VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 07 Aug 2006, 08:41

O fim da era Fidel Castro
BRASÍLIA - Há alguns anos não vou a Cuba, mas já estive na ilha mais de uma vez, a trabalho e a passeio. Duas lembranças são recorrentes. Primeiro, a candura da população em meio a um paraíso tropical. Segundo, o medo que ronda quase todos os habitantes, condenados a viver fora do mundo real.
No início dos anos 90, pós-fim da União Soviética, faltava de tudo em Cuba para os cubanos. Já os estrangeiros compravam produtos de consumo básico nas deploráveis "tiendas para turistas".
Ao sair de uma dessas lojinhas, um cubano estendeu-me um maço de notas amassadas de US$ 1 e pediu: "Por favor, compre xampu para mim". Quantos frascos, perguntei. "Dois litros", foi a resposta.
Entrei novamente na "tienda" e saí em seguida com os produtos de uma marca cubana genérica. Entreguei ao rapaz amedrontado que me esperava do lado de fora.
Em outra oportunidade, o taxista que me levou para cima e para baixo em Havana pediu apenas um favor no dia em que me despedi: "Compre um videogame para meu filho". Só havia modelos obsoletos à disposição. O menino ficou feliz ao receber um antiquado Atari.
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Postby mends » 08 Aug 2006, 11:30

Reinaldo Azevedo

Tome o que é dos outros, mas preserve Kin Jong-Il

Kim Jong-Il, novo presidente do Brasil

Vejam duas notinhas que a Folha publica na edição desta terça, uma bem perto da outra:

Primeira nota
O subtenente reformado da PM Donato de Biagi, 64, foi detido ontem após distribuir na Assembléia Legislativa panfletos ofensivos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Biagi escreveu que o país é comandado por bandidos, o que configurou crime de calúnia e difamação. ‘Só queria expressar minha opinião’, disse. Preso em flagrante, pagou fiança de R$ 293.
Segunda nota
Cerca de 200 membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) do Paraná invadiram ontem a fazenda Santa Maria, no município de Santa Maria do Oeste. Segundo a Polícia Militar, não houve confronto. Os sem-terra montaram acampamento a 500 m da sede da fazenda. A proprietária deve entrar com pedido de reintegração de posse.

Bem, o que vou comentar? O sujeito não pode falar mal de Kim Jong-Il porque vai em cana. Com os invasores da propriedade alheia, nada vai acontecer. Kim Jong-Il dispõe de instrumentos para puni-los — além da Polícia e do Judiciário, é claro. Mas ninguém fará nada. Só não é permitido falar mal do Estimado Líder.
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Postby Danilo » 08 Aug 2006, 14:15

Da próxima o subtenente deveria é montar acampamento a 500m de alguma propriedade dum figurão da política e colocar uma faixa bem grande expressando a opinião dele. O figurão que peça reintegração de posse pra depois possam prender o manifestante-ocupante por difamação.
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Postby mends » 10 Aug 2006, 09:02

Reinaldo Azevedo

Por que não ler Marinela Chaui

Oba! Marilena Chaui lançou dois livros pela Fundação Perseu Abramo, um sobre cultura e outro, claro, sobre a mídia. Um tem 144 páginas, e o outro, 148. Não lendo, você economiza bem umas cinco ou seis horas de vida, sei lá eu. É claro que eu não vou ler.

