República das Bananas...

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 14 Sep 2006, 13:43

do Valor

PIB de segunda
Aviso aos empresários paulistanos: 20 de novembro é feriado municipal. O dia da consciência negra desta vez cai numa segundona útil. Aprovado há três anos pela ex-prefeita Marta, a data-off coincidiu em 2004 e 2005 com o fim de semana. E mais: no ano que vem ele vai possibilitar uma megaponte - de quinta à terça - ao se juntar com o 15 de novembro. Depois da Copa, três feriados num mês, às vésperas do Natal, é tudo que o PIB precisa, né não?
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Postby mends » 15 Sep 2006, 10:58

Azevedo


Lula, aquele que não atacou Bush...

Eu não assisti à entrevista do Babalorixá na Band, mas um leitor viu e me manda uma mensagem. Confio mais nos meus leitores do que na maioria dos jornalistas. Lula teria dito algo como”Por que eu vou atacar o Evo Morales se não ataquei nem o Bush”. Só pondo uma camisa-de-força. Por que o Apedeuta atacaria o Bush? Como? Só se fosse lhe dando aulas de inglês — o que faz uma certa falta ao outro, rá, rá, rá. Olhem em que conta em que tamanho Lula se tem. Não consegue dar um pé no traseiro de um índio de araque, mas acha que pode afrontar os EUA. Outra arma perigosa de Lula seria besteiras de destruição em massa... Estamos fritos.
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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:13

quando até o Clóvis Rossi, um dos jornalistas mais petistas que se tem notícia, reclama, é porque a vaca já tá no brejo há algumas décadas...

CLÓVIS ROSSI

Quadrilha é pouco
SÃO PAULO - É o delegado de Ribeirão Preto que pede a prisão de Antonio Palocci, acusando-o, entre outras coisas, de "formação de quadrilha" por conta do episódio chamado "máfia do lixo".
Quem é Antonio Palocci? Primeiro, foi coordenador de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, no lugar de Celso Daniel, prefeito assassinado de Santo André, em crime que, segundo Luiz Inácio Lula da Silva, envolvia "gente graúda".
Depois, Lula e seu partido deixaram morrer mansamente o caso, sem que ele ficasse de fato esclarecido.
Depois, Palocci foi o homem forte do governo Lula, responsável pela política econômica, posição que usou para violar o sigilo bancário de um caseiro que fazia acusações contra ele e sua turma.
É também o Ministério Público que pede a prisão de Freud Godoy, recém-demitido do cargo de assessor especial do presidente Lula, pela suspeita de negociar a compra de um dossiê contra candidatos adversários, manobra que o presidente considerou "abominável".
É a revista "Época" que informa que Osvaldo Bargas também ofereceu um dossiê contra adversários do PT. Quem é Osvaldo Bargas? Foi alto funcionário do Ministério do Trabalho no governo Lula e, atenção, assessor direto de Ricardo Berzoini, presidente do PT.
Quem é mesmo Berzoini? Além de ter sido, como ministro da Previdência, torturador de velhinhos aposentados no processo de recadastramento, é o coordenador da campanha de Lula, como Palocci o foi em 2002.
Ah, tem também Jorge Lorenzetti, misto de churrasqueiro de Lula e funcionário de um banco federal, que seria o verdadeiro responsável pela "abominação" (negociar a compra do dossiê).
O procurador-geral da República foi contido ao falar em "quadrilha", na denúncia contra toda a cúpula do lulo-petismo.



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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:24

ELIO GASPARI

O santo remédio do segundo turno
O "efeito Gedimar" mostra que os demônios do presidente estão soltos, fazendo bruxarias

