Política e politicagem

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby junior » 03 Mar 2006, 12:35

O que é criticar toda e qualquer ação do Bush?

Maniqueísmo, assim como dizer que eles são do mal pq criticam todas ações do Bush! Isso parece loop infinito :lol:

Não é preciso ser nenhum gênio pra perceber que um cara que tem que falar pra 120 milhões de pessoas, com um discurso médio, só vai discutir abobrinha, num nível superficial, sendo o mais politicamente correto possível. Os founding fathers americanos, intelectuais do naipe do Benjamin Franklin - a autobiografia dele é FANTÁSTICA - sabiam disso.

Bom, democracia é "a arte do que convence", de modo que

Voto "direto" não é a definição de democracia: assim fosse, a Venezuela serai um país democrático.

Bom, assumindo que o Kiko, o Chavéz e a Chiquinha não estejam manipulando (=roubando votos mesmo) o sistema eleitoral, cai na minha (ignorante) definição de democracia: o que a maioria quer...

Melhor que isso só se pudéssemos ranquear nossas preferências, ou dar votos de rejeição, "ponderando" o voto e chegando numa preferência mais justa matematicamente e melhor refletida.

Concordo, e me lembro de ver que tem uns manos pensando nisso!

Será? Não foi isso que vi nos debates, centrados em economia interna.

Cara, o americano médio não tem a menor idéia sobre isso... Quer segurança, Bin Laden e Sadam mortos e fora estrangeiros... Acredite, palavras de quem sentiu isso na pele em uma cidade que supostamente é "de universidade e gente culta"... Quando vc vê o fulano dizendo: "Mr. Bush should send all these foreigners away, they are dangerous and spend our money", vc começa a ficar cabreiro...
E insisto na teoria de que votaram pq em time que esta´ ganhando não se mexe. Talvez eles tivessem tempo para pensar em economia interna na época do Clinton, em que os EUA estavam "em paz", mas depois do 9/11 diria que o conservadorismo cresceu fortemente...

Noam Chomsky na secretaria de Estado

OK, não valem exemplos extremos... O Chomsky é o tipo de cara que critica uma sociedade que se fosse diferente ele não existiria... É fácil criticar o establishment estando no MIT... Queria ver criticar o establishment estando em Cuba que ele tanto defende...

E não que intervencionismo externo americano seja ruim, porque os EUA entram em um país, organizam eleições e saem.

ahã, como saíram do Iraque, por exemplo
:rolleyes:
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Postby tgarcia » 03 Mar 2006, 16:02

Nova Délhi - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira que os americanos não devem responder à expansão da economia da Índia fechando-se para o mercado global. "Os Estados Unidos não irão ceder ao protecionismo e perder essas oportunidades", disse ele em um discurso em Purana Qila, nas ruínas de um antigo forte.

O presidente afirmou que seu país deveria ver a Índia, uma nação que cresce rapidamente, como uma terra de oportunidades, e não uma ameaça. Para ele, a melhor resposta americana à globalização não é erguer barreiras econômicas para proteger os trabalhadores, mas educá-los para que eles possam competir em todos os estágios (tá bom... :zzzz :zzzz ). "Pelo bem dos trabalhadores dos dois países, a América irá negociar com confiança".

Bush também pediu à Índia que diminuísse as tarifas (ahá) que penalizam produtos agrícolas americanos e proteja seus trabalhadores e suas crianças de abusos. "Os Estados Unidos e a Índia, separados por meio mundo, estão mais próximos que nunca e nossa parceria tem o poder de transformar o planeta".