Em Simulacro e Poder – Uma Análise da Mídia, Marilena se supera — quer dizer: não se supera; ela já havia chegado ao limite quando, como direi?, "parafraseou" Claude Lefort no livro Cultura e Democracia, lá no começo dos 1980. Mais uma vez, vale a pena ler o release, que segue . Volto em seguida: “A abolição da diferença entre os espaços público e privado e como os códigos da vida pública passam a ser determinados e definidos pelos códigos da vida privada, são temas centrais que a Marilena Chaui discute em Simulacro e poder: uma análise da mídia. Para a professora, enquanto o pensamento e o discurso de direita reiteram o senso comum que permeia a sociedade, no caso da esquerda, ela precisa ultrapassar obstáculos como a desmontagem desse senso comum, da aparência de realidade e verdade que as condições sociais e as práticas existentes parecem possuir, a reinterpretação da realidade, e precisam ‘criar uma fala nova, capaz de exprimir a crítica das idéias e práticas existentes, capaz de mostrar aos interlocutores as ilusões do senso comum e, sobretudo, de transformar o interlocutor em parceiro e companheiro para a mudança daquilo que foi criticado.’” Eu sei que parece não fazer sentido. Não faz mesmo. Em suma, Madame está dizendo que o senso comum é uma coisa de direita e que um pensamento de esquerda ultrapassa essa barreira obscurantista. Por exemplo: roubar dinheiro do Estado para construir um partido é uma coisa feia, detestável, que deveria render cadeia. É puro senso comum. Coisa que só nós, os direitistas, defendemos. Um transcender essas barreiras imbecis impostas pela moralidade tacanha. Se o partido em questão é portador do futuro, da verdade e da vida, roubar é um ato progressista, praticado justamente contra a direita reacionária. O submarxismo, ou o marxismo vagabundo, reduziu toda a questão ideológica tratada por Marx — e já não era grande coisa — à tese da “falsa consciência”. Se você não concorda com as verdades da vanguarda portadora dos amanhãs sorridentes — o partido —, então é porque está dominado por uma consciência que não é sua, que não lhe pertence, quase uma possessão demoníaca. No fim das contas, a esquerda ainda não conseguiu pensar em nada melhor para depurar as mentalidades do que um belo campo de reeducação. Quanto à suposta disjuntiva “moral pública”-“moral privada”, nada mais é do que a velha tara petista de falar ora “enquanto isso”, ora “enquanto aquilo”, de praticar crimes contra o Estado “enquanto militante” e de sonhar com o bem geral da humanidade “enquanto pessoa humana”. Eu sei que Madame é irrelevante para o pensamento. Mas ela é a sacerdotiza teórica do horror que presenciamos.
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Postby junior » 13 Aug 2006, 09:01

:blink: :blink: :blink:

Capa da Folha de hoje.

47% do eleitorado diz ter posição política de direita

Pesquisa Datafolha mostra que perfil conservador do brasileiro continua forte

Questões sobre aborto, pena de morte, maconha e maioridade penal revelam mentalidade ainda mais fortemente conservadora

FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa Datafolha revela que 47% do eleitorado brasileiro se define com sendo de "direita". Outros 23% de "centro" e apenas 30% de "esquerda".
Apesar de menos da metade se definir como de "direita", é esmagadora a maioria que adota posições geralmente associadas ao conservadorismo, como a condenação ao aborto, às drogas e a defesa de medidas mais duras de combate ao crime.

A pesquisa mostra que são contra a descriminalização da maconha 79%. Do aborto, 63%. Outros 84% defendem a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e 51% querem a instituição da pena de morte.

Os percentuais gerais acima não diferem muito mesmo isoladamente em cada um dos grupos de eleitores ("direita", "centro" e "esquerda"). Exemplo: entre os que se dizem de "esquerda", 87% (mais do que a média) são favoráveis à redução da maioridade penal.

Em alguns temas, como aborto, drogas e pena de morte, os eleitores mais jovens se mostram até um pouco mais conservadores que os mais velhos.

No geral, também são pequenas as diferenças de opinião entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSDB). Os simpatizantes ao tucano são ligeiramente mais conservadores apenas em relação à maioridade penal e à pena de morte.

A pesquisa, feita na semana passada, ouviu 6.969 eleitores pelo país. Comparados aos resultados de levantamentos semelhantes nos últimos anos, os dados mostram que o perfil conservador do eleitor permanece forte desde a década de 90.

Para o cientista político Leôncio Martins Rodrigues, embora boa parte do eleitorado não consiga discernir exatamente o que vem a ser "esquerda" ou "direita", o posicionamento mais conservador do brasileiro "faz sentido".

"Há elementos culturais que mudam com muita dificuldade no Brasil. Entre as pessoas menos sofisticadas, a busca de "soluções simples", como a redução da maioridade penal, têm muitos atrativos", afirma.
Walter Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas no governo FHC e especialista em assuntos de segurança, vê nos resultados da pesquisa "uma falta de informação generalizada" entre a população.

"O brasileiro é muito mal informado sobre esses temas polêmicos e geralmente acaba se alinhando com posições que emanam dos EUA, onde essas discussões são mais profundas e conservadoras", diz.

