VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 20 Sep 2006, 20:11

Azevedo

Petista flerta com crime até sem querer...

Vocês já sabem a origem do dinheiro — BankBoston, Bradesco e Safra (falta agora saber os titulares das contas, certo?) —, já sabem, então, que a versão posta ontem para circular pelo PT (seria uma arrecadação entre candidatos a deputado federal) é falsa etc. Não pretendo ficar aqui repisando o óbvio e público. Interesso-me por outras sutilezas. O que acho espantoso é o que eu me arriscaria a chamar de propensão ao crime dos petistas mesmo quando eles não se dão conta, até quando não é essa a intenção. Olhem que extraordinário: um petista revela culpa até quando tenta se dizer inocente. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, definiu a armação petista contra os tucanos de “uma trapalhada colossal e desnecessária”. Entenderam? Não foi crime, mas “trapalhada”. E ele está bravo porque ela era “desnecessária”. Afinal, argumenta ele, Lula, por ora, vence a disputa no primeiro turno. Então quer dizer que, caso o presidente estivesse atrás, o “desnecessário” passaria a ser “necessário”? Bernardo se aproveita de uma tola perplexidade dos bate-paus do petismo na mídia: “Por que o PT faria isso?” Já dei a resposta:
1) Porque estava sendo chantageado e queria se proteger;~
2) Porque aproveitou para alvejar o adversário, tentando atingir gravemente aquele que vai liderar a oposição caso Lula seja reeleito.
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Postby Danilo » 21 Sep 2006, 01:09

Ainda não joguei a toalha. Respondi o seguinte (sem o Domença ajudar, óia só...):

Eu estava sendo irônico. Eu nasci em 79. Posso até não lembrar da ditadura porque era pequeno, mas lembro das várias mudanças de moeda e da inflação alta.

A história normalmente foi contada pelo prisma do vencedor. Mas atualmente, a maioria dos historiadores brasileiros são "de esquerda". E aquele que é considerado um dos mais importantes historiadores atuais, Eric Hobsbawm, além de velho militante de esquerda, utiliza o método marxista para análise da história, ou seja, sempre a partir do princípio da luta de classes. Sugiro um experimento: vá na escola onde suas filhas estudaram e procure falar mal de reforma agrária para os professores de história pra ver o que acontece. Me lembro de ter acontecido algo parecido quando estava no colégio.

E vai me dizer que todos os escândalos foram inventados? Tá querendo demais. Só pra citar o mais cômico: o do petista José Adalberto Vieira da Silva preso em flagrante no Aeroporto de Congonhas com US$ 100 mil na cueca e R$ 200 mil numa maleta. Muito provavelmente propina, ou você acha que o cara tava com medo de ser roubado dentro do avião? Não estou dizendo que a corrupção surgiu durante o governo do Lula, mas que ela continuou a existir, isso continuou.
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Postby Danilo » 21 Sep 2006, 01:13

Noutro tópico, um cara veio descendo o pau numa moça que disse "q interessa p/ um pobre coitado q ganha bolsa família ou outro tipo d esmola, saber q o Brasil cresceu 2,5% qdo a média dos países em volta foi d 4%? Ele não sabe q essa esmola vai acabar, não está interessado no amanhã, e sim na esmola de hoje.". Chamou ela até de louca.

Respondi. E até me senti meio candidato meio professor de primário:
Não é melhor fazer o país crescer para tirar esses milhões de brasileiros da necessidade de ajuda governamental? Pelo site do IBGE 95,7% das crianças de 7 a 14 anos já estão na escola. Pra começar, a entrega do auxilio nessa faixa etária deveria ser atrelada à qualidade de educação, e não simplesmente à freqüência escolar. Se a criança tem uma educação decente, tem mais chances de conseguir bom emprego, e logo não precisa mais de ajuda governamental. Anos depois, o filho dela provavelmente vai estudar também e assim vai...
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Postby mends » 21 Sep 2006, 12:14

Intelectuais contra a democracia

Paulo Ghiraldelli Jr.