É POSSÍVEL e desejável que o "efeito Gedimar" leve a eleição presidencial para o segundo turno. É possível porque para isso basta a migração de cinco pontos percentuais para os outros candidatos. É desejável porque um segundo turno obrigaria Lula botar o rosto na vitrine do debate público. Mesmo pessoas dispostas a manter "nosso guia" no Planalto podem se sentir constrangidas a carregá-lo num andor onde estão seus velhos demônios e mais Gedimar Passos, o homem dos pacotes com R$ 1,7 milhão para comprar vozes e silêncios de delinqüentes.
A posição de Lula nas pesquisas indica que 50% do eleitorado não considera as roubalheiras-companheiras motivo suficiente para eleger seu principal adversário, o tucano Geraldo Alckmin. Jogo jogado. Eleição é assim mesmo, prefere-se um a outro. O "efeito Gedimar" altera esse processo. Ofende pessoas que não gostaram do que viram nas CPIs, mas admitem votar em Lula porque não pretendem botar Alckmin na Presidência. Quem pensa assim poderá elegê-lo no segundo turno de alma leve. Fazê-lo no primeiro é mais que uma escolha. É uma indulgência plenária, daquelas que o Papa Leão 10º vendia no século 16 (com lascas à banca) para construir a basílica de São Pedro. O crente comprava o babilaque e ia para o céu sem passar pelo purgatório. O benefício valia para pecados passados ou futuros, cometidos por ele ou por familiares. O mercado das indulgências acabou em enorme confusão e no surgimento do protestantismo.
Os eleitores estão diante de um Lula renitente. Conheciam alguns de seus demônios, como Delúbio Soares e Paulo Okamotto. Não conheciam Freud Godoy. Achavam que os veteranos petistas do círculo doméstico de Lula haviam abjurado a bruxaria. Engano. Mesmo avisados de que havia exorcistas na linha, continuaram com suas macumbas.
Freud, assessor especial da Presidência da República, tinha salas no Planalto, no Alvorada, e um pé numa empresa de segurança em nome de sua mulher. Gedimar, um ex-policial, empregado no "dispositivo de tratamento de informações" do PT (seja o que for o que isso signifique), é apanhado num hotel com R$ 1,75 milhão em grana viva e o presidente do PT, Ricardo Berzoini, diz o seguinte: "Consideramos inclusive a hipótese de armação contra o PT".
Disco velho. Em julho do ano passado, o deputado estadual José Nobre Guimarães disse a mesma coisa ao saber que seu assessor José Adalberto Pereira da Silva fora preso em São Paulo com R$ 437 mil na cueca: "Isso está me cheirando a armação, para surgir num momento como este".
Eleito no primeiro turno, Lula compra uma indulgência e vai para o paraíso da autoglorificação, levando consigo todos os demônios que carrega na alma e nos palácios. Uma nova rodada eleitoral tirará "nosso guia" da redoma em que está enfiado, levando-o a fazer campanha com Gedimar e Freud na agenda. Isso e mais a obrigação de comparecer a um debate com Geraldo Alckmin. Não é muito, mas tira das costas de muitos eleitores o peso de eleger no primeiro turno um candidato em cuja campanha trabalhava um ex-policial que coletou R$ 1,7 milhão da seguinte forma:
Um milhão de "uma pessoa branca, com aproximadamente 45 anos, cabelos negros, carapinha, que se encontrava no interior de um táxi". O restante, de uma "pessoa de nome André, 1,75m, cabelo castanho, com aproximadamente 45 anos".
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Postby mends » 21 Sep 2006, 12:12

ONG de Lorenzetti recebeu R$ 18,5 mi do governo federal; oposição fala em

Rosa Costa, Sérgio Gobetti

Produziu uma reação forte a revelação de que Jorge Lorenzetti, que deixou a campanha de Lula após ser vinculado ao dossiê Vedoin, recebeu R$ 18,5 milhões dos cofres federais desde o início do governo petista por intermédio de organização não-governamental da qual é fundador e colaborador, a Unitrabalho. O episódio serviu ontem para a oposição lançar no Congresso a idéia de uma CPI para investigar todos os repasses federais para ONGs ligadas a petistas.

Favorecida por convênios com diversos órgãos da administração federal, a Unitrabalho (Fundação Interuniversitária de Estudo e Pesquisa sobre o Trabalho) é uma das dez ONGs que mais receberam dinheiro federal nos últimos três anos e nove meses, de acordo com levantamento do site Contas Abertas. Só na última quinta-feira, por exemplo, a entidade de Lorenzetti, também conhecida por ser o churrasqueiro preferido de Lula, recebeu R$ 4,1 milhões do Ministério do Trabalho e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Lorenzetti tem até agora duas vinculações ao dossiê Vedoin: ele intermediou o contato entre um dos presos com R$ 1,75 milhão e Freud Godoy, então assessor de Lula; e admitiu ter negociado informação contra tucanos com a revista Época, ao lado de Oswaldo Bargas.

Segundo a pesquisa feita pelo site Contas Abertas, os R$ 18,5 milhões já recebidos pela Unitrabalho entre 2003 e 2006 é 22 vezes mais do que toda a quantia embolsada pela entidade entre 1996 e o final do governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2005, por exemplo, o montante transferido à fundação chegou a R$ 7,2 milhões.

Apenas um convênio celebrado entre a Unitrabalho e o Ministério do Trabalho, para a avaliação do Plano Nacional de Qualificação, custou R$ 6,9 milhões aos cofres públicos. Detalhe: Bargas, companheiro de Lorenzetti ao oferecer o dossiê, trabalhava nesse ministério.

