JUCA KFOURI
O favoritismo que deve virar fumaça
O mundo e o Brasil sabem que a Seleção Brasileira é favorita para ganhar a Copa do Mundo na Alemanha.
Neste primeiro comentário em 2006, no entanto, é necessário dizer que o favoritismo nacional é daqueles feitos para ser desmentidos.
É menos por essa quase superstição de dizer que sempre que a Seleção foi à Copa como favorita não venceu.
Até porque não é verdade.
Em 1962 a Seleção foi ao Chile como favorita e voltou bicampeã.
Agora, no entanto, a história é outra.
Os europeus tudo farão para evitar o hexa.
Porque se o hexa vier na Europa, o hepta será ainda mais possível na África do Sul e o octacampeonato quase inevitável se, de fato, a Copa de 2014 for disputada no Brasil.
E a Copa do Mundo terá ficado monótona, algo terrível para o negócio do futebol.
Se nas últimas Copas, em dúvida, as arbitragens decidiram a favor da Seleção Brasileira, na Alemanha será o contrário.
Ainda mais com Ricardo Teixeira querendo o lugar de Joseph Blatter na Fifa -- Blatter que nem disfarça mais sua contrariedade em relação ao cartola da CBF.
Portanto, para ganhar o hexa, a Seleção não precisará apenas vencer seus adversários.
Terá de ganhar deles e das arbitragens, dos esquemas extra-campo, algo quase impossível.