Ele passou a maior parte do dia em Hyderabad, uma das áreas tecnológicas da Índia que impulsiona sua expansão econômica. Encontrou-se com jovens empreendedores de uma escola de administração e visitou uma faculdade agrícola que pesquisa biotecnologia e maneiras de aumentar a produção.
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Postby junior » 05 Mar 2006, 07:32

Editorial da Folha de domingo 04/03

POUCO A OFERECER

Reforma política? Não é coisa que o governo federal possa impor à pauta do Congresso. Crescimento econômico? Nada de pressa. Sacrifícios são necessários antes de uma arrancada. Mudanças na Previdência Social? Melhor fazer uma coisa por vez. Quem quer tudo ao mesmo tempo não chega a lugar nenhum. Diminuir o papel do Estado? Uma meta difícil de alcançar hoje, mas gostaríamos de algum dia chegar à situação de países como os EUA ou o Reino Unido.

Num passado recente, o presidente brasileiro que dissesse coisas desse tipo estaria exposto ao desdém e à virulência crítica das mais importantes lideranças petistas. "Falta de vontade política", "submissão à agenda neoliberal", "ausência de projetos claros para a sociedade" -figuras como Luiz Inácio Lula da Silva não hesitariam em mobilizar seu costumeiro arsenal retórico para desqualificar o governante que, entrevistado por uma revista de notório perfil conservador, desse declarações tão pouco ambiciosas, tão alheias aos anseios por mudança que se fazem sentir na sociedade brasileira.

Os tempos, entretanto, são outros, e decerto não constituirá surpresa para ninguém o fato de que é o presidente Lula, em entrevista ao semanário "The Economist", quem dá tantas mostras de comedimento em seus objetivos para o país.
É natural, e mesmo desejável, que um maior senso de prudência e responsabilidade tenham vindo moderar, no cotidiano administrativo, o ardor voluntarista de outros tempos. O que inspira desalento, na atual conjuntura, não é que um espírito de gradualismo tenha vindo temperar as antigas intransigências e gesticulações petistas. Mas, sim, o fato de que, tanto no governo como em diversos setores da oposição, prevaleça uma espécie de realismo degradado, sem perspectivas nem propostas, a serviço de cínicos interesses de autopreservação política.

A mediocridade de vistas vai impregnando o ambiente partidário em seu conjunto. No ano passado, a taxa de crescimento da economia brasileira foi a segunda menor da América Latina -superior, apenas, à do conflagrado Haiti- e, estranhamente, a estatística não produziu maior escândalo na opinião pública. E como poderia se, com o arrefecimento que ultimamente se verificou nas atividades das CPIs, parece que nem mesmo os escândalos de corrupção continuam escandalizando tanto assim?

A julgar por algumas pesquisas qualitativas, temas como o crescimento econômico e a corrupção não têm influído decisivamente nas inclinações do eleitorado. Não que mereçam exclusividade os assuntos em que o governo Lula se revelou decepcionante ao extremo e que obviamente constituem pontos passíveis de exploração nos palanques oposicionistas. <span style='color:red'>O problema é que, entre as principais forças políticas em atividade no país, parece não haver ninguém dotado de condições elementares de credibilidade para assumir compromissos autênticos com o desenvolvimento econômico, com a modernidade administrativa, com a democratização do Estado e com um mínimo de transparência no financiamento da sua própria campanha eleitoral.</span>

Poucas vezes, no Brasil, a política teve tão pouco a oferecer. Muito bem que tenha passado o tempo das bravatas ideológicas, e que promessas antes levadas a sério hoje se revelem irrealizáveis. Mas que o sentido da construção do futuro não se perca num estado de conformidade, indiferença e cinismo, que enfraquece o espírito da própria democracia.
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Postby junior » 05 Mar 2006, 07:37

CLÓVIS ROSSI

O que você não lerá

LONDRES - A definição de reportagem que mais me seduz ouvi-a de Carl Bernstein, um dos dois repórteres do caso Watergate. Diz o seguinte: "Reportagem é a melhor versão da verdade possível de obter".

É a admissão de que 90% ou mais dos fatos que os jornais relatam a cada dia ocorrem longe das vistas de seus jornalistas. Logo, os repórteres estão condenados a juntar versões da verdade, ouvidas dos protagonistas, e organizá-las da melhor forma possível e que faça o máximo de sentido.