O cientista político norte-americano David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, concorda. "A televisão é a grande fonte de informação do brasileiro. O imperialismo cultural e de costumes norte-americano, que ficou muito conservador nos últimos 20 anos, é uma forte referência."

Newton Bignotto, professor de filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, afirma que os resultados contraditórios da pesquisa atestam "a cacofonia da sociedade brasileira". "Causa perplexidade a desconexão entre a percepção sobre os costumes, os costumes de fato e a cultura política."

Para o psicanalista e colunista da Folha Contardo Calligaris "causa surpresa" o alto percentual (47%) dos que se dizem de "direita". "Ser de "esquerda" geralmente traz uma posição mais gloriosa de si mesmo. Mas, que o brasileiro seja conservador, apenas confirma o fato de ele, em geral, não tomar posições de enfrentamento."
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Postby junior » 13 Aug 2006, 09:06

Regime de Cuba não mudará, diz Morais

Para o escritor brasileiro amigo de Fidel, raiz popular e armas perpetuam revolução e impedem transição capitalista

Autor de "A Ilha" duvida que EUA consigam interferir na sucessão do cubano, que, apesar da saúde abalada, completa hoje 80 anos

SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

"O tigre sentiu o gosto de sangue, jamais vai querer voltar a ser vegetariano." Para o jornalista Fernando Morais, 60, o processo de transição para o capitalismo em Cuba ainda não começou. E nem vai começar.

Autor do livro-reportagem "A Ilha" (Companhia das Letras), relato entusiasmado sobre as conquistas da Revolução, best-seller à época do seu lançamento, há 30 anos, e amigo de Fidel Castro, Morais agarra-se aos argumentos tradicionais de defesa do regime sem piscar.

E acha que, se os EUA tentarem intervir após a morte de Fidel, outro episódio como o da Baía dos Porcos -quando os cubanos derrotaram tropas financiadas pelos norte-americanos na batalha de Playa Girón, em 1961- poderá ter lugar.

O ditador cubano completa hoje 80 anos. As festividades que estavam planejadas foram adiadas para dezembro no mesmo comunicado em que ele anunciou, há 13 dias, que seria operado por causa de um sangramento no intestino. Em Maresias, onde trabalha na biografia do escritor Paulo Coelho [Fala sério...], Morais recebeu a Folha para falar de Cuba, com e sem Fidel. A seguir, os principais trechos da entrevista.


FOLHA - O que o senhor acha que vai acontecer quando Fidel morrer?
MORAIS - Não sei. Mas tenho certeza do que não vai acontecer. Não haverá transição para outro tipo de sistema. Há um vício de associar a Revolução Cubana aos antigos regimes da Europa do Leste, os chamados satélites da União Soviética. E não tem nada a ver uma coisa com a outra. Essa visão equivocada do que seria a Revolução Cubana levou as pessoas a acharem que, com o fim da União Soviética, o regime cubano acabaria. Não acabou.

FOLHA - Por que não?
MORAIS - Porque em Cuba a revolução foi feita pelo povo. É evidente que não é a sociedade ideal. Mas há um símbolo que gosto de citar e que responde às dúvidas da maioria das pessoas sobre por que esse regime sobrevive há tanto tempo. É uma placa na saída de Havana que diz: "Hoje à noite, 500 milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana". Aí as pessoas dizem: "Ah, mas o preço é muito alto". É, sim. Mas, daqui a 200 anos, Cuba será lembrada por ter sido o primeiro país pobre deste continente a acabar com a miséria e por ter sido o país que durante mais tempo sobreviveu às agressões dos EUA. Essas coisas estão relacionadas.

FOLHA - Como assim?
MORAIS - Cuba só conseguiu acabar com a miséria porque tem uma população armada. Por que não derrubam Fidel se todo mundo com mais de 16 anos lá tem uma arma de fogo? E se é uma população organizada? Não derrubam porque o regime é uma construção tijolo a tijolo que não foi feita de cima para baixo. Não é preciso muito sociologismo para entender, pois há conquistas objetivas. Os índices de desenvolvimento humano superam os de alguns Estados americanos. E Cuba não é nada. É o PIB da Daslu.

FOLHA - Os EUA subestimam a vontade do povo de manter o regime?
MORAIS - Subestimam. E é por terem memória curta. Em 1961, [o presidente John] Kennedy armou, financiou e patrocinou os mercenários cubanos para derrubarem Fidel. Em 72 horas foram escorraçados, pois a população os derrotou. Quem tinha arma levava, quem não tinha levava taco de beisebol.

