Oriente Médio tem uns 7.200.000 km², e mais de 140 milhões de habitantes. A título de comparação, o Brasil tem mais de 8.500.000 km² e perto de 185 milhões de habitantes. Etnicamente, o Oriente Médio é uma região complexa, pois nela se destacam povos de variadas origens com credos diversificados: otomanos (muçulmanos), árabes (católicos e muçulmanos), semitas (judeus), persas (muçulmanos), árabes (muçulmanos)...
Árabe é originalmente quem nasceu na península arábica, que inclui a Arábia Saudita, Yemen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Bahrein. A grosso modo, pode-se dizer que é também uma etnia é originária da região.
Muçulmano é quem segue o islamismo. Aportuguesamento da palavra árabe Muslim, relacionada com islam, que significa "vassalo" de Deus. Também chamado de islamita.
Islamismo é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos de Maomé (Muhammad). Alá seria o nome principal de deus. Inclui também instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana. É hoje a segunda maior quanto ao número de adeptos, que é algo superior a 1200 milhões de pessoas. O Islão seria o conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo.
Judaísmo é a religião criada por Moisés, que teria recebido os 10 mandamentos em 1200 a.C. Suas doutrinas constituem fundamentos históricos de muitas outras religiões, incluindo o Cristianismo e o Islamismo. Caracteriza-se pela crença em um único deus, Jeová. Tem aproximadamente 15 milhões de adeptos pelo mundo.
Todos os muçulmanos são árabes?
Na verdade, o Oriente Médio reúne somente cerca de 18% da população muçulmana no mundo. Outros 30% de muçulmanos estão no subcontinente indiano (Índia e Paquistão), 20% no norte da África, 17% no sudeste da Ásia e 10% na Rússia e na China. Há minorias muçulmanas em quase todas as partes do mundo. A maior comunidade islâmica do mundo vive na Indonésia.
O que é o Estado de Israel?
É um país fundado em 1948 pela ONU, para abrigar os judeus, que até então não tinham um território próprio.
Quem são os palestinos?
Povo árabe residente na região, que também abriga Israel.
Os palestinos não aceitaram a decisão da ONU de dividir a região, que até 1948 era possessão britânica, para a formação de dois países: um palestino e o outro judeu. Começou desta maneira um conflito israelo-palestino, com novo estado de Israel rechaçando as forças árabes e ocupando territórios.
Muita. Tanta que rende outro post ainda... pra encurtar a história:
Eclodiu a primeira guerra árabe-israelense assim que Israel foi criada. Israel vence, e Jerusalém é divida. Teve a Guerra pela posse do Canal de Suez, em 1956; a Guerra dos Seis Dias; Guerra do Yom Kippur que resultou no boicote da OPEP (Crise do Petróleo). Houveram as intifadas (palavra árabe que significa "levante" ou "revolta"), revoltas contra a ocupação israelense incentivadas pelas guerrilhas palestinas que pregam o uso de métodos radicais contra o Estado de Israel. Grupos como o Hezbolá, a Jihad e o Hamas lideram os levantes, que também articulam atentados a bomba e ataques suicidas. A primeira Intifada explodiu em 1987 e dominou a faixa de Gaza e a Cisjordânia durante sete anos.
Em setembro de 1993, após vários meses de negociações em Oslo (Noruega), Israel e a OLP se reconhecem reciprocamente e firmam uma Declaração de Princípios que proclama a autonomia palestina como base para uma solução permanente. O primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, e Arafat dão as mãos em um ato simbólico;
Em 1994, Arafat volta para os territórios palestinos e cria, em Gaza, a ANP (Autoridade Nacional Palestina), governo autônomo que tem sua área de jurisdição nos territórios de que Israel se retirou. E em 1996, depois da retirada israelense das principais cidades da Cisjordânia, Arafat é eleito presidente da ANP;
Em de julho de 2000, depois de quatro anos em ponto morto, as negociações entre Arafat e o premiê israelense, Ehud Barak, em Camp David (EUA), acabam em um novo fracasso. Em setembro, começa a segunda Intifada após a controvertida visita de Ariel Sharon, líder da oposição israelense, à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém;
Em dezembro de 2001: tem início o confinamento de Arafat em seu quartel-general em Ramallah (Cisjordânia);
Em março de 2002: Israel lança a maior ofensiva na Cisjordânia desde 1967. Grande parte do quartel-general de Arafat é destruído. Em junho começa a construção do muro de separação entre Israel e a Cisjordânia;
Em abril de 2003: lançamento do plano internacional de paz patrocinado pelo Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU), que visava a criação de um Estado palestino até o fim de 2005;
Ainda em 2003, Israel toma a decisão de "se desfazer" de Arafat, e o pimeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, divulga seu "plano de separação" dos palestinos;
Em 2004 Sharon anuncia sua intenção de desmantelar as colônias israelenses em Gaza, Israel assassina o líder do Hamas, e Arafat morre em Paris;
Em janeiro de 2005: Mahmoud Abbas é eleito presidente da ANP;
Em junho de 2005: reunião de cúpula entre Abbas e Sharon em Jerusalém;
Em agosto de 2005: Israel promove a retirada dos 21 assentamentos de Gaza e de quatro colônias instaladas na Cisjordânia;
Em setembro de 2005: fim da retirada israelense da faixa de Gaza;
Em janeiro de 2006: o Hamas ganha eleições legislativas palestinas;
Tenho um amigo árabe, ele é muito calmo e não parece ser um terrorista. Devo tomar precauções?
Não devemos nos deixar levar com falsas impressões. Nem todo árabe é muçulmano, nem todo o muçulmano é fundamentalista e nem todo fundamentalista é terrorista. A única precaução atual que deve ser tomada com os árabes é verificar se estão vendendo mercadoria de boa qualidade e contar bem o troco.