Esse conceito me vem freqüentemente à cabeça, muito especialmente quando se trata de cobrir viagens presidenciais, como vai acontecer a partir de amanhã, com a visita de Estado de Luiz Inácio Lula da Silva ao Reino Unido.

Cada vez que ouço o relato, pelo próprio presidente de turno ou por seus auxiliares próximos, de como foi a conversa com o presidente xis ou com o primeiro-ministro y, fico com a nítida sensação de que não estou conseguindo obter "a melhor versão da verdade".

<span style='color:red'>Da última vez que acompanhei Lula em Londres (2003), entrei com os fotógrafos, sem querer (e sem poder), na sala em que conversaria com Tony Blair. Lula perguntou quantos meses durava o verão em Londres (fazia muito calor). Tony Blair e acompanhantes riram. "Dura dias, não meses", exagerou Blair, ironizando a conhecida carência de sol de seus compatriotas.

Celso Amorim, o chanceler, brincou: "Tivemos um cônsul em Londres que dizia que fora ao cinema e, por isso, perdera o verão".</span>

Não é esse tipo de diálogo que chega aos jornalistas. Fico me perguntando se, desta vez, Blair vai perguntar: "E aí, Lula, teve ou não o tal de big monthly?". E se Lula não vai contra-atacar observando: "Que baita cascata aquela história de armas de destruição em massa no Iraque, hein, Tony?".

Se o fizerem, não saberemos. Poderosos jamais fingem que são gente. São sempre candidatos à estátua.
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Postby mends » 06 Mar 2006, 08:40

na Noruega tem a piada do cara que perdeu o verão porque dormiu demais na terça-feira...

até entendi sua ironia, mas tecnicamente não são todos os lugares do mundo que têm quatro estações bem definidas com duração de três meses...iou tem primavera na Lapônia, ou inverno em Alagoas?
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Postby junior » 06 Mar 2006, 15:18

Por falar em Lapônia, estive la´, a -30 C !! Conto a experiência "arrepiante" (não pude resistir à piada, ainda que ruim...) em breve na seção de correspondentes :-)
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Postby mends » 09 Mar 2006, 11:59

Brazil Party Seeks More Control Over Central Bank
Brazil's Workers' Party plans to ask
President Luiz Inacio Lula da Silva to increase control over the
central bank if he wins re-election, O Estado de S. Paulo said,
citing an internal party document.
The party, known as PT for its acronym in Portuguese, is
criticizing government spending caps and efforts to curb
inflation, saying the bank should instead focus on spurring
higher growth and employment rates, Estado said.
The party will present a draft of its manifesto citing
these goals at a meeting March 18-19 in Sao Paulo and distribute
the final version in April, Estado said, citing a PT official
the newspaper didn't name.
Marco Aurelio Garcia, Lula's top adviser for international
affairs, and Valter Pomar, the PT's secretary-general, are among
the people working on the declaration, Estado said. Some of
Lula's Cabinet members are concerned about the ``radical tone''
of the document, Estado said, citing an unidentified member
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Postby junior » 11 Mar 2006, 11:22

Direto pro inferno...

Tribunal Penal Internacional anuncia morte de Slobodan Milosevic

O ex-presidente da antiga Iugoslávia, Slobodan Milosevic, 64, foi encontrado morto em sua cela neste sábado, no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, informou o tribunal em um comunicado.

23.jul.1997/Reuters
O ex-presidente da antiga Iugoslávia, Slobodan Milosevic
"Milosevic foi encontrado sem vida em sua cama, em sua cela na unidade de detenção", informou o tribunal, segundo a agência de notícias Reuters. "Um guarda alertou imediatamente o oficial da unidade e o médico, que confirmou que Milosevic estava morto."