FOLHA - Então você acha que, se os EUA interferirem na transição, pode ocorrer uma nova Baía dos Porcos?
MORAIS - Sim, vão ter que matar todo mundo. Vão ter que acabar com os 11 milhões de cubanos. E não só porque eles vão defender o regime. Isso está na história de Cuba. Vem do tempo dos espanhóis. A rebeldia e a insubmissão dos cubanos é célebre. Eu não tenho preocupação. Lá não é Moscou. Não vai acontecer a mesma coisa.

FOLHA - Uma questão clássica: por que, para garantir as tais conquistas, o regime tem de ser tão fechado?
MORAIS - Não é bem assim. Não é porque deu comida e deu escola para todo mundo que precisa tirar a liberdade. Mas sim pelo fato de ter dado tudo isso enquanto se está em guerra.

FOLHA - E Cuba está em guerra?
MORAIS - Há 50 anos está em guerra com os EUA. Se você chegar hoje no Iraque e disser que quer montar um jornal contra a ocupação americana, vão deixar? É a mesma coisa. A responsabilidade pelo fato de o regime ser fechado é a sucessão de agressividades dos EUA contra Cuba, desde sabotagem de colheitas a leis destinadas a desarticular a economia cubana.

FOLHA - Isso é guerra?
MORAIS - Sim, e o que está acontecendo com a notícia da doença do Fidel é a melhor prova. Imagine se, quando Tancredo Neves fez a cirurgia, o presidente dos EUA dissesse: "Estamos preparando aqui em Washington a transição, e o próximo presidente não pode ser o vice, Sarney. Vocês brasileiros vão decidir, mas só não vai poder ser o Sarney". Em qualquer lugar, se algo assim acontecesse, as pessoas iam sair para a rua e dizer que não. Não iam?

*Comentei só o Paulo Coelho pq o resto seguro o Mends vem em cima :lol: *
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Postby mends » 14 Aug 2006, 08:43

não vou em cima nem por trás. Um cara que goste do Fidel, do Prestes, tenha escrito Olga etc, nada mais natural que escrever sobre Paulo Coelho. Nada mais anti-intelectual que um comunistazinho chinfrim.

de que adianta explicar pruma figurinha dessas que, não fosse o capitalismo, ele não estaria em Maresias, sendo pago para escrever sobre um cara que diz poder fazer chover?
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Postby mends » 14 Aug 2006, 09:17

Mais Azevedo

Está provado: Lula quer uma ditadura no Brasil; por isso ele defendeu a tal "constituinte"

Lula quer instaurar uma ditadura no Brasil. Por que a gente não dizer isso com todas as letras? Basta saber raciocinar logicamente e se chegará fácil a essa conclusão. Há dias, ele propôs a tal constituinte para fazer a reforma política, lembram-se? Alguns ditos “cientistas políticos” até caíram na conversa. E hoje ele revela qual é a sua real intenção: acabar com a imunidade parlamentar. Ah, mas todos somos contra a redução de seu alcance. É verdade. Como diria Lula, é uma safadeza que político que coordena um misto de casa de lobby com puteiro, em Brasília, se torne deputado apenas para ganhar imunidade. É mesmo uma vergonha. Mas o Apedeuta não está preocupado com isso. Ele disse por que quer o fim da imunidade: “A coisa é tão absurda que um deputado ou senador pode achincalhar o presidente da República, como vocês sabem que eu fui achincalhado, mas não pode abrir processo porque eles têm imunidade.” Lula não quer ser criticado pelo Congresso. Lula passou 21 anos atacando presidentes da República. Desses 21, teve imunidade parlamentar apenas nos quatro em que foi deputado. Que ele usou mal. Foi um péssimo "representante do povo". Na sua imodéstia, apontou haver do Parlamento 300 picaretas. O dito “maior sindicalista da história do Brasil” não tem uma maldita lei que leve seu nome ou sua assinatura. Ele tinha preguiça de atuar e duvido que entendesse as regras do jogo. Poderia ter sido processado por Collor, Itamar, FHC e, antes, até por Sarney — hoje seu aliado. Não foi. É que ele tinha uma outra imunidade, que não a parlamentar: consideravam-no inimputável. É formidável que ele nem disfarce a sua má intenção. E voltou a atacar o Congresso: “Eu tenho dúvida se o Congresso Nacional fará uma reforma política de verdade. Eu tenho dúvida porque eles estarão legislando em causa própria." Indagado a respeito da bobagem do dia, o tucano Geraldo Alckmin disse a coisa certa: "Eu sou favorável à imunidade parlamentar, porque, no exercício do mandato, o parlamentar precisa ter os instrumentos para poder exercer o seu papel. Na realidade, é um equívoco o presidente não levar a sério a questão ética." É por isso que o site do PT e José Dirceu ficaram tão bravos de William Bonner e Fátima Bernardes terem chamado Lula de “candidato”. Apontei aqui: o sujeito se acha presidente por direito divino. Lula quer implantar uma ditadura no Brasil. E vai tentar. Aos poucos. Mas vai.
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Postby mends » 15 Aug 2006, 14:07