Os recursos repassados pelo governo federal a ONGs somaram mais de R$ 1 bilhão no governo Lula. 'São entidades que recebem dinheiro do povo brasileiro e estão gastando em quê?', questionou o senador Heráclito Torres (PFL-PI), ao defender a criação de uma CPI das ONGs.
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Postby mends » 22 Sep 2006, 15:37

pra rir. ou não.

A chantagem da oposição

ARLINDO CHINAGLIA

Os ataques grosseiros e injustos a Lula traduzem o espírito antidemocrático e de derrota eleitoral que se abate sobre a oposição

A CRISE desencadeada pelo caso dos sanguessugas suscita diferentes reflexões. Mas o fato inegável e inquestionável é que quem investigou e puniu foi a Polícia Federal deste governo. O escândalo das ambulâncias começou e prosperou sob a guarda do governo FHC. Foi agora desbaratado, mas, infelizmente, por ação de alguns incautos, acabou respingando no PT.

Os responsáveis pela "operação dossiê" devem ser responsabilizados, e o envolvimento de tucanos também deve ser rigorosamente apurado. O presidente Lula, que condenou publicamente a "operação dossiê" por convicções pessoais e por considerá-la prejudicial ao processo democrático, determinou que as investigações sejam feitas em todas as direções, com todo o rigor e sem poupar nenhum partido ou pessoa.

O momento eleitoral leva a oposição a tentar usar o episódio para atingir o presidente Lula. Os ataques grosseiros e injustos feitos ao presidente, neste e em outros episódios, traduzem, acima de tudo, o espírito antidemocrático e de derrota eleitoral que se abate sobre a oposição.

A insistência em cassar a candidatura de Lula e em promover impeachment revela uma concepção e é sinal de ocaso político e da razão de alguns oposicionistas.

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, diz que o presidente vai ter de provar que nada sabia, invertendo o ônus da prova e revelando seu viés autoritário e antidemocrático. O presidente do PSDB não suporta ver seu candidato ao governo de seu Estado preferir a companhia de Lula na disputa eleitoral à de Geraldo Alckmin. E não sabe se defende o ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, ou se concorda com FHC -que, do exterior, tem vociferado ataques, certamente temendo comparações entre o êxito do governo Lula e os desacertos de seus oito anos de reinado.

Martelam o tema corrupção, mas é o governo Lula que tem combatido implacavelmente esse crônico mal nacional, desmantelando redes criminosas que operavam há décadas ou que surgiram e cresceram a partir do governo PSDB e PFL e durante ele.

A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e o Ministério Público atuam de forma independente. Talvez por atingirem interesses de certos setores da elite, boa parte encastelados no governo FHC, essas ações geram atitudes destemperadas da oposição, como a defesa apaixonada da Daslu no Congresso Nacional.

O episódio do dossiê tem sido usado de maneira leviana contra Lula. Se alguns erraram, que sejam punidos, mas não se deve envolver o presidente da República: por que ele iria usar tal expediente se as pesquisas o apontam como vitorioso no primeiro turno? E não o fez nem quando não desfrutava de vantagens em outros processos eleitorais nem quando foi vítima de sórdidos ataques pessoais. Hoje, as acusações descoladas dos fatos indicam uma última cartada da oposição para tentar ganhar as eleições.

A oposição acusa Lula e finge que não existem acusações envolvendo nomes do PSDB. Se a oposição dá crédito a qualquer afirmação contra o governo, teria de dar crédito às acusações dos Vedoin aos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri.

Há mais de um ano e meio a oposição tenta atribuir a Lula responsabilidades que não são dele. O PSDB e o PFL sabem que não existe ação para praticar o crime, e sim para desvendá-lo. Daí a tentativa de misturar tudo num só cesto: militantes do PT com ações do governo, embora seja ridículo imaginar que queira atacar alguém com quem não disputa a eleição.

A exploração política do caso, com distorções e apelos golpistas, é um desserviço à democracia e um atentado à inteligência do povo brasileiro, que decide seu voto ao analisar partidos, pessoas e programas e comparar os feitos de um governo e de outro.

O viés neo-udenista do PSDB e do PFL, ao atemorizar a população com ameaças e impeachment, revela destempero, desespero e tentativa de criar uma reversão do processo eleitoral. Em vez de pedir a apuração dos fatos, ameaça. A mensagem é: Lula não pode ganhar, e, se ganhar, não leva. Qual o medo que têm? Da verdade surgir à tona? De perderem poder e privilégios?

A manipulação do caso, de maneira escandalosa, a poucos dias das eleições, é uma tentativa inútil de mudar o resultado do pleito que se avizinha. O que a oposição parece querer é um simulacro de democracia, na qual apenas sua opinião e seus interesses prevaleçam na estrutura de poder mantida há séculos no país.