O tribunal informou que a polícia holandesa foi chamada e deve começar uma investigação. A necropsia de Milosevic foi requisitada e a família já foi informada, segundo o comunicado.

Milosevic sofria de problemas no coração e de pressão arterial elevada, que interromperam repetidas vezes seu julgamento pelas acusações de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra por seu papel nos três conflitos da antiga Iugoslávia na década de 90, que deixaram mais de 200 mil mortos: Croácia (1991-1995), Bósnia (1992-1995) e Kosovo (1998-1999).

O julgamento de Milosevic havia começado em fevereiro de 2002. Ele se defendia das alegações de que apoiava e mesmo ordenava o uso da força e da violência pelas forças sérvias dizendo que não era responsável pelas ações das forças militares.

"Limpeza étnica"

Milosevic, partidário da noção de supremacia sérvia, propôs em 1990 --quando era dirigente do Partido Comunista da Iugoslávia-- o fim do modelo federativo e o sistema "um homem, um voto". Eslovenos e croatas discordaram, uma vez que os sérvios eram maioria.

Foi o primeiro passo rumo ao racha que se consumaria dois anos depois. A Macedônia seguiu o exemplo.

Nas regiões da Bósnia-Herzegóvina e em Kosovo, no entanto, os sérvios eram minoritários. Em 1992 foi realizado um plebiscito em que ambas optaram pela independência. A Sérvia intercedeu e passou a apoiar milícias que se entregaram à eliminação física de muçulmanos. Foi a "limpeza étnica".

Em 1995 foram firmados os Acordos de Dayton (1995), que institucionalizaram a presença militar estrangeira na região e uma divisão territorial que reconhecia territórios esvaziados de suas antigas populações.

Os kosovares da etnia albanesa, no entanto, intensificaram ataques contra os sérvios e os ataques se intensificaram, até que os EUA assumissem operações de bombardeio. A guerra terminou com a queda de Milosevic, em março de 2001. As estimativas variam e chegam a até 278 mil mortos.
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Postby mends » 14 Mar 2006, 19:50

bom, Alckimin candidato, Lula ganha, mais quatro anos de imbecil facistóide e ladrão governando o Bananoso. E agora, com cheque em branco da população. Porque se nem puteiro particular, jatos com dinheiro, amigo que paga contas, , Gilberto Gil, Berzoini e sua incrível idéia de colocar jovens de 90 anos na fila pra se recadastrar, foram suficientes pra derrubar esses bandidos, "nunca na História deste país" iremos ver tanta roubalheira.

Com o Serra não seria diferente, mas agora é oficial.

Pena que ainda me faltam uns dois/três anos pra poder ir pra saída (o Aeroporto). E estou criando filhos nessa coisa que a gente insiste chamar de país.


:ranting: :ranting: :ranting: :ranting: :ranting: :ranting: :ranting: :ranting:


Ma tudo bem, pelo menos tem a Copa do Mundo pra espairecer antes (VAI GAÚCHO!!!!!!!!!)

:cool: :cool: :cool: :cool: :cool: :cool:
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Postby tgarcia » 15 Mar 2006, 00:26

Tenho quase certeza que esta minha opinião deve divergir da maioria de vcs :chair: : acho realmente que o Geraldo tem mais chance do que o Serra :o .

O Serra parte de um patamar alto de rejeição. A única rejeição ao Alckmim é o fato de ele ser de SP. Mas nada q um vice PFL/NE não amenize.

O Alckmin tem forte aprovação junto às FIESP´s da vida

Ele tem aquela cara de que está sentindo um cheiro ruim :(

E eu pessoalmente acho ele mais competente que nosso prefeito. Ele passa confiança, é muito bem embasado em tudo que fala. Poderia ter mais carisma (é, infelizmente nosso país ainda tem muitos% que precisam de um líder carísmatico...).

Sei lá.
Agora é torcer.