Noam Chomsky e outros intelectuais criados com o cérebro banhado no esquema simplório do maniqueísmo da guerra fria estão em busca de uma “revolução mundial”. Dizem lutar contra o “imperialismo”, mas querem combatê-lo sem democracia. Na prática, dão apoio a todo movimento que mova ódio contra a democracia, inclusive os grupos que exalam o odor do fascismo, como o Hamas e o Hezbollah. No Brasil, querem ver no poder central o programa estatizante e arcaico de Heloísa Helena (PSOL). Queriam o PT, no passado, mas agora desistiram. E não desistiram do PT por causa da corrupção, e sim pelo fato de este não satisfazer seus ideais de criar um mundo que eles não sabem o que deve ser, mas que eu sei bem o que é: um mundo onde o último valor a ser considerado é o da liberdade individual.

E os intelectuais daqui, do Brasil, onde estão? Um grupo de intelectuais (e artistas), comandado por “Frei” Betto - que, sem nenhum pudor, disse que vota em Lula porque este “não se corrompeu” -, resolveu recentemente fazer um manifesto de apoio ao PT. Uma boa parte deles deixou o cérebro na gaveta e preferiu agir na condição de funcionário de universidade estatal ou de dependente de órgão de fomento à pesquisa, controlado pelo governo federal. Outros, que estão livres disso, esperam ansiosos e excitados a perda da liberdade: viram as pesquisas eleitorais e se bandearam para as filas dos mensaleiros. Mais parecem querer um emprego no próximo governo. Uma parte deles é - pasmem - de professores de Ética. Sim! Ética! Mas há também, nesse bolo, professores de História. Como pode um professor de História apagar um ano da nossa História, o ano de 2005? Há psicanalistas também? Sim! E isso nem Freud explica!

Parece que só agora estou conseguindo entender a razão por que esses intelectuais, que se apresentavam como amantes da democracia, entraram em crise pessoal no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando do desmantelamento do império comunista e do fim da União Soviética (URSS). Esse pessoal, no fundo, tinha lá uma simpatia pelo totalitarismo. É fácil ver isso se olharmos para o que ocorreu e ocorre nas universidades estatais brasileiras.

Zélia Cardoso de Mello, quando quis voltar para sua cadeira na universidade, foi barrada por alunos num ato que pouco tinha que ver com uma manifestação democrática. Celso Lafer, quando ficou no governo Fernando Collor para efetuar a transição para o governo Itamar Franco, foi hostilizado por alunos universitários em manifestação que não foi tão diferente da que sofreu Zélia. Essas patrulhas ideológicas - minirréplica das SS de Hitler - agora funcionam a favor dos que ficaram e abaixaram a cabeça para Lula. A idéia desse tipo de movimento de estudantes é a mesma da de Chomsky: vamos lutar contra os que não falaram mal do “imperialismo” e vamos proteger os que se dizem contra tal coisa, mas que se dane a democracia. Aliás, como mostrou este jornal, essa é a regra do próprio Lula em campanha. Ele mesmo tem dito que não podemos imaginar a democracia como uma “coisa limpa”. Como é que um presidente da República, em plena campanha eleitoral, pode dizer isso e, assim mesmo, ser idolatrado por intelectuais famosos, que estão na mídia?

Eis aí a universidade estatal brasileira: as pessoas que fazem manifesto de apoio ao governante cujo partido comprou o Congresso Nacional e cometeu um crime contra a democracia possuem guarda pessoal. Criam barreiras estudantis para protegê-las na universidade. A prova disso é que podem voltar para a sala de aula em condição altiva, inclusive impondo suas idéias, mesmo traindo a Nação e todos os ideais de democracia e ética. Como pudemos chegar a tal situação? Como poderemos deixar nossos filhos nas mãos dessa gente, na universidade? Como poderemos formar professores para educar nossos netos, se os futuros professores vão ser formados por esse tipo de gente? Como esperar que nossos filhos e netos tenham amor à democracia, pela qual tanto lutamos, se eles vão ser educados - em sala de aula e em livros - por esses professores universitários que mostram claramente que podem ficar do lado do partido e do presidente que fez o que fez com o Congresso Nacional?