Em minha opinião, o que interessa à sociedade é a investigação profunda e o julgamento e punição dos envolvidos. Para isso, é fundamental o comportamento isento de quem investiga e de quem julga.
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Postby mends » 23 Sep 2006, 12:16

Azevedo

O PT, a vaca, Lula e a ONU

Isto é uma piada*:
- Cumpanheiro da Intelijênsia, qual é o primeiro passo para fazer um surrasco?
- Roubar uma vaca!

* nota do clador: seria cômico se não fosse verdade...

Isto não é piada:
A campanha de Lula, no horário eleitoral gratuito, roubou os aplausos dados a Kofi Annan, secretário-geral da ONU, editou e fez de conta que eram para Lula. Os aplausos realmente dirigidos ao nosso Babalorixá estão aqui (http://www.un.org/webcast).
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Postby mends » 25 Sep 2006, 09:21

Lula se compara a Tiradentes e Jesus e diz que vencerá dia 1º
Presidente afirma que adversários vão esperar até 2010, pois "oncinha está com sede'

Candidato retoma discurso adotado durante escândalo do mensalão, quando dizia ter sido traído, mas não apontava os responsáveis

ROGÉRIO PAGNAN
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA (SP)

Em referência ao escândalo do dossiê contra tucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comparou ontem a Jesus Cristo e a Tiradentes, que foram mortos após a traição de amigos. O petista, no entanto, previu um final feliz para ele mesmo, ao afirmar que "matará" a eleição presidencial em primeiro turno, no dia 1º.
"Se alguém achar que a campanha presidencial vai para o segundo turno, vai ter de esperar para concorrer em 2010, porque esta nós matamos é no dia 1º de outubro. Dia 1º de outubro é dia de a onça beber água. Essa oncinha está com sede", disse o presidente durante discurso em Sorocaba (SP).
Dizendo não temer a "gritaria" e o "denuncismo" da oposição, Lula afirmou que o PT não é o único partido "a ter companheiros que cometem erros" e que isso faz parte da "história da humanidade".
"A gente poderia pegar a história e iríamos perceber que, numa mesa de 12, um traiu Jesus Cristo. Aí poderia pegar a reunião dos Inconfidentes, um traiu Tiradentes. E nem por isso Cristo seria menos importante, nem por isso Tiradentes deixou de ver acontecer a Independência pela qual ele foi esquartejado, sua carne salgada, pendurada nos postes", disse.
A crise do dossiê já atingiu oito petistas, entre eles, Jorge Lorenzetti, amigo e churrasqueiro de Lula que atuava como analista de risco e mídia do comitê presidencial, e Ricardo Berzoini, que foi afastado da coordenação-geral da campanha. O presidente perdeu ainda o assessor especial Freud Godoy, que era homem de confiança do petista havia 17 anos.
Lula estava acompanhado do candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante, cujo coordenador de campanha, Hamilton Lacerda, também caiu após ser acusado de intermediar entrevista dos Vedoin contra José Serra (PSDB).
No escândalo do mensalão, o presidente também afirmou ter sido traído, mas nunca apontou alguém pelo feito. Ontem, aproveitou o mesmo discurso para demonstrar otimismo sobre seu desempenho eleitoral. "Eu nunca falei que ia ganhar as eleições no primeiro turno, por modéstia. Nunca falei por respeito. Quero dizer para vocês: nós vamos ganhar esta eleição domingo", disse.
O presidente não comentou as pesquisas que confirmam sua vitória no primeiro turno, mas registram também o crescimento do seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB).

Desafio
Muito aplaudido pelo público de cerca de 3.800 pessoas, estimativa da Polícia Militar, Lula desafiou a oposição a investigá-lo até quando estava na barriga da mãe. "Podem fazer denúncia, façam o que quiser, podem até mandar fazer exame para saber o que eu fazia de mau quando eu era feto. Não tem problema. Vamos ganhar com a cara limpa que nós temos, com os votos dos homens e das mulheres deste país."
Apesar de a crise do dossiê ter tomado boa parte do seu discurso, Lula afirmou ser melhor não dedicar muito tempo aos ataques dos adversários e lembrou do velho PT. "A gente não pode dedicar muito tempo aos adversários que falam de nós, porque durante muito tempo o PT também fez com eles o que eles fazem conosco".
Mercadante, que falou antes de Lula, também rifou participação na compra do dossiê. "Eu espero que os responsáveis por essa atitude irresponsável assumam a sua responsabilidade, para que não fique nas costas daqueles que jamais aceitariam iniciativa dessa natureza."
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Postby mends » 26 Sep 2006, 07:58

azevedo

Ensaio geral do Estado Policial

O PT ainda não criou a República dos seus sonhos — e do nosso pesadelo —, mas já se pode dizer que vivemos uma realidade com características de Estado policial. Peguemos este caso dos dossiês — se outras evidências nos faltassem. A cúpula do partido do poder, toda ela da cozinha presidencial, associa-se para praticar uma série de crimes, e a máquina estatal é posta tanto a serviço da execução da obra como, depois, do ocultamento das provas e da obstrução da investigação.