Agora, Imaginem um cenário: Nine Fingers é reeleito; Dona Marta vai para o Estado :ahhh: :ahhh: :ahhh: :ahhh: :ahhh:
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Postby mends » 15 Mar 2006, 11:43

E eu pessoalmente acho ele mais competente que nosso prefeito. Ele passa confiança, é muito bem embasado em tudo que fala. Poderia ter mais carisma (é, infelizmente nosso país ainda tem muitos% que precisam de um líder carísmatico...).


Pena que seja ladrão: 5 milhões de alfaces pra perdoar ICMS do Mcdonald's, inclusive com aprovação de legislação que "caiu do céu"), mais algum pro caso da Daslu.
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Postby mends » 15 Mar 2006, 12:36

Todo poder ao Politburo, e à nomenklatura

Lula assina decreto que põe sindicalistas nos conselhos de Sesi, Senai, Sesc e Senac; empresas mantêm maioria

Trabalhador terá poder reduzido no Sistema S
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai abrir a gestão do Sistema S para os trabalhadores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará amanhã decretos que criam mais de 300 vagas para sindicalistas nos conselhos (nacional, fiscal e regional) do Sesi, do Senai, do Sesc e do Senac -que hoje são controlados por representantes dos patrões. Neste ano, essas quatro entidades movimentarão cerca de R$ 8,7 bilhões.
Os novos assentos serão ocupados por sindicalistas a serem indicados pelas centrais sindicais ou confederações de trabalhadores. Atualmente, o governo já integra a estrutura de alguns conselhos do sistema, mas o poder de decisão está nas mãos do empresariado, com a maioria das cadeiras.
A inclusão dos trabalhadores na gestão não será generalizada. Ocorrerá somente nos conselhos ligados à indústria -Sesi e Senai- e ao comércio -Senac e Sesc- porque o governo não conseguiu chegar a um acordo com as demais entidades.
Bandeira antiga do movimento sindical, a gestão compartilhada vem sendo negociada há quase dois anos entre entidades, trabalhadores e governo. Na avaliação do chefe-de-gabinete do Ministério do Trabalho e coordenador do FNT (Fórum Nacional do Trabalho), Osvaldo Bargas, a abertura para os trabalhadores é uma conquista, mas não atende a todas as reivindicações dos sindicalistas.
"Está longe de atender as reivindicações do movimento sindical, pois a gestão não é paritária. A maioria dos assentos é dos empregadores e continuará sendo. Os trabalhadores, porém, passarão a influir nas decisões. Poderá haver muito barulho", afirma Bargas, que foi o articulador do governo nas negociações.
Bargas é enfático ao desvincular a decisão do presidente Lula de componentes eleitorais. "Não é porque o presidente pediu e as centrais sindicais queriam que a mudança será feita. Foi difícil negociar isso dentro do sistema."
Para ele, os ocupantes de assentos nos conselhos do Sistema S não são remunerados para exercer a função. Apenas os conselheiros fiscais de algumas entidades recebem jeton quando são realizadas reuniões.

Critérios
Para a escolha dos representantes dos trabalhadores, o governo definiu os seguintes critérios: no caso dos conselhos nacionais, serão seis titulares e seis suplentes. No Sesi e no Senai, eles poderão ser indicados pelas confederações de trabalhadores e centrais sindicais que contarem com pelo menos 20% de sindicalizados em relação ao número total dos trabalhadores do setor em âmbito nacional. Duas ou mais entidades poderão se unir para obter o percentual mínimo.
Já para o Sesc e o Senac, as indicações serão feitas diretamente pelas centrais sindicais.
O coordenador do FNT adianta que um decreto será editado em maio para definir regras gerais para a indicação de trabalhadores nos colegiados de órgãos públicos. Essa norma geral valerá para os conselhos nacionais ligados ao comércio.
Para os conselho fiscais -que não existem na indústria, mas fazem parte do Sesc e Senac-, será um titular e um suplente, indicados pelas centrais, no caso do Sesc. No Senac, serão escolhidos dois titulares e dois suplentes também pelas centrais.
A notícia foi bem recebida pelos principais líderes sindicais. João Felício, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), acha que medida representa uma democratização nas decisões sobre o destino dos recursos, que, na sua opinião, são públicos, e não privados.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, acredita que a medida dará a possibilidade de as centrais sindicais fiscalizarem o destino do dinheiro arrecadado pelo Sistema S, que, na sua opinião, vem sendo empregado de forma irregular em alguns casos.
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Postby mends » 20 Mar 2006, 13:23