Lula tem anunciado seu incentivo à ampliação da rede de ensino universitário estatal. É claro que nisso há muito de propaganda e maquiagem. Mas há, de fato, essa ampliação - em quantidade, e não em qualidade de ensino. Denunciei isso aqui, no Estadão, em artigo passado, aliás, em apoio aos bons editoriais deste jornal que reclamam da qualidade do ensino. Por outro lado, Lula joga nosso dinheiro na manutenção da universidade particular, por meio de mecanismos de compra de bolsas. Com essas duas atitudes, Lula derruba a velha tese de que o governante que quer dominar a consciência popular não investe na educação. Mentira. Ele pode investir na educação e dominar ainda mais a consciência popular, pois tem o controle de uma parcela não diminuta de professores universitários influentes.

Isso pode mudar? É difícil. No futuro, dado o mecanismo de que a universidade estatal dispõe para repor os seus quadros, que é o concurso em que pares julgam pares, é difícil imaginar uma mudança de mentalidade. E a universidade particular imita a estatal no que ela tem de pior. Lula ou outro político igual a ele poderá ter mais domínio ainda sobre os intelectuais que têm acesso à mídia, se estes são professores. Por isso, avalio, não vai ser fácil se manter na trincheira democrática contra esse aparato de guerra que Lula e esses intelectuais doutrinadores estão montando.

Paulo Ghiraldelli Jr. é filósofo e escritor
Sites: http://www.filosofia.pro.br
e http://www.ghiraldelli.pro.br
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Postby mends » 21 Sep 2006, 17:51

azevedo

Pesquisa e arranca-rabo de classes

Um país só caminha para o desastre quando suas “elites” — palavra que se tornou maldita no reinado petista — renunciam ao pensamento. Estabelece-se, então, um novo zeitgeist, um novo “espírito do tempo”. Numa imagem de Musil, que acho admirável, os aristocratas se tornam, então, servis aos donos de cavalos.

É o que me ocorre lendo um texto-análise da Folha On Line sobre a distribuição de votos na cidade de São Paulo. O título já dá pistas: “Disputa presidencial na capital de SP reflete contrastes da cidade, diz Datafolha”. E aí se constata o mais fácil: nas regiões mais pobres da cidade, vence Lula; nas mais ricas, vence Alckmin. Corolário óbvio: o petista é candidato dos pobres; o tucano, dos ricos. O que remete ao título, justificando-o.

Lê-se na análise: “ (...) o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, tem 41% das intenções de voto na capital paulista, contra 39% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição. (...) As zonas periféricas Leste 2 (que reúne distritos como Itaquera, Guaianazes e Itaim Paulista, entre outros), Sul 2 (Jardim Ângela, Parelheiros e Cidade Dutra, entre outros) e Norte 2 (Brasilândia e Perus, por exemplo) são as regiões onde Lula encontra mais apoio. Na Leste 2, o petista tem 44% contra 37% de Alckmin. Na Sul 2, essas taxas correspondem a 43% e 35%, respectivamente, e na Norte 2, elas são 45% e 40%. (...) Alckmin, por sua vez, leva vantagem nas regiões mais ricas. Na Sul 1, por exemplo, que engloba bairros como Moema, Jardim Paulista e Itaim Bibi, o tucano chega a 48% contra 30% do atual presidente. Na Norte 1, que reúne, entre outros, os distritos de Santana e Casa Verde, Alckmin tem 50% contra 25% de Lula. Na Zona Oeste (Pinheiros, Perdizes e Morumbi), o ex-governador tem 44% e Lula 41%.”

