidinha de quase 30
por cento dada pelo governo e, às vezes, a comissão da
agência que representa o autor. Sobram para ele, vamos
dar de lambuja, uns 14 mil reais, distribuídos em 180
dias, ou seja, menos de 2 mil e 400 reais por mês, se
não errei as contas. Claro, é mais do que a indecência
paga a inúmeros profissionais qualificados, como, para
ficar somente numa entre dezenas de categorias,
professores. Mas, não chega bem a ser suficiente, como
acham por aí, para que o escritor brasileiro de
sucesso more numa cobertura tríplex com piscina, tenha
um apartamento em Nova York e outro em Paris, durma
com nove entre cada dez estrelas do show business e
adquira o status econômico do dono do carro importado
blindado que talvez more no mesmo bairro, por capricho
ou sentimentalismo.

Não, não sou suspeito para tocar nesse assunto, que
mereceria páginas e mais páginas de análise, mas que
me vejo obrigado a resumir radicalmente aqui. O que se
diz de besteira sobre o livro no Brasil daria para,
ironicamente, encher uma biblioteca. Começa pela
questão do preço. Livro é caro, sim, como é caro em
praticamente todo o mundo. Mas uma caixa de CDs também
é cara, muitas vezes bem mais cara que um livro. Além
disso, o livro só exige olhos e, no máximo, um par de
óculos, enquanto o CD requer um investimento, por
modesto que seja, em aparelhagem. No entanto, não é
incomum que um CD seja vendido às centenas de
milhares. Os compradores têm o dinheiro para comprar
livros, mas preferem comprar CDs. Nada contra os CDs,
obviamente, mas a evidência da prioridade é clara.

Ao menos para os milhões de consumidores que compõem o
mercado de CDs, portanto, o livro é acessível, mesmo
custando caro. Mas não existe o hábito da leitura e a
situação é estimulada a manter-se. O governo estava
custeando um programa muito elogiado, através do qual
adquiria livros a preços comparativamente minúsculos e
os doava a alunos da rede pública do Brasil todo. Esse
programa foi "suspenso", porque o governo decidiu que
necessita comprovar se os livros levados às casas dos
alunos são efetivamente lidos. Para isso, com certeza,
estabelecerá uma eficaz rede de assistentes sociais e
educadores, que verificarão, de casa em casa, o
destino dos livros, nos eternos cadastramentos e
recadastramentos que são das práticas nacionais mais
arraigadas. Claro que isso não será feito e a
"avaliação", se houver, acabará gestando um relatório
escrito em tecnocratês abstruso e de conclusões
insondáveis e inconseqüentes. Ou seja, o que se fez
foi abortar um programa que, parece intuitivo, alguma
coisa conseguiria e continuaria a conseguir, em favor
da divulgação e da popularização da leitura.

Não entendo, o Senhor seja louvado, de impostos. Só
faço, como a maioria de nós, pagá-los, para vê-los
sumir na crônica falta de recursos, que, além das
distorções monstruosas que a suscitam, ainda tem de
arcar com a gatunagem perenizada em nossa vida
pública. Mas, pelo que entendi, agora os livros
importados estão sujeitos, digamos, à mesma carga
tributária que perfumes ou bebidas. Ou que não seja
isso, a produtos de importância muito inferior à dos
livros. Estreita-se ainda mais a porta da atualização
e do acesso à cultura universal, por parte dos que
precisam dos importados, que não são apenas os
"intelectuais", designação aplicada a indivíduos meio
sebentos e metidos a besta, sem serventia para a
sociedade. Há outros, também intelectuais, mas não
assim vulgarmente chamados, como engenheiros ou
médicos.

O presidente da República, em dois ou três momentos,
parece ter manifestado pouco apreço por livros, como
quando, num de seus famosos improvisos, disse ao povo
que "não é livro que ensina a governar". Decerto não
é, mas deve ajudar um pouco, como ajuda em qualquer
atividade, e não configura bom exemplo um governante
fazer pouco da leitura, como a afirmação terá sido
percebida por muitos governados. Fala-se o tempo todo
em exclusão digital, essa calamidade que nos aflige.
Vamos combatê-la, sim. Mas vamos ter certeza de que,
na hora de usar o computador, o recém-incluído conheça
as letras do teclado.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
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Postby mends » 31 May 2004, 09:50

:lol: isso é que é promoção!!!

<a href='http://www.americanas.com.br/cgi-bin/WebObjects/eacom.woa/wa/prod?pitId=95867' target='_blank'>http://www.americanas.com.br/cgi-bin/WebOb...rod?pitId=95867</a>

Livro bosta é isso aí!
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

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Postby mends » 04 Jun 2004, 15:51

GIBA UM

Festa de arromba
Nos grampos de 37 telefones realizados pela Polícia Federal durante a Operação Vampíro, apareceram detalhes de uma festa de arromba ocorrida numa mansão do Lago Sul, com a participação de conhecidos deputados. Dois dos grampeados falam animadamente sobre duas das muitas garotas de programa que esquentaram a festa. Nome das moças: Paulinha e Michele . Na Câmara dos Deputados, pelo menos dois parlamentares, casados, estão sem dormir há dias
"I used to be on an endless run.
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I have been blessed with the power to survive.
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