Brazil's Democratic Movement Party Taps Garotinho for President
2006-03-20 07:49 (New York)


By Katia Cortes
March 20 (Bloomberg) -- Brazil's largest political party chose
former Rio de Janeiro state Governor Anthony Garotinho as its
candidate to run against incumbent President Luiz Inacio Lula da
Silva.
Garotinho, 45, defeated Rio Grande do Sul Governor Germano
Rigotto in the Brazilian Democratic Movement's internal election
held yesterday, said Marcio de Freitas, the party's spokesman. The
decision requires full approval of the party before July, he said.
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Postby junior » 20 Mar 2006, 14:25

PLÍNIO FRAGA

Fora, Darwin!

RIO DE JANEIRO - Se vencer não só as prévias, mas também os adversários governistas do PMDB, Anthony Garotinho pode jogar um papel importante na eleição presidencial. Ao menos para tentar garantir a realização do segundo turno.
A eleição caminha para um caráter plebiscitário sobre o governo Lula. O bloco dos que aceitam que continue, apesar de todos os pesares, é superior, até aqui, ao dos que querem mudanças, divididos entre PSDB e PMDB.

Se Garotinho não for candidato, haverá uma chance grande de a disputa ser encerrada no primeiro turno. O peemedebista concorre com Lula na faixa de eleitores com menor escolaridade e renda. A tendência é que o presidente se beneficie daqueles que pretendiam votar no PMDB e não poderão fazê-lo em outubro.

Com força no interior, dividido pelo país como capitanias hereditárias, cada líder com seu feudo político, o PMDB sabota o próprio PMDB.
Exemplo antigo de partido-ônibus, o PMDB está mais hoje para partido-bônus, a render dividendos para suas lideranças nos meandros do poder, sem que tenha uma cara política.

Se candidato, Garotinho terá palanque para dizer que PT e PSDB são a mesma coisa, demonizar a política econômica como alimentadora do dragão do sistema financeiro, propor desenvolvimento e juros baixos sabe-se lá de que forma.
Será um candidato esquizofrênico, com um discurso econômico de esquerda, mas sustentado por uma base social de direita -parte dela conquistada pelo fundamentalismo religioso que o cerca. Garotinho será, talvez, o primeiro candidato à Presidência a favor do criacionismo, da intervenção divina na criação dos homens. Ou seja, é contra os bancos e a teoria evolutiva de Charles Darwin.

Faz bastante sentido um político brasileiro ser contra o naturalista britânico do século 19 que disse as espécies se transformam e evoluem gradualmente. Talvez os políticos brasileiros sejam a prova em contrário.
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Postby Aldo » 20 Mar 2006, 18:11

954º Post
As prévias do PMDB ainda estão "sub judice" e além do mais acontece que o Germano Rigotto recebeu a maioria de votos, mas de acordo com as regras de ponderação das prévias Garotinho foi considerado vencedor...conheço isso de algum lugar.
Serra bate qualquer candidato no primeiro turno na corrida para o governo de SP, o que me parece natural, posto metade do eleitorado do Estado está na capital...E se aqui ele bateu a Marta o negócio tende a continuar...
Alckmin já teve uma pequena subida nas pesquisa, e nunca, companheiro, na história desse País, fiquei com as barbas de molho... :ph34r: pus esse smiley pq meu sobrinho pediu
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