Eu mesmo já abordei aqui, a partir de um estudo detalhado do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, o que aconteceu com o poder de compra dos salários mais baixos em razão da valorização do real e da inflação baixa, variáveis casadas com o baixo crescimento da economia. Houve ganho. E a síntese óbvia é a seguinte: o benefício de agora aos mais pobres rouba-lhes o futuro. Ok. Como traduzir isso em questão eleitoral? É difícil.

O que torna a análise manca não é, pois, a constatação de que os mais pobres tendem a votar em Lula porque seu poder de compra aumentou (isso nem está no texto). E sim ignorar um fator fundamental da equação: a informação costuma ser diretamente proporcional à renda e, por que não?, ao entendimento do mundo, o que inclui o noticiário. Os mais pobres são oprimidos também pela ignorância. Gilberto Dimenstein, por exemplo, pretende que o voto em Lula é tão informado quanto o voto em Alckmin, já que eles dividiriam as preferências entre universitários. Não. Esse é só um desvio que confirma a regra. Nesse caso, conta mais o fator ideológico, que não desapareceu da política, do que a formação intelectual.

Vejam os números acima: Alckmin dá uma lavada em Santana e Casa Verde, bairros que classe média e classe média baixa: 50% contra 25%. Já em Pinheiros, Perdizes e Morumbi, muito mais “ricos” do que os outros dois, a vantagem do tucano é de apenas 3 pontos percentuais: 44% a 41%. Compreendo: a esquerdista (na média, claro) Vila Madalena, por exemplo, fica em Pinheiros: há mais petistas e antiamericanos ali do que, respectivamente, na pobre Diadema ou em Bagdá.

Os números, como se vê, não autorizam a leitura classista da distribuição de votos em São Paulo. A menos que se tente provar que há mais ricos na Casa Verde e em Santana do que em Moema, Jardim Paulista ou Itaim Bibi. Já as variáveis muito menos óbvias como informação — e não exatamente grau de instrução — e perfil ideológico parecem fazer a diferença. Mais: há um dado que nada tem de econômico ou sociológico: a periferia de São Paulo, na gestão Marta Suplicy, tornou-se um bunker petista. Na campanha à Prefeitura de 2004, um petista chegou a declarar: “a Capela do Socorro está sitiada”.

Textos como este levam os petistas, filopetistas e congêneres a indagar: “Ah, então quer dizer que voto de gente ignorante tem menos valor?” Não. Tanto não tem que, se Lula for eleito, vai tomar posse — a menos que seja impedido por alguma questão envolvendo a Justiça ou a polícia. Mas não há mal nenhum, ao contrário, em apontar o óbvio. Quem quer que tenha entendido o que o Jornal Nacional noticiou ontem só vota em Lula movido ou a má-fé ou a alinhamento ideológico. O diabo é que há um monte de gente que não entendeu nada. Pode-se até culpar as “elites” por isso também, os governos passados etc. A questão, então, seria saber o que este governo está fazendo em favor das luzes.

Para arrematar, observe-se: ainda que Lula leva vantagem, sim, nas áreas mais pobres da cidade, mas em índices absolutamente distintos do que acontece no Nordeste, por exemplo, onde chega a 70% das intenções de voto. A pobre, num grande centro, por mais esmagado que esteja pela miséria, ainda é diferente do pobre dos rincões do Brasil. Está exposto a mais informação. E a um coro diverso de opiniões.

O PT conquistou a adesão “das massas” — que nada têm a ver com o sonho do antigo bolchevismo. Sua política agressivamente assistencialista e seu arremedo de luta de classes — “Nós”, os pobres, contra “eles”, os ricos — ganhou expressão eleitoral. Tenho advertido para este aspecto desde os tempos de Primeira Leitura, desde a campanha de 2002, desde sempre. As oposições, até agora, ignoraram solenemente essa realidade. Por isso a campanha de Alckmin começou tão fria, tão técnica, tão “racional”.