R Azevedo avisa:

PT tenta censurar entidade que traz a lista com a biografia dos candidatos. É o fim da picada




Confesso que ainda estou um tanto chocado. Ou não estou? Acho que não. O PT entrou no Ministério Público Federal com uma queixa crime contra a associação Transparência Brasil. Qual o crime da dita-cuja? Ah, no seu site, a entidade pede aos eleitores que não votem em mensaleiros, sanguessugas e pessoas envolvidas com escândalos. O texto não menciona partido. O PT não gostou de ver no site a lista das pessoas que disputam a eleição acompanhada de sua respectiva biografia. Algumas respondem a processos na Justiça. Segundo o partido, há uma inversão da chamada presunção de inocência. Ocorre que a Transparência nada mais faz do que informar. Além da notícia crime, o PT entrou com um pedido de liminar para que o conteúdo seja retirado do ar. A coisa é de tal sorte absurda, que tendemos a achar que não prospera. Mas quem garante? Faça o seguinte. Entre no site, copie a folha corrida de quem você acha que merece e distribua por aí. O PT não se conforma de a Internet no Brasil não obedecer ao padrão chinês ou cubano. Essa gente tem ódio da liberdade. O endereço da Transparência Brasil é http://www.transparencia.org.br/index.html
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Postby junior » 15 Aug 2006, 14:51

O coordenador do "Transparência" é pai de um professor da Física amigo meu, o Raul Abramo. O pai dele, Cáudio Weber Abramo, tem um blog

http://crwa.zip.net/
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Postby telles » 15 Aug 2006, 17:02

Tava discutindo sobre esse site aqui no trampo...

O negócio é bem feito.... tão bem feito que não pode ter sido grátis... Sendo assim, quem injetou dimdim para criá-lo? Quem tem interesse na parada?

Ele está hospedado no IG, que é da Brasil Telecom (Escandalo do Daniel Dantas? Lembra?)... mistééééério
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Postby mends » 15 Aug 2006, 17:56

num intendi. a Transparência é uma ONG
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Postby telles » 15 Aug 2006, 20:36

E só de ser ONG o dinheiro brota do nada?
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Postby mends » 16 Aug 2006, 10:53

:lol: e não?

não discuto o mérito do Transparência. Mas é uma ONG ligada à Folha de São Paulo, não institucionalmente, mas através da participação dos Frias, os donos do jornal. E, além disso, os Abramo são jornalistas há 500 anos, CLáudio Abramo é nome de rua e viaduto em São Paulo. Os caras não surgiram do nada. E podem ter arrecadado dinheiro com o nome.
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Postby mends » 16 Aug 2006, 13:30

Reinado

Suplicy é o predileto entre eleitores tucanos? Mas que diabo se passa com essa gente? Vou explicar

Quando eu era pequeno — quer dizer: quando eu era criança, já que pequeno nunca fui, hehe —, essa conversa de “fim das ideologias”, dizia-se, servia à direita, aos conservadores, aos liberais — depois “neoliberais”. Boa parte dos liberais, coitadinhos, renderam as suas melhores utopias à, como é mesmo?, responsabilidade com as contas públicas. Não que não devessem. Mas instrumento não pode ser confundido com os fins. Logo mais, a análise dos programas eleitorais na TV.