Um dos protagonistas da lambança é o tal Expedito Veloso. Contra ele, pesam evidências de que quebrou o sigilo bancário de adversários políticos e de Luiz Antonio Vedoin, um criminoso confesso, para produzir o dossiê fajuto contra os tucanos. Ele próprio andou garganteando seus feitos por aí, orgulhoso de sua façanha. Nem é a mais notável figura da República a recorrer a tal expediente. Antes, Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, já havia praticado o malfeito — nesse caso, na Caixa Econômica Federal, com a conivência do então presidente, Jorge Mattoso.

Márcio Thomaz Bastos, sempre tão dedicado à tarefa de fazer da Polícia Federal uma vitrine do marketing do governo, desta feita, não permitiu fotografia do dinheiro. E revelou os motivos: poderia ter impacto eleitoral. Imaginem essa mesma polícia, subordinada a este mesmo Thomaz Bastos, prendendo tucanos com uma bolada de dinheiro para comprar um dossiê contra Lula... O ministro da Justiça não teve pejo, até agora, de meter algemas em acusados de corrupção e submetê-los à expiação pública — sem que tenham sido ao menos julgados. Em alguns casos, e a Daslu é um exemplo, nem mesmo o processo está formalizado. Mas seus donos tiveram a sua reputação enlameada. Ele achou tudo normal. Mais: o feito foi parar no horário eleitoral: “A PF agora prende também os ricos”.

Fotografia de dinheiro flagrado na mão de bandidos para fraudar as eleições, para dar um golpe? Não, isso não pode de jeito nenhum! Mais: o Coaf, tão eficiente para detectar movimentação irregular de caseiros, agora diz que tão cedo não chegará à origem do dinheiro. Afinal, argumenta-se, eram muitos saques abaixo de R$ 100 mil. De quanto era mesmo a movimentação bancária atípico de Francenildo?

A ditadura militar fez muita sujeira. Mas ela estava nos porões. Até para instaurar a tirania do AI-5, buscou-se um argumento legal, uma base jurídica. O petismo dispensa-se de todas essas formalidades. Sua “comunidade de informações” opera com desassombro inédito e encontra respaldo no centro do poder. Não é que ele tenha uma fachada legal e um braço ilegal. Os dois grupos se confundem e, de fato, são um só.

Numa retórica desavergonhada, Lula, a um só tempo, chama de aloprados os que se meteram na operação, mas acusa a tentativa de “golpe” das oposições; diz que não dá endosso a essas práticas, mas declara, desafiador, que a “oncinha — ele próprio — está com sede”. É o grande sacerdote dessa missa macabra. Ainda que, de fato, ignorasse tudo — e do que mais ele não saberia? —, seu comportamento abrutalhado, seu óbvio despreparo e seu desrespeito às condutas comezinhas do Estado de Direito estimulariam a malta que o cerca a agir como agiu.

Como será?
Muitos me perguntam, e não foi diferente nesta segunda na Associação Comercial de São Paulo, se acredito que, num eventual segundo mandato, Lula agiria de forma diferente. Acho que sim: diferente porque ainda pior. Ricardo Berzoniev e sua turma sucederam, vejam vocês!, a antiga cúpula do partido, aquela que caiu no caso do mensalão. Não custa lembrar que o agora indiciado Humberto Costa, candidato do PT ao governo de Pernambuco, integrou esta chapa de “renovação”... É uma questão de natureza, entendem? O que vemos não é desvio, é método.

Expedito Veloso vem nos lembrar que ninguém está a salvo. E a imprensa? Está preparada para fazer frente à investida dos totalitários? Huuummm... Com alguma freqüência, lhes faz a vontade e lhes presta serviços, dando publicidade às ilegalidades que praticam, às óbvias transgressões aos direitos individuais. Tudo sob o pretexto de fazer justiça. Nessas horas, idiotas da objetividade argumentam: “Que importa se Expedito vasculhou ilegalmente a conta desse ou daquele? Se descobriu irregularidades, publiquemo-las”. Pobres coitados! Quanto tempo demorará para que a própria imprensa seja alvo de bisbilhotice?