Para encerrar: que o PT e Lula finjam acreditar em seu arranca-rabo de classes, vá lá. Que a imprensa caia na conversa, bem, aí já é de lascar.
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Postby mends » 22 Sep 2006, 16:48

pra quem ainda não acessa o azevedo http://www.reinaldoazevedo.com.br

vem chumbo grosso por aí. ele disse que a sexta pode terminar bem. eu acho que o passarinho - e o chumbo - vem na Veja.

enquanto isso, o Bebum tá ficando com medo... :cool:

Lula admite que eleição pode ser decidida somente no 2o turno


Por Ricardo Amaral

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu pela primeira vez publicamente, nesta sexta-feira, a possibilidade das eleições serem decididas no segundo turno e acusou a oposição de não aceitar o jogo democrático eleitoral.

"Se tiver segundo turno, não tem nenhum problema (...) e é bom que seja em dois turnos, nós vamos disputar. Eu não tenho dúvida que nós vamos ganhar. Só é preciso aferir corretamente o tempo", afirmou o presidente em encontro com prefeitos.

Num dos mais importantes atos políticos de sua campanha à reeleição, o presidente recebeu manifesto com apoio de 2.135 prefeitos, de 22 partidos, inclusive do PSDB e do PFL, principais adversários na disputa presidencial.

Lula pediu empenho dos prefeitos na reta final da eleição e voltou a dizer que os adversários estão desesperados.

"É preciso ficar de olho, porque tem gente neste país que ainda não aprendeu a viver na democracia. Tem gente neste país que pensou: 'vamos deixar o operário entrar, que ele não vai dar certo, e depois a gente volta com toda força"', disse.

"Só que os números mostraram que nós demos muito mais certo que eles e eles agora estão ansiosos para ver se existe outros meios que não a relação democrática da eleição para evitar que as pessoas dirijam este país", acrescentou o presidente, depois de agradecer o apoio que recebeu, na véspera, de entidades sindicais no meio da crise do dossiê.

Para Lula, devido ao desespero, seus adversários "estão tentando todos os dias baixar mais o nível".

"Eu sou o maior interessado em apurar esse negócio, eu quero saber toda a tramóia, que diabo de conteúdo tinha esse dossiê, que arapuca é essa. Porque se não tiver nada, quem fez isso não era de grande inteligência. É deplorável negociar com bandido e quem compra informação de bandido é tão bandido quanto os outros", disse.

Na solenidade, o vice-presidente José Alencar, que também concorre à reeleição, disse que Lula vai vencer no primeiro turno "queiram ou não queiram. Essa é a vontade do povo e eles (adversários) não têm poder para mudar o povo".
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Postby Wagner » 22 Sep 2006, 16:53

inside information...

A capa da VEJA vai ser boa mesmo...vários esquemas de segurança e aumento de volume...


será que vai ser um capa que nunca na história desssepaiz foi vista?
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Postby mends » 22 Sep 2006, 16:56

ah, nada! já foi sim! entrevista do Pedro Collor, aquela capa do Collor magricela escrito CAIU!!! (tenho a revista até hoje)! :cool:
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Postby mends » 22 Sep 2006, 17:01

nos comentários do Blog:

Sugestão de manchete para a capa da veja:

PRENDAM O SR. LUIS INÁCIO LULA DA SILVA. :cool:
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Postby Danilo » 24 Sep 2006, 16:37

Esse é minha última resposta da série. Depois do meu post mencionando o Eric Hobsbawm, que também perguntava "vai me dizer que todos os escândalos foram inventados?", uma mulher escreveu:

sabe outro dia eu estava assistindo o horário politico com minha filha e comentei com ela que eu gostaria de criar uma comunidade para comentar a respeito do que esta acontecendo no governa Lula realmente eu acho muito estranho que esses podre estão aparecendo todos no governo dele (se na verdade roubalheira desde odescobrimento do Brasil sempre houve daqui a pouco vão dizer que foi no governo dele que o pau brasil sumiu daqui e o nosso ouro tambem)Realmente acho que queremos milagre e isso não da, mas vai perguntar a uma mãe o que é não ter como alimentar seus filhos acredito nele.Espero que esses baixarias acabem e que tenhamos esperança de um Brasil melhor com alguem que veio do povo como o Lula