Da defesa do individualismo contra o Estado gigante não sobrou nada. Só querem saber de quanto será o superávit, se o câmbio é mesmo flutuante (por algum motivo, isso se tornou dado de uma “ratio” liberal entre nós; no resto do mundo, não) etc. Como os esquerdistas aprenderam a fazer essa parte da lição de casa, tornaram-se seus reféns.

E os que somos, de fato, liberais, incluindo também o conjunto de valores do liberalismo, pregamos num quase deserto. Empresários de peso assinaram manifesto de apoio a Antonio Palocci... A balbúrdia ideológica serve hoje é à esquerda, ainda que seja uma esquerda um tanto acanalhada no mérito.

Um intróito meio longo para comentar uma graça: a maioria dos eleitores do PSDB vota em Eduardo Suplicy, do PT, para senador. Segundo o Datafolha, ele lidera as intenções de voto com 35%. Esse índice chega a 40% entre os simpatizantes do PSDB. Nesse estrato, o candidato apoiado pelo PSDB, Guilherme Afif Domingos, do PFL, tem 10%. Entre os que pretendem votar em Alckmin para presidente, 34% escolhem Suplicy para o Senado. Entre os que afirmam votar em Serra para governador, 35% apóiam o petista. Nesses segmentos, as taxas obtidas por Afif são 6% e 5%, respectivamente.

O que ele tem de tão atraente? Qual é a grande marca de seus 16 anos de Senado? De que modo ele contribuiu para ajudar o Estado ou tentou impedir que os direitos da unidade da federação que representa não fossem violados? Ah, ele é bonzinho, tem aquele jeitinho manso, é obsessivo com o seu programinha de renda mínima.

Suplicy é o predileto mesmo entre eleitores da oposição quando vivemos dias de PCC? Ah, há alguma coisa muito errada nisso tudo, não é mesmo? A memória mais saliente que tenho deste senhor é sua luta para que os seqüestradores de Abílio Diniz — o que apóia Palocci — merecessem as graças de presos políticos, embora tenham cometido um seqüestro, a exemplo de qualquer outro meliante.

O medo que os ditos “liberais”, “conservadores” ou “direitistas” têm de falar a coisa certa é espantoso. A facilidade com que se entregam à agenda da esquerda, mesmo esta meio maluquete de Suplicy, impressiona. Por incrível que pareça, um ex-guerrilheiro como Fernando Gabeira, que também milita numa área de políticas de comportamento e costumes que, pessoalmente, acho irrelevantes, consegue hoje evidenciar as burrices da esquerda bocó com muito mais eficiência e coragem. Alguns reclamaram que tenha sido ele a debater com Christopher Hitchens em Parati. Achavam que Hitchens deveria ser confrontado com Tariq Ali. Ele não merecia — ninguém merece, na verdade.

Gabeira não é o nosso Hitchens, mas é alguém que tem aprendido com a experiência. A mesma coisa acontece, e já disse isso aqui, com Raul Jungmann (PPS-PE), que também tem alinhamento, em muitos aspectos, com a esquerda. Não é por acaso que a CPI dos Sanguessugas deve aos dois o desfecho virtuoso que está tendo. Na verdade, ela só saiu por insistência de ambos. Eu espero que o eleitorado do Rio e de Pernambuco façam a coisa certa reconduzindo-os à Câmara.

Mas volto. Hoje, algumas figuras da esquerda não ortodoxa conseguem confrontar as pilantragens do esquerdismo vagabundo — vagabundo em vários sentidos: teórico, moral, existencial — com muito mais clareza do que os ditos conservadores, que se limitam a dizer platitudes sobre qualquer assunto para evitar o confronto. No tucanato, talvez os dois deputados fossem considerados, huuummm, muito “radicais”, muito “conservadores”. É uma crise de liderança terrível a que vivemos.

Guilherme Afif que ser eleito senador? Quer mesmo? Tem a coragem de tentar ser eleito senador? Então que ponha os olhos da pesquisa Datafolha sobre o que os brasileiros pensam do mundo e transforme os dados num discurso político conservador e civilizado. Ou Suplicy continuará a nos sufocar com suas caridades, continuará a ser “flagrado” por programas de humor na fila dos shows dos Racionas MC’s (nunca ouvi e não tenho vontade) para cantar uma musiquinha. Isso quando ele não verm com aquela, sabem né?, aquele seu hit? Os progressistas ainda nos devolverão de volta à taba. Mas com muito amor no coração.
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