Diante disso, há duas posturas: a estúpida diria um “quem não deve não teme”. Quem sabe o que é uma democracia vislumbra de cara o horror. Escarafunchar a vida de alguém ou de alguma empresa, sem a devida autorização, é o passo anterior à produção de uma falsa prova. E é claro que os alvos serão apenas os “inimigos do regime”. Não! Se facultarmos a essa gente a licença de usar o Estado, à revelia da Justiça, para se informar sobre adversários políticos, estaremos todos nos oferecendo como reféns da canalha, como seus servos voluntários. Aliás, especial cuidado devem tomar os bancos privados, que não estão blindados contra as petralhices.

Eu, vocês sabem, nunca achei que essa gente daria em boa coisa. Ao contrário. Os estudos e biografias recentes indicam que o comunismo era muito pior do que qualquer imaginação ou romance da CIA. Por mais que se buscasse atacar aquele regime, havia na crítica uma certa solenidade, admitindo-se, de um modo ou de outro, que pudesse se tratar de gente séria, embora inimiga. Com o fim do regime, pudemos constatar que a estrovenga era ainda pior do que as fantasmagorias plantadas pelos serviços de Inteligência do Ocidente. Ou seja: não conseguimos imaginar contra eles nada parecido com o que eles próprios imaginaram a seu favor!

O mesmo vale para os petistas. Eles superam em muito as nossas expectativas. Por mais horríveis que possamos ter imaginado que fossem, ainda assim, eles se superaram. Um petista se defendendo consegue ser ainda mais horripilante do que a caricatura que dele faria um antipetista atacando-o.

Hora da Resistência.
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Postby mends » 27 Sep 2006, 09:11

azevedo muito bom

Um poema para Lula


Vejam como são as coisas. No que a investigação depende das autoridades americanas, tudo está resolvido. A PF já foi informada quem sacou os dólares, para que banco foram enviados, quem é o dono da conta. Está tudo em mãos. Mas, até agora, nada foi divulgado. Vale dizer: a eficiência americana encontrou pela frente o “republicanismo” brasileiro, do PT, de que um pensador como Tarso Genro tanto se orgulha. Mais uma vez, Lula e sua turma assombram o país com o seu ineditismo. Com efeito, nunca, antes, Nestepaiz, nem durante a ditadura, se viu algo assim...

Participei nesta segunda, como sabem, do programa Roda Viva, da TV Cultura. O entrevistado era Paulo Brossard, ex-ministro da Justiça e do Supremo. Lembrei que não foi por acaso que a ditadura corria atrás de constitucionalistas — nem que fosse para justificar suas lambanças —, e o governo Lula, de um criminalista. O regime discricionário buscava, ainda que pela violência institucional, se legitimar. Muitos governantes de agora precisam é tomar cuidado para não ir para a cadeia. São duas vergonhas opostas e combinadas. No melhor caso, teríamos na Justiça um constitucionalista para a era democrática. Ainda não foi desta vez.

É claro que é tudo um tanto chocante. Tanto mais quando se sabe que essa mesma PF que omite dados tem sido um dos carros-chefe do marketing lulista, o famoso “nunca antes Nestepaiz...” Sempre deu publicidade extrema a seus atos. Poderia dizer agora que está apenas preservando a investigação de especulações para pegar peixes graúdos. O que parece é que o sigilo protege justamente o tubarão.

O arremedo de luta de classes de Lula, esse arranca-rabo que ele promove, tem dado certo, para ele ao menos, até aqui. Depois da transubstanciação da semana retrasada — quando se ofereceu ao povo como um cristo pagão, nesta terça, foi a vez de brincar de Tiradentes. Falou de arrancar pernas, cortar, salgar... Tudo o que Lula sabe da Inconfidência Mineira deve se resumir àquele quadro de Pedro Américo, Tiradentes Esquartejado — eloqüente o bastante para a sua compreensão do mundo, se é que vocês me entendem.

Agressivo, populista, messiânico, percebe-se que o motivo de sua ira está no fato de que a oposição tem a ousadia de disputar com ele o poder. É o que o presidente da Câmara, o comunista do Brasil Aldo Rebelo, chama “golpe”. Onde já se viu isso? Daqui a pouco, vão começar a defender alternância de poder Nestepaiz... No dia em que carregou nas tintas de um martírio ao qual jamais se entregaria, seu ministro das Relações Institucionais falava num pacto nacional...