E eu mandei algo que acabou saindo com um final meio dramático-populista:

Acha estranho? Toda oposição sempre fez questão de fuçar atrás dos erros do partido da situação. Se os erros do governo Lula estão aparecendo aos montes como "podre" é porque, pelo menos em parte, o governo está mesmo infestado de gente "podre". O que mostra que o PT acabou se mostrando tão ruim, ou até pior, do que os outros que o antecederam.

"mas vai perguntar a uma mãe o que é não ter como alimentar seus filhos". Eu mudaria a pergunta pra 'você prefere ter que depender desse dinheiro ou que sua família conseguisse por conta própria se sustentar?'.

Eu também espero que acabem essas baixarias, e também a malandragem que continua impune. Espero que tanto os corruptos como aqueles que prometem o impossível percebam o estrago que fazem. Espero também que o povo consiga enxergar através que muitas medidas só agem no curtíssimo prazo, mas que nada em definitivo resolvem. Desejo muito não ter que ficar só na esperança de um Brasil melhor antes que não exista mais nenhuma esperança. Desejo que o povo perceba que não é uma pessoa só que governa o país. E ainda desejo também, que um grupo de governantes competente e honesto, vindo ou não "do povo", consiga começar a finalmente dar um rumo pro país.
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Postby mends » 25 Sep 2006, 08:58

azevedo

Delinqüências

A delinqüência não tem limites. Estão se perdendo todos os parâmetros. Ok. Cada um faz o que achar melhor no seu blog, no seu site, no seu jornal. Mas há uma hora em que a aposta na burrice do leitor passa dos limites. Vejam só: este inacreditável Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, é uma figurinha típica da República petista. Funcionário de um banco estatal, agia como quadro do partido. Agora, ele acusa os tucanos de terem tentado comprar o dossiê fajuto por R$ 10 milhões. Fala, e a informação ganha a rede, como se fosse coisa razoável. Vejam se não faz sentido: o PSDB queria comprar aquela porcariada por R$ 10 milhões. Como o PT ficou sabendo disso, resolveu se antecipar. Em vez de acionar a Polícia Federal de Márcio Thomaz Bastos e pegar a oposição em flagrante, preferiu entrar no negócio. E ofereceu quanto? R$ 2 milhões. Entre os R$ 10 milhões dos tucanos e os R$ 2 milhões dos petistas, Vedoin, claro, preferiu "menas" grana, como diria o Apedeuta. Tudo tem limite, exceção feita ao PT e a certo jornalismo
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Postby mends » 26 Sep 2006, 07:57

azevedo

Qurem calar até o arcebispo do Rio

É o fim da picada. A Justiça Eleitoral tentou intimar — ele se recusou a assinar — o cardeal Eusébio Oscar Scheid, arcebispo do Rio, para que oriente párocos a não fazer comentários de natureza político-ideológica. Na semana passada, a mesma Justiça Eleitoral determinou uma operação de busca e apreensão na arquidiocese e no gabinete do cardeal em busca de supostos panfletos contra a candidatura ao Senado de Jandira Feghali (PC do B). A representação é de autoria da coligação “Um Rio para Todos” (PT, PSB e PC do B). Como bem lembrou Dom Eusébio, nem na ditadura militar se ousava tanto. Não encontraram nada. Jandira é uma conhecida defensora da mudança da lei que autoriza o aborto legal. Ela quer ampliar as situações em que ele seria possível. Os católicos são contra. Quer dizer que um bispo não pode expressar a sua opinião e passar uma recomendação a seus fiéis? A Igreja Universal do Reino de Deus é dona do partido a que pertence o vice, José Alencar, e faz proselitismo aberto em favor de Lula e do “bispo” Crivella. E, segundo se percebe, não há nisso qualquer problema.
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Postby mends » 27 Sep 2006, 09:34

mais uma da série "pra dar risada. ou não."

sobre a Volkswagen (recuperando piada antiga do AF sobre pronúncia do nome da montadora pelo Danilo, prestes a virar VolksFeijão).

Ceder ou lutar?
PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO

A catástrofe anunciada está à vista da população. Mas esta, golpeada por seguidas desilusões com as lideranças políticas, não reage

"FALTA-NOS A experiência de provas cruciais, como as que conheceram outros povos cuja sobrevivência chegou a estar ameaçada. Mas não ignoramos que nosso tempo histórico se acelera, e que a contagem desse tempo se faz contra nós. Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta na construção do devenir humano.
Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação."
Começo com essa citação do livro "Brasil: A Construção Interrompida", de Celso Furtado, para retomar o tema da greve na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo em uma perspectiva mais ampla.
Lembremos: após assembléia tumultuosa, os trabalhadores da Volks aceitaram a proposta da fábrica: 3.600 demissões voluntárias nos próximos meses. Aliviado, o governo Lula se apressou em anunciar que liberará vultoso empréstimo do BNDES para ajudar na modernização da empresa.
A proposta foi aprovada por cerca de 60% dos presentes. Proposta, aliás, não é bem o termo. A palavra certa é chantagem, pois a escolha foi entre demissão voluntária com benefícios financeiros ou demissão sem nenhum benefício além do estritamente estabelecido na legislação trabalhista.
Não se pode exigir que os trabalhadores da fábrica resistam isolados a um movimento de caráter mundial. A indústria de todo o mundo está se reciclando. O paradigma fordista foi superado por novas tecnologias produtivas, e isso implica drástica redução de postos de trabalho. O movimento é tão forte que a empresa se julgou em condições de fazer uma ameaça: ou as demissões seriam aceitas ou a fábrica seria fechada!
O governo reagiu de forma pífia. Em vez de repudiar a chantagem, se limitou a anunciar, timidamente, que, se as negociações fracassassem, poderia rever o empréstimo milionário que o BNDES está dando à empresa, colaborando assim para substituir trabalhadores por máquinas.
O meio sindical não se manifestou com a firmeza necessária, e a igreja, outrora solidária e organizadora do auxílio-greve, ficou quieta. Isolados ante o dilema "morte lenta com sedativo ou morte súbita sem sedativo" -um dilema que se repete hoje diante de todos os grandes problemas brasileiros-, os trabalhadores cederam.
Além da indignação que causa a petulância de uma empresa que auferiu grandes lucros em nosso país durante mais de 40 anos se beneficiando de inúmeros favores governamentais, o episódio evidencia a magnitude das mudanças que estão ocorrendo no mundo capitalista. As demissões fazem parte dessas mudanças e demonstram, inequivocamente, que, cedendo às exigências dos centros do capitalismo, o Brasil não conseguirá superar a condição de economia periférica, dependente e subordinada.
Essa catástrofe anunciada está à vista de toda a população. Mas esta, golpeada por sucessivas desilusões com suas lideranças políticas, não reage. Está totalmente anestesiada.
Isso transforma em verdadeiro estelionato eleitoral as promessas de dar emprego à juventude e salários dignos aos trabalhadores sem que se apresente uma alternativa à "estratégia da morte lenta". Rememoremos: em 1992, foram criadas as câmaras setoriais para negociar entre os três "parceiros" -trabalhadores, multinacionais e governo- a atenuação dos impactos da globalização na indústria brasileira. Naquela época, a Volkswagen empregava 18 mil trabalhadores e produzia 960 veículos/dia. Atualmente, emprega 11.900 e produz os mesmos 960 veículos/dia. Portanto, nesses 14 anos, a produção passou de 14 para 21 veículos por trabalhador/ano. Ou seja, a produtividade aumentou 50%, e o emprego encolheu 33%.
A indiferença com que a opinião pública acompanhou o drama dos trabalhadores da Volkswagen revela que os brasileiros ainda não perceberam que o mesmo se repetirá em todo o parque industrial do país e que atingirá, com maior ou menor intensidade, todos os trabalhadores brasileiros atuais e futuros.
Não se trata, portanto, de um problema dos trabalhadores daquela empresa, dos operários da indústria automobilística ou mesmo da classe trabalhadora. Trata-se de um problema nacional a requerer não uma solução técnica -que não há-, mas uma solução política, por meio de uma decisão nacional soberana. Se não for capaz de tomá-la, o povo brasileiro terá o mesmo trágico destino das estirpes condenadas que García Márquez retratou em seu livro "Cem Anos de Solidão".