Se Lula não fosse um ignorante profissional, por escolha, arrogância, empáfia, em vez de sustos infantis sobre Tiradentes, eu lhe recomendaria Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, que reputo o melhor livro de poesia — considerado o conjunto — publicado no Brasil no século passado. Há poemas muito melhores, esparsos, de outros autores. Falo dos vários cantos formando uma unidade. Há passagens verdadeiramente magníficas em que a autora reproduz, também na base material do verso, a esfera de conspiração de Ouro Preto ou, então, o trabalho nas minas. Versos de rara ourivesaria. Segue um trecho sobre Joaquim Silvério dos Reis, a traição, Cristo e Tiradentes. A figueira que aparece no poema é uma referência à arvore em que Judas se enforcou. Os “traidores” de hoje, como sabemos, encontram melhor destino. Afinal, não são socorridos pelo arrependimento.

Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo,
tu trais um simples Alferes.
Recebeu trinta dinheiros...
- e tu muitas coisas pedes:
pensão para toda a vida,
perdão para quanto deves,
comenda para o pescoço,
honras, glórias, privilégios.
E andas tão bem na cobrança
que quase tudo recebes!

Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério!
Pois ele encontra remorso,
coisa que não te acomete.
Ele topa uma figueira,
tu calmamente envelheces,
orgulhoso e impenitente
com teus sombrios mistérios.
(Pelos caminhos do mundo,
nenhum destino se perde:
há os grandes sonhos dos homens,
e a surda força dos vermes.)
É isto: grande sonhos dos homens. Surda força dos vermes.
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Postby mends » 28 Sep 2006, 11:37

Especialistas duvidam de saque tão alto de dólares

Sonia Racy

A informação de que os dólares que seriam usados pelos petistas para pagar o dossiê Vedoin foram sacados de uma instituição financeira no Brasil foi ontem motivo de chacota entre os players do mercado financeiro e advogados de renome, que duvidam da viabilidade da transação. Para especialistas, nenhum banco sério do Brasil permitiria um saque de quantia tão elevada em dólares (US$ 248 mil). E, se ocorresse um caso atípico como esse, seriam cumpridos vários procedimentos de segurança, além de a operação ser comunicada ao Banco Central.

'Nunca, em meus 37 anos de atividade, vi uma história desta. Não sou do mercado, mas sou advogado criminalista e acompanho o aspecto penal das atividades do mercado de câmbio. E olha que já vi muito absurdo', disse o advogado criminalista Antônio Mariz de Oliveira.

Para o advogado Jairo Saddi, especializado no setor financeiro, o volume de dólar para viagem em espécie que circula pelo sistema brasileiro é extremamente pequeno. 'Em outras economias com mais dólares em circulação, talvez fosse possível. Ou ainda em lugares onde a legislação é diferenciada, como nas Ilhas Cayman. Mas nos EUA, por exemplo, é impossível sacar US$ 100 mil em espécie. A polícia seria acionada.'

Segundo conta um conhecido banqueiro, se alguém chegar a um banco brasileiro - seja ele grande, pequeno ou médio - para sacar US$ 248 mil em espécie, não terá sucesso. É praxe no mercado financeiro questionar retiradas de quantias maiores que US$ 20 mil em espécie, mesmo o sacante apresentando a origem. Se tudo for checado e o cliente insistir, o fato será comunicado ao Banco Central.

E mais. Agências de bancos do porte do Banco do Brasil, do Itaú ou do Bradesco não mantêm em caixa quantias grandes. Quando um valor como o encontrado com os petistas é solicitado em um banco no Brasil, a boa prática sugere que a instituição peça a quantia ao Banco Central comprovando a origem dos recursos e fazendo o débito na conta. Os dólares são entregues com carro-forte ao cliente. 'Ninguém entra em uma agência com reais para comprar US$ 248 mil. Isto não existe', afirmou um executivo de banco.

Se o banco não quiser solicitar os dólares ao BC, pode ser legal importá-los de um banco no exterior. Mas, além de ser mais cara para o banco, a operação terá de ser registrada no BC, com a comprovação de origem. 'O BC não autorizaria uma operação de uma casa de câmbio em Miami. Teria que ser de um banco americano internacional. E o importador dos dólares teria que ter peso no mercado financeiro brasileiro. O curioso é que o cliente teria que ter um apetite por pagar a mais pela sua transação', ironizou o mesmo banqueiro.
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Postby mends » 30 Sep 2006, 18:13

O cúmulo da calhordice:

Lula deverá falar sobre o acidente

Está sendo cogitado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer um pronunciamento em rádio e tv solidarizando-se com as famílias das vítimas e sobre os esforços realizados pelo Ministério da Aeronáutica para localizar sobreviventes.
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Postby mends » 02 Oct 2006, 18:43

azevedo

Coletiva de Alckmin: "Bate nele, doutor, bate nele!"