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PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO, 76, advogado, é presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e diretor do "Correio da Cidadania". Foi deputado federal pelo PT-SP (1985-91) e consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). É candidato do PSOL ao governo de São Paulo.
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Postby mends » 29 Sep 2006, 10:41

Quero privatizar o BB, a Petrobras, os cineastas brasileiros e o Gilberto Gil...

A petralhada é mesmo uma graça. E, para lembrar Olavo de Carvalho, sua idiotia é coletiva. As opiniões e/ou provocações vêm em ondas. A última agora poderia ser resumida assim: “Lula vai ganhar. Quero só ver o que você vai fazer”. Ué, se ele vencer mesmo (toc, toc, toc) e não der um golpe de Estado (o do dossiê falhou), vou continuar a me divertir com as besteiras que diz. Ontem mesmo, no comício, ele lascou uma ótima: “Nós conseguimos, com muita humildade, desmoralizar aqueles que nós sucedemos”. Desmoralização humilde... É a cara de Lula. Sem contar que há a luta, na pior hipótese, para dar o golpe constitucional no tapetão do TSE (lembram-se?). E se o Alckmin vencer? Aí o jeito é amolar o tucano para ele despetralhar o governo e vender todas as estatais — todas mesmo, incluindo a Petrobras, o Banco do Brasil e a Vaca Sagrada. Vou cobrar a privatização até dos cineastas brasileiros e do Gilberto Gil (o problema é não aparecer ninguém para o leilão). Meu lema, nos tempos pós-petralhas, será “Menos Estado, Menas Miséria” — só para deixar claro que respeito o legado que Lula terá deixando na inculta e bela...

azevedo
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Postby mends » 29 Sep 2006, 17:15

azevedo

Sexta-feira, Setembro 29, 2006
"Tarse, Tarse, Tarse...Quem deus perdere vult, dementat prius...

Tarso Genro (Relações Institucionais) perdeu o senso de ridículo. Afirmou que a divulgação da imagem do dinheiro faz parte de uma conspiração envolvendo setores da Polícia Federal e do PSDB. E comparou o caso com o seqüestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, quando os bandidos teriam sido forçados a vestir camisetas do PT. De manhã, Tarso queria fazer uma “concertação” com os tucanos. À tarde, ao sabor dos fatos, ele denuncia um golpe. Não sabe mais o que diz.

Se Tarso denuncia a existência de setores tucanos na PF, então é preciso admitir que há setores petistas nesta repartição pública. Imaginem um FBI dividido entre democratas e republicanos. Nunca antes Nestepaiz... De resto, os seqüestradores do empresário eram mesmo militantes de esquerda. Antigos membros do MIR chileno já admitiram a autoria da ação. E, não custa lembrar, ninguém forçou ninguém a vestir coisa nenhuma: os “aloprados” de então portavam mesmo material de campanha do PT.

Ainda que faltasse, em 1989, intimidade entre os seqüestrados e os petistas, elas se revelariam mais tarde. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi um incansável militante em defesa da condição de “presos políticos” para aqueles bandidos. Verdade ou mentira, Tarso? Não se esqueça, ministro. “Quem deus perdere vult, dementat prius”. A quem Deus quer perder, primeiro tira-lhe o juízo.
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