O candidato tucano Geraldo Alckmin também concedeu uma entrevista coletiva. Disse que o comando do partido está conversando com as direções de outras legendas, inclusive PMDB, com vistas ao segundo turno. É assim que se faz. Indagado se o PSDB pretende insistir na questão do dossiê, afirmou o óbvio: a sociedade brasileira ainda aguarda respostas. E a principal delas é a seguinte: de quem é o dinheiro que pagava a tramóia? Qual a sua origem? São ou não recursos de campanha? Isso pode ser uma pista de que a campanha, no segundo turno, por mais propositiva que seja, não abrirá mão de continuar a desconstruir Lula.

Vamos ver. Espero que Alckmin tenha claro que está no segundo turno porque a operação dossiê — que era contra Serra, não contra ele — foi desmoralizada. E que essa desmoralização, junto com todas as outras que marcam os quatro anos de PT, chegou ao horário eleitoral. Uma avaliação que ele fez ali me deixou um tanto preocupado.

Sugeriu que o resultado da eleição seria esse mesmo, que a campanha obedeceu ao rigor técnico, que o eleitor decide na reta final, não com base do “recall”. Essa tese do “recall” é das coisas mais irritantes que conheço. É claro que ele existe. Felizmente. Quando sua campanha lembra os hospitais, as rodovias, as obras, está justamente tentando consolidar uma imagem, ficar na memória do eleitor, buscando “recall”.

Se Alckmin entrar nessa de querer competir com Lula só na base da tecnicalidade, vai quebrar a cara. Mas já escrevi sobre isso o que chega. Ainda hoje, circulam textos na Internet demonstrando como a estratégia estava certa desde o começo... Santo Deus! Faltou 1,39% para Lula vencer no primeiro turno. Certo estava e está o Ditão de Pinda, que sempre recomendou: “Bate nele, doutor, bate nele!”
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Postby mends » 04 Oct 2006, 08:30

azevedo

Guerra suja - A coisa vai ficar boa. Preparem-se!

Olhem aqui. Vamos ao que é realmente relevante. Eu estou achando excelente que Ciro Gomes e sua metralhadora cheia de mágoas dêem o tom da campanha de Lula no segundo turno. Assim, cai a máscara petista do governo cordato, cheio de bons sentimentos e preocupado apenas com o futuro do Brasil. Melhor ainda: as “pontes” malandras que certos tucanos do bico ambíguo vinham tentando fazer com o petismo são detonadas já na origem. Não tem como: esta é uma aliança, agora ou depois, sem futuro. E quem quiser se ocupar delas terá de cantar em outra freguesia.

Não existe meio combate ao petismo. Terá de ser inteiro. Os petistas estão prontos a fazer os mesmos ataques que fizeram nos oito anos de governo FHC. Nos quatro em que foram governo, deixaram os casos de lado porque não existiam mesmo. Falam, por exemplo, da compra de votos para a emenda da reeleição. É uma bobagem, a que deu asas o mesmo jornalismo mistificador do Dossiê Cayman. O principal acusado, diga-se, Ronivon Santiago, foi peça fundamental na coligação que juntou no Acre o PT e o PP. Binho Marques, do partido de Lula, tem como vice um homem do PP, de Paulo Maluf, e contou com o apoio de Orleir Cameli, ex-adversário do partido no Estado. Um homem de notória reputação.

Retomar a história da privatização da Telebrás, aliás, será mel da sopa para o PSDB. Taí uma história que tem de ser realmente recontada para ver onde estavam os bandidos e os mocinhos. A campanha de 2002 escondeu a verdadeira natureza do PT. Resolveram, todos os petistas, se comportar como São Jorge de bordel. Uma campanha de segundo turno é um excelente momento para restituir a verdade histórica.

É muito bom que o PT, estimulado por Ciro Gomes, tenha decidido optar pela guerra suja. O governo FHC só tem a ganhar com ela. E será excelente se Ciro decidir ser um protagonista nessa batalha. Se há coisa que pode render à campanha de Geraldo Alckmin é a recuperação, para os olhos da nação, de sua biografia.

Oba! As coisas estão começando a ficar muito divertidas. Tarso Genro diz que quer discutir ética, inclusive mostrando as pessoas que foram punidas no governo passado e neste. Não vejo a hora de ver o desfile do “punidos” do PT, com Delúbio Soares puxando a fila, seguido por José Genoino, José Dirceu, João Paulo Cunha, Silvio Pereira, Antonio Palocci, Jorge Mattoso, Luiz Gushiken, Ricardo Berozini, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti, Osvaldo Bargas, Freud Godoy. Vai ser a festa da uva.
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Postby Wagner » 05 Oct 2006, 01:43

Não percam a nova entrevista do Diogo Mainardi com o Tarso Genro -- podcast do Mainardi. Link abaixo:

http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/
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